Meu CEO Mandão romance Capítulo 82

Annelise

Eram quase doze horas quando ouvi alguém chamando meu nome. Levantei do sofá onde estava e joguei as cobertas para o outro lado. Quando levantei, eu andei até a porta,  de onde vinha a voz, e olhei pelo olho mágico. 

Chase. 

Meu coração praticamente pulou dentro de mim. 

— Annelise, por favor! — Implorou ele. 

Eu respirei fundo, balançando a cabeça. Quis me agarrar a todos os motivos que tinha para me convencer de que aquela era uma péssima ideia. Eu ia mesmo abrir a porta? 

Não. 

Iria manter minha decisão e ficar ali, não importa o que ele dissesse. 

— Vai embora, Chase. Não quero falar com você. — Eu disse. 

— Eu posso abrir a porta e tirá-la daí, se quiser. — Ele disse do outro lado da porta. 

Isso com certeza poderia me convencer, mas ignorei. 

Ouvi o barulho da fechadura. 

Merda. 

Ele não estava mentindo! 

Desesperada, tentei sair de onde estava, mas era tarde demais. Ele abriu a porta e quando percebi, já estava na minha frente, me encarando com seus olhos exigentes. 

Droga. 

Deoga. 

Droga!

— Eu disse que ia abrir. — Ele afirmou. Enlaçando minha cintura, ele deu um tapinha na minha bunda. Lembrei só então de não estar usando nada por baixo da  camisola que Abby me emprestara. — Agora venha comigo. 

— Não, eu não vou. — Disse. Ele me encarou como se começasse a ficar irritado. — Não vai me tirar daqui. 

Ele sorriu de canto. 

— É? Tem certeza? 

Simples assim, Chase me pegou pelas pernas, colocou-me sobre o ombro e me conteu, enquanto eu me debatia. 

— Me ponha no chão, Chase! — Gritei. 

— Você e eu vamos conversar um pouco, quer queira ou não. — E então, me carregou até o elevador, deixando a porta do apartamento da minha irmã aberta. 

Quando entramos, clicou nos botões no painel e as portas se fecharam. 

— Não pode simplesmente me carregar desse jeito! — Bati contra seu peito. — Você sabe que não. 

Ele sorriu, como se achasse graça. 

— Para, Chase! — E me colocando contra a parede do elevador, colocou sua mão entre as minhas pernas. Vi só então sua expressão. Ele parecia destruído. Seu cabelo normalmente bem penteado estava bagunçado, vestia a mesma roupa do trabalho, com exceção do terno. Estava vestindo um colete arroxeado e seus olhos estavam vidrados em mim. 

— Pode me pedir tudo, Annelise. Menos para que eu pare. Eu nunca mais quero parar. Nunca mais quero ficar longe de você. Nunca. — Seus lábios correram pelo ar, e quando iam pousar nos meus, virei o rosto. 

Eu estava molhada. 

Minha intimidade estava lambuzada de tesão, mesmo assim, insistia para que minha mente lembrasse do que fizera mais cedo. 

— Certo. — Ele disse. 

Qualquer resquício de felicidade que pudesse existir em Chase sumiu completamente depois disso. 

***

Chase

Em nenhum segundo sequer eu podia pensar que ia doer tanto. 

Quando tentei beijá-la e Annelise simplesmente  virou o rosto, meu mundo desabou. Me senti tão enfurecido comigo mesmo, que podia implorar para que ela voltasse a olhar nos meus olhos. 

Mas não foi o que aconteceu. 

Passei a noite toda tentando consertar a porra do meu erro, e lembrei exatamente naquele momento que tinha esquecido de amenizar a situação justamente com a pessoa que mais havia magoado — depois de Sebastian. Mas acontece que não sei se minha irritação se transformou em algo contundente contra Annelise, ou continuei me odiando. 

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