Meu CEO Mandão romance Capítulo 91

Parecia injusto tratar Annelise como um brinquedo, por isso deixei seu apartamento no dia seguinte e fui para o meu próprio apartamento. Eu queria garantir que nada como o que aconteceu ontem iria se repetir. Eu vi Annelise, em certo momento, levantando da cama e indo até o banheiro. Ela passou longos quarenta minutos — chorando — dentro do maldito banheiro. Me perguntei se a tinha machucado ou magoado. Parecia mais um animal que acabara de fugir do zoológico e estava louco do que o homem que dizia amá-la, mas acontece que nada daquilo era realmente sobre ela — e, talvez, nem sobre mim. 

Passei toda a manhã focado nos assuntos do escritório. Montei ideias, busquei inspirações, tentei contatar pessoas importantes. Às oito em ponto fui para a agência e vi Annelise conversando com Susan no fim do corredor. Ela sorriu e acenou para mim. Eu a ignorei, angustiado, de repente. 

A porra do meu pai tinha morrido ontem e a primeira coisa que fiz foi foder com a minha namorada. 

Eu estava enlouquecendo mesmo. 

Tentei me concentrar, o resto do dia, com o trabalho. Não sabia quanto tempo mais iria ficar na Shaffer & Sheppard, mas sabia que Annelise, como avisara, iria pedir demissão. Eu não aguentaria ficar longe dela por muito tempo, e pediria demissão também. 

Bateram à porta do escritório às nove horas. 

— Entre. Está aberta. 

Annelise passou pela porta, e fui atingindo por um sentimento intenso de Dejá Vu. Meu coração bateu forte e rápido no peito. Ela se aproximou. Ela vestia uma blusa vermelha um pouco larga e uma saia lápis preta, que contornava seus quadris e revelava as pernas. Ela me olhou e se aproximou. 

— O sr. Sheppard pediu para que eu emtregasse isto. — Ela colocou alguns documentos sobre a mesa. Annelise me encarou por uns instantes e fez menção  de ir embora, mas eu segurei seu pulso, impedindo que fosse. — Chase… 

— Desculpa. — Eu olhava para o notebook aberto sobre a mesa. — Não merecia o modo como te tratei ontem. Eu estava sem cabeça… muito irritado. 

Percebi só então o quanto a fiz se sentir mal. Os olhos de Annelise estavam grudados em mim. 

— Comigo? — Perguntou. 

— Por que estaria? — Olhei em seus olhos. — Na verdade, não. Você foi o oposto de irritação. Me acalmou. — Eu desviei o olhar, sentindo meus ombros tensos. — Parece que tudo está dando errado. 

Ela pareceu estranhamente tensa. 

— O que foi? — Perguntei. 

Annelise balançou a cabeça. 

— Nada. 

— Não parece ser nada… está toda dura. — Eu disse, apontando com o queixo para seu corpo enrijecido. Annelise insistiu, fazendo que não. — Sente-se. — Mandei. 

Ela me encarou como se não tivesse entendido. 

Eu afastei as coisas sobre a mesa para o canto, dando espaço para ela. 

— Sente-se. — Disse novamente. — Vou fazê-la relaxar. É o mínimo. 

— Não, Chase… eu… não preciso disso. E você precisava daquilo… — Ela me encarou. Eu levantei, andei na direção da porta e tranquei. Quando voltei, Annelise ainda estava parada à frente da mesa, congelada. 

Definitivamente não esperava que eu tomasse seu pescoço e invadisse sua saia. 

— Vamos… vou só fazê-la gozar. Está tensa. Uma mensagem e um orgasmo vão resolver. Deixe seu abusado fazer o que sabe fazer melhor. Ok? — Ela assentiu sem dizer uma palavra. Eu deslizei minha mão por sua saia apertada, inclinando-me. 

— E se alguém nos flagrar? — Perguntou ela. Annelise cheirava a baunilha. Porra. Cheirosa pra caralho. Senti meu pau roçar sua bunda perfeita. Eu mordisquei o lóbulo de sua orelha. — Chase… e se alguém nos ver? 

— Não se preocupe. Aposto que vão adorar o showzinho. — Eu disse, minha voz grave e firme. Eu a peguei por trás, colando-na contra meu corpo. — Agora relaxe. Ok? — Insisti. 

— Ok. 

Virei Annelise e a sentei sobre a mesa. Tirei as alças de sua blusa, passando seus braços e apliquei beijinhos em seus ombros. 

— Sabe que eu amo esses ombros? — Ela sorriu, as bochechas vermelhas. — E quando fica rosinha assim. — Contei. Ela pareceu ficar ainda mais corada. Quando tirei seu sutiã, percebi os bicos de seus seios arrebatados. Eu sabia que minha garota estava excitada, visto que sua respiração pesava e a pele estava quente. Estava me controlando para não fodê-la — porque não era minhas necessidades que importavam agora. — O que acha disso? 

Eu pousei as mãos em suas costas desnudas e comecei a correr os dedos, procurando por músculos tensionados. Me surpreendi quando achei por quase toda as suas costas. Ela estava toda dura por causa disso. Massageei-a cuidadosamente, e quando tinha oportunidade, beijava o local, e ela me retribuía com arfadas leves. Massageei seus ombros e beijei seu pescoço. 

— Melhor? 

— Sim. — Sua resposta parecia ensaiada. Pousei as mãos em seus quadris e apanhei seu rosto em minhas mãos. 

— Parece triste. — Ela fez que não. — Não gosto disso. Quero ver um sorriso aí. — Meu coração se partiu quando pensei que eu era a causa de sua tristeza. — É por minha causa? — Annelise hesitou, mas por fim, fez que sim. 

Franzi as sobrancelhas. 

Ela começou a vestir a roupa novamente. Minha ereção perdeu força com sua resposta, mas me colocando entre suas pernas, envolvi sua cintura com os braços. 

— Eu tenho que te contar uma coisa… 

Meu coração começou a acelerar. Não gostava nada do tom sério que usou, e ainda sabendo que sua resposta era um sim — eu era a causa de sua tristeza — sentia meu peito apertado. 

— Me diga. Diga tudo. 

— Eu não sei como começar. Parece esquisito, de algum jeito. Parece que… é errado. — Eu pisquei e a observei. Assenti, pousando a mão em seu braço. — Eu não queria que tudo acabasse assim, entende? Eu não… não sei se é certo, na verdade. — Annelise estava divagando até chegar à resposta, mesmo assim, cada palavra fazia meu coração dar uma pirueta dentro do peito. Estava me matando. — Eu pensei bastante se seria o melhor a se fazer, e quanto mais pensava, mais confusa ficava. 

Imaginava se estava querendo chegar aonde pensei que estivesse indo, mas receoso, interrompi: 

— Meu pai morreu ontem. Fiquei muito irritado comigo mesmo porque não consegui perdoá-lo e usei você para me aliviar. Não queria magoá-la, só foi algo que fiz sem pensar, Anne, porque gosto de estar dentro de você. É terapêutico. — Ela sorriu, mas logo seu lindo sorriso morreu. 

— Sinto muito por seu pai. — Eu assenti. 

— Na verdade, não precisa. Nem eu sei se sinto… eu… estou confuso, Annelise. Muito confuso. Por todos esses anos, achei que ele me odiasse, mas acontece que ele fez tudo isso… me afastou de um jeito estranho, porque eu o fazia sentir tudo isso. — As lágrimas se formaram nos meus olhos, mas lutei contra elas. — Eu sou um monstro por não perdoá-lo? 

Ela fez que não. 

— Talvez não estivesse pronto. Abby não visita Madeleine porque… bem… eu não sei, mas deve ter sido porque Madeleine quis substituir nossa mãe. Abby não a perdoa por tentar ser uma mãe. 

— Eu fiz o mesmo que ele por muito tempo. Afastei todo mundo. Talvez… eu seja igual a ele algum dia. — Annelise me olhou com curiosidade. — Eu não me imagino cuidando de um filho. E se eu for um pai ruim? Se não conseguir dar ao meu filho o que ele precisa? O trabalho meio que tira tudo de mim… até você, e… como eu conseguiria cuidar de uma criança? É muito para se pensar. — Desabafei. Annelise me encarava, e quando seus olhos verdes dispencaram dos meus, soube imediatamente que estava acontecendo algo. 

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