Tudo aconteceu rápido demais, sem me dar tempo para que eu pudesse pensar em algo, sem me deixar fazer nada. Eu me sentia amarrada em cordas invisíveis, mas sabia, ao mesmo tempo, que Chase não tinha culpa. Ele claramente não passava de um adolescente num corpo de um adulto. A forma como agiu… isso provava minha teoria. Ele sabia mesmo o que sentia por mim, ou só queria se apossar porque me desejava, de modo que nenhum outro cara pudesse ter algo comigo?
Talvez ele precisasse mesmo de um tempo para pensar em tudo.
Chase me levou para o apartamento. Durante todo o trajeto, fiquei calada, impedindo qualquer discussão que pudesse iniciar em uma conversa que eu não queria participar. Chase tentou falar alguma coisa, talvez pedir desculpas, mas fingi não ter importância, olhando através da janela.
Quando finalmente chegamos, subi, os braços cruzados, ele me seguiu, entramos no elevador e comecei a batucar os pés, o biquinho amarrado em meus lábios era claramente um sinal de que estava chateada. Chase tinha percebido, mas foi inteligente ao constatar que, se falasse qualquer coisa, tudo poderia piorar.
— Desculpa — retiro o que disse. — Por… ter visto aquilo. Eu pensei que precisava de ajuda para se livrar do Brandon. — Eu o encarei, Chase ficou vermelho, repentinamente muito envergonhado pelo que fez. — Eu sei que foi uma coisa idiota, mas… ele estava agarrando você. Eu… — ele me olhou, como se tivesse alguma coisa entalada na garganta. Ergui uma sobrancelha, encorajando-o a dizer. — Fiquei com ciúme.
Balancei a cabeça, repreendendo-o. O elevador apitou, indicando que chegamos ao nosso destino. Saí, ele me seguiu. Abri a porta e virei rapidamente na sua direção.
— Você não pode agir como um animal depois de dizer que precisava pensar sobre mim. — Ele parou. — Não pode achar que eu realmente pertenço a você, e só a você. É muita presunção da sua parte. — Ele ergueu um dos cantos da boca, mas estreitei os olhos e ele engoliu o sorrisinho besta. Virei, erguendo o queixo.
Eu abri a porta e Chase passou depois de mim.
— Vai para o sofá. Eu vou pegar alguma coisa para colocar aí — apontei para o machucado sob a sobrancelha e o lábio.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Mandão