Meu CEO Mandão romance Capítulo 38

Eu só devia estar louco. Completamente louco. 

Eu odeio ela, não é?  

Por que eu disse aquilo? 

Por que eu estou agindo como um idiota? 

Passei o dia todo pensando na porra da Annelise. Ela mal me olhava na cara depois daquela tentativa fracassada de beijo. O que teria acontecido se tivesse acontecido? Será que ela percebeu que eu sei… eu tinha que fazer alguma coisa. Tinha que pensar num bom motivo para avaliá-la. Se ela descobriu que sei… vai… vai querer se afastar. 

Me peguei confuso. 

Muito confuso. 

E…

Excitado. 

Muito excitado. 

Pensar em mim  entrando naquela salinha apertada e fodendo Annelise sobre a mesa… 

Se controla, Chase. 

Balancei a cabeça. 

Logo eram nove da noite, e depois de ela ir embora, eu fiquei no carro, pensando num jeito de descobrir se ela havia descoberto que eu sabia que estava me enganando. Tudo isso deu um nó no meu cérebro. Tombei a cabeça no banco, repentinamente cansado de pensar, ou de tentar odiá-la. Porra! O que está acontecendo comigo?  Eu a infernizei durante toda a semana. Foi divertido. Muito, para ser sincero, mas a verdade é que aquilo não bastava — parecia causar o efeito contrário. Eu tentava me sentir saciado pelo que fez comigo, mas conseguia apenas o oposto. Eu queria Annelise. Essa era a verdade. Isso me assuatava, porque eu nunca desejei tanto uma pessoa. Meu plano de vingança parecia incerto e até maldoso. Eu queria mesmo fazer mal a ela? Logo agora que tudo parecia estar se colocando nos eixos… e o que eu fiz. 

Respirei fundo, segurando o volante. 

Por que eu disse que gostava dela? 

Por que ela tentou me beijar? 

Por que eu disse que estava ficando duro? 

Seu idiota! 

Dirigi para minha casa em absoluto silêncio, ignorando meus próprios pensamentos. Eram todos sobre Annelise. Senão ela, A., que também era ela. Eu estava absorto em mim mesmo, tentando me entender. Eu nunca senti tal coisa por outra mulher depois de Brenda, e tudo o que vivemos foi tão  intenso antes de… antes de ela me trair. Eu não confiava em mulheres. Elas podiam ter tudo o que queriam, mas sempre falta algo, e isso estraga, aparentemente, tudo. De repente você é deixado de lado, porque parou de ser perfeito e virou um vilão que estraga tudo. 

O trajeto até o apartamento não foi longo, no entanto eu pude pensar um pouco. Eu decidi chamar Annelise, alegando que não sabia onde um documento importante foi parar. Ela tentou recusar, mas a ameacei, dizendo que cortaria seu salário pela metade. Em quase nove minutos, ela bateu à  minha porta. Abri, ela entrou, a expressão séria dominando o rosto. 

— Precisamos conversar — Eu me coloquei na frente da porta, cruzando os braços. Annelise me encarou, assustada. Eu podia ver as engrenagens de sua mente rodando. — Sobre… o beijo. — Eu disse. Ela pareceu aliviada. 

— Não foi por querer — defendeu-se. — Quer dizer, foi, mas não por querer, exatamente. — Eu a encarei sem entender por que se colocara na defensiva. Me aproximei. 

— Não há mal nisso. — Eu disse. — Somos grandinhos o suficiente para encarar que o que aconteceu não deve se repetir, mas não há mal nisso. — Ela franziu o cenho, aparentemente me achando maluco. — Quero dizer que só foi o momento… eu sou irresistível, sabe? É compreensível. 

Ela riu. 

— Você estava perto, só isso. — Ela disse. — Eu meio que me arrependi. 

— Não me acha bonito, Annelise? — Ela arregalou os olhos e fez que não. — Não?! 

— Não! — Disse, gesticulando sem parar. — Quero dizer… sim. — Considerou, enfim. Eu estreitei os olhos e cruzei os braços. — Você é bonito. 

— Eu sei que sou. — Passei por ela, indo na direção do sofá. — Mas não precisa me beijar para provar isso. 

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