Meu CEO Mandão romance Capítulo 43

Todo o meu corpo gelou por aquelas simples palavras. Eu devo ter ficado em choque, porque virei rapidamente para Chase e sem reparar, bati minha cabeça na sua. 

— Porra! — Ele segurou o nariz, fazendo uma expressão de dor. Eu o observei, o desespero crescente explodiu numa rajada intensa em meu peito. 

— Me desculpa! Eu não queria...— Levantei-me e corri para perto de Chase, que continuava segurando o nariz. Ele gemia de dor, fazendo uma careta. Sua mão estava suja de sangue, o que indicava que eu tinha feito algo muito grave em sua cara. — Desculpa… ai, meu Deus! — Eu chacoalhei as mãos, como se isso fosse ajudar, mas acontece que ele ficou irritado. 

— Sai da minha frente — berrou. 

— Está doendo muito? — Perguntei. Chase passou por mim, a carranca pesada falava por si só. Eu o segui, os saltos batendo no chão. — Chase...Chase… Chase! 

Ele virou para mim. 

Eu engoli em seco. 

— Você quebrou a porra do meu nariz! — Gritou. Sua voz abafada me fez cair na gargalhada. Ele franziu o cenho.  — Está rindo? Por que está rindo? Acha isso engraçado? — Perguntou. Eu me contorcia de tanto rir. 

— Você fica engraçado quando está irritado. 

Ele me olhou com o que eu julguei ser fúria, se aproximou e me encarou. Por um instante, eu tinha esquecido do que sussurrou ao meu ouvido, mas lembrei, e minha risada se calou. Ele fez biquinho e me olhou de cima para baixo. 

— Acha que eu sou uma piada, Annelise? Que eu… — ele me fitava com um olhar indecifrável. Chase secou o rastro de sangue no nariz e continuou. — … sou… — sua respiração se tornou lenta, eu percebi. Meus olhos o encaravam com atenção. Eu estava tão vulnerável, tão frágil para ele… Chase simplesmente se inclinou sobre mim e chocou meus lábios contra os seus. 

Por um instante fiquei sem reação, achando que aquilo não passava de um sonho maluco, mas percebi que era bem real. Eu senti as mãos de Chase em minhas bochechas, o hálito quente, a respiração pesada e o corpo. O senti. Era real. Eu deixei com que tomasse meus lábios como quisesse, a urgência de sua língua era excruciante, então lhe dei passagem. Ele agarrou minha cintura, me puxando para perto. Por um minuto, achei que fosse desmaiar. O ar deixou meus pulmões, dando lugar a uma sensação de liberdade. Senti-me mais leve, como se flutuasse, mas ao mesmo tempo, uma onda de calor sufocante se derramou sobre mim. 

Quando enfim cessou o beijo, eu o encarei, completamente estarrecida. Acho que Chase também não sabia por que fez aquilo, porque seus olhos buscaram nos meus uma resposta. Ele parecia perturbado, como se não entendesse o próprio gesto, então, se afastou, pigarreou e enfiou as mãos nos bolsos, sem dizer uma única palavra. Chase se dirigiu à porta e saiu. 

Eu não entendia o que tinha acabado de acontecer. Por mais que minha mente tentasse, a resposta parecia vazia e incerta. 

Eu fiquei ali, na sala, tentando entender. 

Cada vez mais tudo se entrelaçava num emaranhado de dúvidas. 

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