Meu CEO Mandão romance Capítulo 67

Eu mal podia acreditar que Annelise iria mesmo trabalhar para outro cara. Eu não conseguia entender por que ela preferiu assim do que continuar sendo a minha secretária. O sr. Sheppard parecia mais descontrolado do que o normal quando entrei em sua sala mais cedo, antes de ir ver Annelise. O médico havia me liberado para voltar ao trabalho e eu ainda tinha esperanças de que ela reconsiderasse a sua decisão. Mesmo sabendo que não conseguiria fazê-la concordar que seria bom estarmos juntos, eu ainda não podia ignorar a sensação de ser deixado de lado. Enquanto estava em minha sala, eu a via andando de um lado para outro, de modo que eu me perguntava se era provocação ou o maldito estava tentando fazê-la de idiota. 

O sr. Sheppard permitiu que eu contratasse uma outra secretária, mas por algum motivo a mulher desistiu muito antes de pisar na agência. Eu e o novo chefe de Annelise teríamos secretárias diferentes para que tentássemos nos afastar. Conrad achou que assim nossas pendências não seriam confundidas e respeitando o espaço que Annelise me pediu há uma semana, eu não disse nada, por mais que não concordasse com tudo isso. 

— Não sei se gosto disso — eu resmunguei, os braços cruzados sobre o peito. Eu olhei para Annelise, que estava concentrada anotando alguma coisa no bloco de notas. — É injusto. — Eu disse. Ela não parecia estar prestando atenção e eu amarrei um biquinho nos lábios. Não gostava de quando não me dava atenção. — Annelise!  — Berrei. 

Ela levantou os olhos, alarmada. Annelise riscou o que escrevia, talvez por eu tê-la assustado. 

— Você tem que sair daqui — ela disse — eu tenho que trabalhar e não vou conseguir com você aí. 

— Mas é justamente por isso que estou aqui. Se você não trabalhar bem para ele, pode ser demitida, então eu a contrato como minha secretária e tudo se resolve. — Pisquei, lançando um sorriso. Annelise me olhou com irritação. — Você está aí desde que chegamos e… — olhei para o relógio em meu pulso — são quase duas horas. Eu fiz reserva num restaurante. Não quero perder. 

— O meu novo chefe me pediu para que eu ficasse até mais tarde. — Ela disse. Eu arregalei os olhos. — E iria me deixar livre por dois dias. 

— Eu vou matar o desgraçado! — Bufei. Franzi a testa e deixei que ela pudesse ver minha irritação que se tornara gritante. — Quem ele pensa que é? 

— O chefe dela — disse uma voz atrás de mim. Annelise olhou através de mim e eu engoli a saliva. Com a boca entreaberta, virei na direção dele, que segurava um capacete de moto debaixo do braço. O desgraçado era bonito, e eu estreitei os olhos. — Se não se importar, é claro. — Ele sorriu, estendendo a mão. — Sebastian Bachmann. — Disse. Eu reparei em sua camisa aberta, em sua calça apertada e sua bunda estranhamente empinada. 

Eu encarei sua mão, ergui uma sobrancelha e apertei a mão dele com um asco invisível, mas bem evidente em minha cara. 

— Não foi por maldade. — ele disse, andando na direção do escritório. Annelise tamborilou os dedos na mesa e brincou com a caneta, batendo-a nos lábios levemente. 

— O sr. Bachmann está com a agenda cheia e teve que ir pegar o irmão dele que acabou de chegar à cidade. Parece que um tsunami de clientes querem falar com ele. Principalmente as mulheres. Eu ouvi que o sr. Sheppard está pensando em usá-lo como o rosto de uma campanha. Ele já foi um modelo profissional, sabia? — Contou. Eu apoiei as mãos nos quadris. 

— Annelise — eu disse — Você stalkeia o Sr. Bunda Empinada? 

Ela riu, como se achasse tudo muito divertido. 

— Annelise — minha voz uma advertência. 

— Acontece que eu tive que escutar duas horas de Susan falando sobre como o sr. Bachmann era gostoso. 

— Annelise! 

Ela riu e mordeu o lábio inferior. 

— Está com ciúmes? — Ela perguntou, levantando uma sobrancelha com pura malícia. Eu sorri de canto, apoiei as mãos na mesa e a encarei. 

— Você não sabe o quanto — eu disse — vou fazê-la pagar por isso, quando estiver dentro de você, srta. Hamilton. 

Eu notei sua expressão ousada me encarando. Eu sabia exatamente o que ela queria de mim, e iria dar tudo o que desejava. 

— Na minha sala em cinco minutos — levei a boca ao seu ouvido e sussurrei. — Não falte, ok? — Disse, afastando-me e indo na direção da porta. 

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