Meu CEO Mandão romance Capítulo 45

Eu não conseguia entender como tudo isso chegou a esse ponto. Eu não conseguia acreditar que me deixei levar tanto. Meu coração pesa por acreditar que Chase realmente gosta de mim, porque isso significaria sua desolação. Se eu permitisse que ele conseguisse o que queria, nós dois nos magoaríamos. 

Quando me colocou contra a parede, eu quase cedi. Eu juro que quase cedi. Eu não aguentaria ver seu sofrimento, nem ver o ódio queimando por trás de seus olhos. Eu não me perdoaria. Se eu permitisse a ele se aproximar mais, nada disso teria volta e eu não me perdoaria. Tudo o que sinto por ele é real, mas meu segredo o destruiria. 

Olhei-me no espelho pela última vez antes de passar a toalha no rosto. Respirei fundo, e fechei os olhos, tentando afastar os pensamentos que cercavam a minha mente. Eu iria enlouquecer se não parasse de pensar nisso. 

De repente, a campainha tocou. 

Franzi a testa, deixei a toalha no balcão do banheiro e me dirigi à porta. Deveria ser Abby. Talvez ela quisesse conversar um pouco. Na última vez que nos falamos, ela parecia um pouco estranha. Eu culpei Mike, como sempre, porque ele sempre foi a razão pela tristeza de Abby. Mas para a minha surpresa, quando a campainha tocou mais uma vez e abri a porta, não a vi, mas sim Chase, que praticamente se jogou em cima de mim sem antes sar um aviso prévio. 

Ele enlaçou-me com força, tomando meus lábios com tanta necessidade, que fiquei sem fôlego. Chase me pegou no colo e colocou-me contra a parede, me impedindo de fugir de seu beijo. Mas eu não queria. Eu o  queria tanto, que minha mente perecia diante do desejo. 

Era mais que desejo. 

Muito mais. 

Era paixão. 

Pura. 

Louca. 

Chase me beijava apaixonadamente, sua língua adentrou-me timidamente, mas logo se enrolava na minha, dançando freneticamente num ritmo quente e sufocante, que tomava conta de todo o meu corpo. Eu não sabia exatamente se estava morta, porque não sentia mais nada, só ele. Só o meu corpo no dele. Nós. Chase me segurava firmemente, e quando cessou o beijo, achei que fosse desabar. Ele colou sua testa na minha e seus olhos buscaram os meus, tão sedentos quanto os lábios. 

— Fale — ele pediu. — Fale que sente o mesmo por mim, Annelise. 

Eu não podia, eu não podia… 

Apertei as pernas ao redor de sua cintura e mordi o lábio inferior. Ele fitou a minha boca. Meu coração batia acelerado contra o seu, estourando em explosões cadenciadas que pareciam atravessar todo o meu corpo. Chase sabia a resposta, mas queria ouvir da minha boca. Ele queria ouvir o mesmo que disse. 

—  Eu juro que se não sentir o mesmo, irei embora. Eu vou deixá-la, eu juro que deixá-la em paz. — Suas palavras eram sussurradas num tom firme e dolorido. Eu as internalizei dentro de mim, vibrando intensamente. Agarrei seu pescoço, meus olhos se afundaram nos seus, eu fiz que sim. 

— Eu também gosto de você, mas… — as palavras morreram em minha língua. Eu tinha que dizer. Tinha que dizer de uma vez por todas. — Eu… eu não posso. Me desculpa… eu não… — ele cobriu meus lábios e engoliu minhas palavras. 

— Não precisa dizer mais nada. — Disse contra minha boca. Minha respiração entrecortada encontrou a sua. — Você me deixou louco, sabia? Completamente louco. — Entregue em seus braços, me sentia tão sua, tão livre. — Eu quero você, Annelise. Eu a quero mais que tudo. 

Tudo o que saía de sua boca parecia real, e eu definitivamente era um monstro por fazê-lo acreditar que eu não passava de uma garota aparentemente apaixonada. Chase tinha que saber, mas minhas boca não abria, as palavras estavam presas na garganta. Ele me soltou, enfim. 

— Mas não desse jeito. Eu tenho que pensar. Eu tenho que… — ele beijou mais uma vez. — Espera por mim, tá?  Não sai daqui. 

— Eu moro aqui. — Respondi. 

Seu sorriso iluminou o rosto. 

— Eu sei. Acho melhor ir… eu não vou me controlar se continuar aqui. — Eu fiz que sim. 

Seria melhor assim. 

Eu também não me controlaria. 

Chase foi embora e eu corri para o banheiro. Um banho frio ajudaria a aliviar o calor que subia pelo meu corpo. Minha mente estava frenética. Eu não parava de pensar nele. Não parava de pensar na gente. 

Eu tinha que contar para ele. 

Se ele aceitasse tudo aquilo, então estaria certa, enfim, que realmente gosta de mim. 

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Mandão