Meu CEO Mandão romance Capítulo 36

No dia seguinte, quando cheguei na empresa, encontrei Annelise em sua mesa, falando com alguém ao telefone. Eu lhe dei bom dia e fui direto para a minha sala. Eu tive que ter muita força de vontade para não ir até lá durante todo o dia e dizer que sabia de tudo. Pelo jeito, ela nem se importava em fingir ser outra pessoa. Ela nem se importava em mentir para mim. Todos os dias. 

Às duas da tarde, a chamei para almoçar num restaurante. Fomos no meu carro e durante todo o trajeto ela não disse nada. Perguntei por que estava tão calada e Annelise disse que não queria me entendiar com seus problemas. Eu insisti, procurando uma abertura, mínima que fosse, para entrar em sua mente. 

— Minha irmã acha que estou ignorando ela, mas a verdade é que não. — Eu desviei os olhos da rua e olhei para ela. Ela respirou fundo e continuou. — O marido dela, o Mike, está me impedindo de vê-la, como eu disse. 

— Por que não diz logo a ela? — Perguntei. Ela me encarou como se eu tivesse sugerido matar uma pessoa. — Ela vai entender, mesmo que Mike tente fazer alguma coisa contra você. 

— Acha mesmo que é uma boa ideia? — Ela perguntou. Eu assenti e disse: 

— A verdade sempre é a melhor escolha, Anne. — Cravei meus olhos nos seus quando disse isso. Por um segundo, eu percebi que ela me encarou sem entender muito bem, mas então simplesmente virou a cabeça e concordou. — Paul fez o mesmo com minha irmã. — Comentei. — Eu fiquei longe dela por muito tempo, e olha o que aconteceu. A verdade é que não existe uma fórmula mágica para saber se alguém vai te trair. As pessoas más podem estar do nosso lado, mesmo que finjam ser boazinhas. — Dei de ombros e voltei a olhar para frente, vitorioso. Eu percebi que Annelise se calou, como se qualquer palavra que pudesse sair de sua boca a denunciasse. Ela se afastou, recostando a cabeça no banco. 

Quando chegamos ao restaurante, fomos direto até a mesa. Eu educadamente afastei uma cadeira para ela se sentar e me sentei à sua frente. Comemos calados. Eu respeitei seu silêncio. Tinha algo de irônico, porque nunca quis tanto ouvir sua voz. Notei que estava insegura. Se eu a pressionasse mais um pouco… 

— Está gostoso? — Perguntei, apontando para a comida que mal havia tocado. Ela me encarou e deu de ombros. 

— Não estou com fome. 

— Não gosto de vê-la assim. — Eu realmente não gostava, embora quisesse adicionar um pouco de veneno à sua comida. — Talvez sobremesa? — Perguntei. Ela não reagiu. Não tinha graça me vingar de uma pessoa tão inútil quanto Annelise. Ela nem estava prestando atenção ao que eu dizia… — Annelise? 

Eu levei minha mão até a sua e a cobri sutilmente. Meus olhos percorreram nossas mãos unidas. Eu rocei sua pele com o polegar, e percebi lágrimas brotarem nos olhos. Tive que me conter para não revirar os olhos. 

— Ei — Chamei sua atenção. — Não me obrigue a ir atrás desse idiota e esmurrá-lo. — Ela levantou os olhos. 

— Eu ficaria agradecida, na verdade. — Admitiu. — Mas… não quero que se meta nisso tudo. — Ela secou as lágrimas e levantou, fungando o nariz. — Eu não devia ter vindo. 

— Eu disse algo errado? — Perguntei, levantando. Annelise fez que não e virou, dando-me as costas. — O que eu posso fazer para que… 

— Me deixe sozinha. — Interrompeu-me ela. 

Annelise se afastou, e senti meu coração apertar. Eu o condenei, fechando os olhos e acertando um murro na mesa. 

***

O dia pareceu mais vazio depois que Annelise pediu para ir mais cedo para casa, admito, mas nada impediria minha vingança. Eu liguei para a floricultura e pedi um buquê de flor, o mais caro que tivessem, dei o endereço e mandei entregarem. Tinha até um bilhete. 

     Espero que tudo dê certo. A proposta de acertar um soco no idiota ainda está de pé.

     Chase. 

Mais tarde, o sr. Sheppard pediu para que eu fosse até sua sala. Ele me apresentou ao filho do sr. Grayson, o Graham Grayson. Nós conversamos por um bom tempo antes de ele ir embora. O sr. Sheppard e eu comemoramos. O cara parecia contente em fazer a fusão, mas tinha um problema: o próprio sr. Sheppard. Ele disse que não faria nada se Conrad estivesse envolvido. Conrad não gostou disso, mas depois de avaliarmos a ideia mais um pouco, percebemos que não seria tão ruim. 

Às nove, fui embora. Pedi uma pizza e fitei o telefone por toda a noite, me perguntando como eu poderia infernizar a vida de Annelise. Decidi mandar mensagem para A. 

Sr. Bolas Azuis: A noite está linda, não acha? Eu aposto que sua boceta deve estar ainda mais. 

Ela não disse nada. 

Eu sorri. 

Sr. Bolas Azuis: A.? 

Ela me respondeu, dizendo que estava indisposta. Se eu não soubesse quem ela realmente era, iria parar, mas insisti que viesse. Depois de um dia estressante, não tinha nada melhor do que me enterrar em Annelise. Eu tinha que admitir, era realmente maravilhoso. Ela devia gostar, também, porque não parava de gemer nos meus braços. 

Pedi para que o motorista fosse buscá-la. Depois de um tempo, quando abri a porta, me deparei com Annelise trajada de A., com máscara e tudo. Foi impossível conter uma explosão de raiva que me apossou naquele instante. Eu não acreditava como tinha sido tão burro. Como eu não a reconheci? Como eu não a reconheceria? 

A peguei nos meus braços sem breve aviso, procurando seus lábios com ferocidade, enquanto minha mão abria o zíper de seu vestido. Ela, ofegante, esperou que eu a tomasse como bem quisesse, mas preferi deixá-la nua, exposta para mim, enquanto apreciava seu corpo. 

— Você é linda. — Eu pousei minha mão em seu ombro, percorri-a com os dedos, roçando a pele perfeita e parei em sua frente, levantando seu queixo. Eu encarei seus olhos. — E é toda minha. — Minha voz se tornou grave. Eu fitei os seios de Annelise e percebi que engoliu em seco. Sorri de canto, me ajoelhando. Fiz uma trilha de beijos em sua barriga, até alcançar a virilha e afundar minha boca em sua boceta deliciosa. 

Quem disse que você precisa ter raiva para se vingar? Tesão funciona do mesmo modo. 

E eu juro que morria de tesão. 

Segurei suas pernas com firmeza, impedindo-na de escapar. Comecei a chupá-la com vontade, mergulhando minha língua profundamente, freneticamente. Annelise, agora sabia, enterrou os dedos em meus cabelos, se contorcendo pelo prazer que eu a causava. Meus olhos continuavam fincados nos seus. 

A cada ofego, meu coração explodia. 

A cada gemido, minha alma estilhaçava. 

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