Meu CEO Mandão romance Capítulo 23

Eu corri para a casa de Susan alguns minutos depois que recebi a mensagem de Chase. Todo o meu corpo tremia. Meu coração batia tão forte, que achei que fosse explodir a qualquer momento. Por sorte, Susan não morava muito longe de mim, e cheguei bem a tempo. Liguei um minuto antes para avisar a ela. 

Se eu quisesse que tudo isso desse certo, teria que contar com ela, mesmo que a situação não fosse bem algo que pudesse encaixar uma ajudante inesperada — o que aconteceu contra a minha vontade — e que, agora, não me vejo sem. 

Plantada na porta de seu apartamento, respirei fundo. Eu tinha certeza que o ar se perdia em alguma etapa do processo, porque não conseguia respirar direito. Ela abriu a porta, um sorriso grandioso no rosto, e apontou com o queixo para que eu entrasse. 

— Eu mal posso acreditar que você está mesmo fazendo isso. — Ela disse, me fazendo pular de medo do seu gritinho empolgado. — Está nervosa? — Ela balançou as sobrancelhas de um jeito engraçado, o que me fez sorrir. 

Com um sorrisinho de canto, Susan se aproximou, pegou minhas mãos e as segurou firmemente. Eu respirei fundo, porque, definitivamente, era a única coisa que eu sabia fazer naquele instante. Seus olhos procuraram os meus e eu sorri. 

— Eu tenho certeza de que tudo vai ficar bem. Não importa se isso parece errado, você só… só precisa manter tudo sob controle, certo? — Ela se inclinou na minha direção. Eu fiz que sim. 

Manter tudo sob controle… 

Era disso que eu tinha mais medo. E se eu não conseguisse manter tudo sob controle? E pior: e se Chase descobrisse que eu sou A.? Eu balancei a cabeça, fazendo que não. Susan estava certa. Se eu conseguisse me manter sob controle, poderia fazer o mesmo com Chase. Ele nunca descobriria quem eu sou, as três semanas passariam rapidinho, eu teria o dinheiro para a casa de repouso e poderia esquecer de uma vez por todas que fiz isso. Era um mal necessário. E que mal… ele possuía nome, sobrenome e apelido. 

Susan soltou minhas mãos, andamos até o quarto e ela pediu para que eu tomasse banho. Eu tinha que tirar o meu cheiro. Chase me reconheceria facilmente se percebesse que A. cheirava a baunilha — nunca um shampoo me deu tanta dor de cabeça. O shampoo que Susan me deu tinha cheiro de rosas, um delicado e delicioso cheiro de rosas, assim como o sabonete. Eu me esfreguei por todos os lugares loucamente. Quando funguei o ombro, percebi o cheirinho bom e sorri de canto. 

A próxima etapa, quando saí do banheiro e me sequei, foi achar uma roupa adequada para A Dama de Vermelho. O que uma mulher sensual e misteriosa deveria usar? 

— Esse? — Ela tirou um vestido tubinho vermelho. Eu fiz que não. Ela respondeu com uma careta e jogou na cama, sobre tantos outros vestidos jogados. 

Eu estava na cama, sentada com uma toalha enrolada no corpo. Estava me sentindo como a Cinderela, só que numa versão são ratinhos fofos e bruxa má, de resto, eu podia contar com um príncipe maravilhoso, carruagem e fada madrinha. 

— E que tal este? — Ela tirou do closet um vestido de seda vermelho. Meus olhos arregalaram, encantados com o vestido. Levantei, andei até ela e vi o sorriso em seu rosto. — Ficaria lindo em você. 

O vestido era realmente deslumbrante. Um tomara que caia vermelho, com uma fenda na perna. 

Sorri. 

— Ele é perfeito! — Ela me deu, eu o peguei cuidadosamente, como se fosse feito de vidro, e o aproximei do corpo. A seda tinha uma textura delicada e lisa, senti-la sobre a pele era simplesmente incrível. — Acha que Chase vai gostar? — Eu não sei exatamente por que perguntei aquilo, mas a expressão de Susan era impagável. Eu sorri um pouco boba e caminhei até o espelho de corpo inteiro no canto do quarto. Tirei delicadamente o cabide, segurei o cabelo acima da cabeça e experimentei o vestido. Ela estava certa. O vestido ficava bem em mim. A vi no canto do reflexo do espelho e ela batia palmas, dando pulinhos empolgados. Isso me fez rir. 

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