Meu CEO Mandão romance Capítulo 34

Eu não devia ter aceitado o convite de Chase, principalmente porque era arriscado. Se ele descobrisse quem eu era, poderia acabar com tudo. Mas, de alguma forma, eu não conseguia simplesmente ficar mais um minuto longe dele. Mais cedo, quando me abraçou daquela forma, eu me senti tão completa e entregue, que não consegui mais olhar em seus olhos depois de tudo. 

A situação estava ficando cada vez mais descontrolada. Eu sentia que a qualquer momento eu poderia ser descoberta, mas não sabia se iria ser algo tão ruim. Na verdade, parecia ser algo bom, porque poderia, finalmente, me livrar do peso de guardar um segredo. Eu não gostava de mentir para Chase, ainda mais depois de ele ser tão fofo comigo. Eu percebia em seu olhar. Ele realmente gostava de mim. E eu… bem, eu estava o enganando descaradamente. De dia, sua secretária, de noite, sua amante. Eu tinha sorte por ele achar A. só um brinquedo, ao mesmo tempo em que não sabia qual seria sua reação quando realmente descobrisse quem ela era. Eu queria contar, porque ele não merecia, mas… ele era a única coisa que eu tinha depois de Abby, mesmo que seja só uma farsa, mesmo que não seja real, Chase me tinha e eu tinha a ele. 

Sacudi a cabeça, afastando os pensamentos que me rondavam sem parar por toda a noite. Eu estava começando a ficar louca. Talvez fosse loucura mesmo, e para ser sincera, eu me tratava como uma coisa que enfrentava qualquer dificuldade — mesmo que eu não fosse capaz de fazer isso. Eu engoli minha tristeza e orgulho, não me preocupei em forçar um sorriso e parecer feliz, mesmo que não estivesse. 

Olhei para Chase, que estava ao meu lado e vi um sorriso iluminar seu rosto. Abri a porta, saí do carro e vi quando fez o mesmo. 

— Parece que todo mundo teve a mesma ideia que eu — ele brincou, apontando para um pequeno aglomerado de pessoas vestidas elegantemente. Eu forcei meu maior sorriso, porque não queria ser uma má companhia. Eu não devia nada, mas recusar seu convite parecia cruel, ainda mais depois de tudo o que aconteceu nos últimos dias. — Vamos? — Ele me deu o braço e eu passei o meu por dentro do seu, fazendo que sim. Chase fez um sinal para o motorista e ele cantou pneu. — Você está linda, sabia? 

Ele claramente havia notado o quanto eu estava me forçando a parecer melhor, mas a verdade é que eu estava exausta. Eu não via Abby por dois dias, Mike se comprometeu a fazer da minha vida um inferno, eu mentia para a pessoa que se importava comigo e o teto sobre a cabeça da minha tia dependia de dinheiro vindo de uma maneira tão vulgar e maluca. Eu fingia ser A., fingia ser forte, fingia ser eu mesma. Eu tinha medo de que todas essas máscaras caíssem e não sobrasse mais nada. 

A fachada do Great Musictastic era realmente encantadora. Chase insistiu em me trazer aqui, porque, segundo ele, tudo lá dentro era a minha cara. Eu não sabia muito bem o que ele queria dizer com isso, mas quando entramos e percorremos o corredor de piso de mármore e paredes lisas, que quando tocadas eram marcadas, percebi que, de algum jeito, era realmente aquilo. À princípio, o lugar era completamente escuro, as paredes de led mostravam luzes que faziam um rastro mágico, nos levando a um salão onde cada um se embaralhava e começava a dançar. Meu coração bateu rápido quando começou a tocar  Beauty and the Beast, do filme da Bela e a Fera. Minha expressão era de felicidade, eu tinha certeza. Chase pediu para que eu colocasse um vestido longo, mas não disse para onde iríamos. Me surpreendi, eu não fazia ideia de que me levaria a um lugar como este. 

Quando olhei para a sua cara, ele ergueu uma sobrancelha e me deu a mão. 

— Aceita uma dança? — Estreitei os olhos, esvaziei os pulmões e peguei sua mão, praticamente o arrastando para a pista de dança. — Eu sabia que iria ficar animada com isso. 

O lugar era simplesmente divino: o salão amplo permitia que os casais rodopeassem e dançassem como quisessem. Lembrava uma boate, mas decorada especialmente para uma festa requintada, com direito a lustre e tecidos vermelhos pendentes do teto alto. 

Chase colocou uma mão em minha cintura, me puxou para perto e eu passei uma mão por seu peito, a pousando sobre o ombro largo e forte. 

— Como soube? — Perguntei. — Que eu gostava disso? 

— Você meio que canta alto demais, e eu percebi, mais de uma vez, que é maluca por esse tipo de coisa. — Ela deu de ombros. Meus olhos se fixaram nos seus. Eu sorri, um sorriso genuíno. Franzi a testa e apoiei a cabeça em seu peito, sentindo o conforto que o gesto me passava. — Eu precisava disso, também, porque… a situação com minha irmã está ficando complicada. Serve para esvaziar um pouco a mente. — Sua voz roçou em minha orelha. 

Nos balançávamos de um lado para o outro, girando, dançando e curtindo a música. 

Quando parou, fomos até o bar, bebemos e conversamos um pouco. Ele parecia calmo e contente. Por um instante, Chase me fez esquecer de todos os meus problemas. 

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