Meu CEO Mandão romance Capítulo 47

Eu tentei entender o motivo pelo qual Annelise achou muito convincente que o melhor a se fazer era se atirar no mar. Eu sabia que não devia exigir nada a ela, eu era só um cara que, aparentemente, estava lhe prometendo algo que não poderia dar. 

Brandon ficou me olhando enquanto via Annelise catar suas coisas na sala. Eu não devia impedi-la, já que achava que era o certo, mas eu sabia que iria me arrepender depois. Brandon deu de ombros e disse: 

— Você não pode ir embora. 

— Brandon. — Chamei sua atenção. 

Ele sorriu de canto e cruzou os braços. Eu olhei para Annelise. Ela só poderia sair se eu permitisse, portanto, poderíamos resolver isso depois, mas não queria impor, mais uma vez, o que eu achava ser o certo. Ela tinha motivos o suficiente para acreditar que aquilo era uma má ideia. 

— O que aconteceu? — Perguntou ele, inclinando-se em minha direção. — Vocês brigaram? Eu vi como estavam… parecia uma discussão de casal. — Brandon disse, me encarando, depois, olhou para Annelise, que trancou a porta de sua salinha. — Você está fodendo ela? — Ele balançou as sobrancelhas. 

— Não. 

Tecnicamente, sim, mas não Annelise. Era A., uma cópia falsa. De repente, me dei conta de que tinha colocado o assunto de lado, como uma tarefa feita pela metade. Isso me corroía por dentro, mas a verdade é que não importava. Annelise contou sobre Madeleine, sua tia. Deduzi que o dinheiro que conseguiu comigo foi destinado à casa de repouso que sua tia morava. Nada em Annelise era de mal. 

— Ela é gostosa, apesar de se vestir mal e parecer desajeitada de vez em quando. — Ele disse, dando de ombros. 

Senti um impulso forte e descontrolado. Eu queria lhe dar um soco se tivesse a audácia de continuar falando mal de Annelise. Cerrei o punho com força, tanta força, que as unhas se enfiaram na carne. 

— Seria um prazer fodê-la. Acha que ela é do tipo fácil? — Continuou, erguendo uma sobrancelha. — Que transaria comigo se lhe desse uma chance? — Eu respirei fundo e tentei controlar a raiva crescente. 

Aquela sensação de proteção me dominou por completo, como se eu precisasse protegê-la. Eu sabia que Brandon era um babaca, que provavelmente dizia suas merdas para parecer mais masculino, mas aquelas palavras me deixaram completamente fora de mim. Eu não queria que nenhum outro homem a tocasse, não queria que nenhum  outro homem pensasse nela, no queria fazer com ela, não queria, principalmente, que preferisse outra pessoa além de mim. Ela era minha, só minha. 

— Você pode até ter perdido a chance, mas eu vou faturar essa. — Ele piscou e foi na direção do pequeno escritório de Annelise. Eu levantei, alarmado. 

Não demorou até ela abrir a porta e os dois conversarem, então Brandon começou a insistir, o ódio queimava todo o meu corpo. Eu queria matá-lo. 

— Me largar, Brandon! — Annelise berrou. 

Eu corri, e quando finalmente cheguei, vi que Brandon estava segurando seu braço, a puxando para um beijo. 

— O que está acontecendo aqui? 

— Cai fora, cara! Não gosto de dividir… — disse Brandon. Aquela foi a gota d'água. Eu o puxei pelo colarinho, Annelise veio junto, puxada pelo punho, e arremessei o babaca miserável no chão, me pondo em cima dele e disparando socos seguidos contra seu rosto. 

— Escuta aqui, eu desgraçado — eu disse —, da próxima vez que a tratar assim, pode ter certeza que vou matá-lo. — Segurei seu colarinho. Ele sorriu, debochado. Brandon se remexeu e acertou um soco em mim. Annelise me olhava sem reação, como se estivesse presenciando algo chocante. 

— Chase, se considere fodido. Eu vou acabar com você! — Berrou ele, saindo de cima de mim. Ele correu para fora da sala e eu apoiei-me nos cotovelos. Limpei o sangue do canto da boca e sorri. 

— Ainda acha que não gosto o bastante de você? — Olhei para Annelise, ainda parada. Estiquei-me. Se tivesse sorte, conseguiria ver a cor da sua calcinha — um bom prêmio pelo honra da dama. 

— Idiota. — Ela disse. 

Eu gargalhei. O meu lábio inferior tremia e ardia, latejando. 

Cada soco que levei valeu a pena, contanto que eu ainda tivesse sua atenção. 

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