Eu poderia dizer que sim, mas quando encarei seus olhos azuis, engoli em seco. A verdade é que eu estava incomodada comigo mesma. Ele disse aquilo… aquilo que eu o fiz prometer que diria. Merda. Eu o fiz gozar. Eu o dei prazer. E me dei também. Encará-lo agora era tão difícil quanto resistir à vontade de dizer que era eu.
— Não — eu disse, voltando a me sentar. Chase suspirou. Ele buscou meus olhos e disse:
— Foi uma má ideia, não é? Trazer você aqui. Nem todo mundo se sente confortável com esse tipo de coisa. — Ele disse, esfregando a nuca. — Eu sou um idiota.
— Não precisa se desculpar. Eu só… só não me sinto confortável contando às pessoas sobre isso. É algo íntimo. — Ele sorriu e assentiu.
— Então… eu acho que estou falando com alguém. Quer dizer… eu a conheci na internet e ontem fizemos sexo pelo telefone.
Meu corpo inteiro gelou. Se ele soubesse…
— É estranho. Eu nem a conheço e me sinto tão… conectado.
Meus olhos buscaram os seus, e percebi que brilhavam. Aquela chama que vi ontem ali quando quase me beijou voltou a incendiar. Eu não o entendia. Ele me provocava e de um segundo para o outro, se reprimia. O encarei, apoiando o queixo na mão.
— Eu sinto como se a conhecesse a vida toda.
— Ela é legal?
— Sim. É sexy, divertida, inteligente e… — as palavras morreram na sua boca. Ele me fitou como se não soubesse mais nada. — Eu não sei seu nome, a idade, onde mora… e é loucura. Ela me deixa fora de mim sem se esforçar.
— Está apaixonado por ela?
— Não. Me sinto atraído. Eu não diria que é paixão, mas talvez… talvez seja atração. Tesão. — Ele sorriu, cobrindo o rosto com as duas mãos. — Ela foge de mim como o diabo da cruz.
— Ela não gosta de você?
— Não. Ela não gosta do que eu causo nela. — Comentou.
Era estranho ouvir aquilo, principalmente porque ele estava certo, de algum jeito.
— E o que causa nela?
— Desejo. Medo — ele me observou, os olhos azuis me encaravam, me olhavam com intensidade. — Os dois juntos.
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