Maria Eduarda
Sinceramente, eu não sei como consegui chegar até a minha sala de aula. Quando chego, o silêncio se estabelece, e olho para todos com curiosidade, achando isso estranho.
Pensei que o professor já estaria na sala, e para a minha sorte ele não estava. Sinceramente, eu queria era voltar para os braços do meu príncipe Leon Vitorino.
— Quem é aquele homem que você estava beijando? — sou acordada dos meus pensamentos e olho para quem perguntou. Era o Pedro.
— Ninguém que te interessa — não gostei da forma como ele falou comigo.
— Então quer dizer que a santinha do pau oco está namorando?
— Pedro, eu não sou obrigada a falar da minha vida para ninguém aqui!
— Nossa, como alguém ficou incomodada! — ele me zoa, e diz para todos que estavam na sala: — Vocês viram, né, gente, a Duda dando um showzinho com aquele velhote?
— Pedro, para com isso! — peço, desejando que o professor chegasse logo.
— Nos conte mais sobre o velhote.
Sinceramente, eu não o reconheci, a forma como ele estava dando um show e me provocando parecia não ser ele, mas outra pessoa.
— Pedro, eu não vou falar sobre a minha vida para você e nem para ninguém desta sala.
— Mas você tem que nos contar sobre o velhote, ele é bom de cama? — olho-o ainda sem entender o que passava na cabeça dele.
— Pedro, cala a boca! — peço, com a minha paciência indo embora.
— Não, vamos continuar. Conta, vai, seja uma boa menina, e não uma puta! — olho para ele chocada. Nunca o imaginei falando esse tipo de coisas, era como se ali não fosse o Pedro.
E a forma como ele disse “puta” me deixou meio chocada e com um pé atrás. Ele não seria capaz de ter feito aquilo comigo, ou seria? Fico me questionando. Pedro parecia mesmo paranoico, e só se controlou com a entrada do professor. Eu não via a hora de comentar com o Leon a minha suspeita.
Mudei de mesa e tentei ficar o mais longe possível do Pedro, mas sempre sentia seu olhar me seguindo. Me pergunto como eu nunca notei isso.
Dou graças a Deus que as horas passaram rápido e estava quase na hora de o Leon vir me buscar. Quase não ouço o que o professor diz, só percebo que os alunos estavam se levantando. Arrumo as minhas coisas, pego a mochila e saio rápido, não querendo dar de cara com o Pedro novamente.
Saio do prédio e vejo que o Leon já está me esperando lá fora. Ele acena para mim, e retribuo. Não via a hora de chegar perto dele e me jogar em seus braços.
Quando estava indo em sua direção, sou agarrada pelo braço, e quando me viro para gritar dou de cara com o Pedro, irreconhecível.
— Me larga, Pedro! — peço, tentando controlar o medo que senti dele.
— Ora, ora, você pensa que está indo aonde?
— Me larga, Pedro, quem você pensa que é? — grito, e vejo o Leon tirando o Pedro de perto de mim.
— Você não escutou o que ela pediu, não? — Leon estava enfurecido.
— O quê? — Pedro se faz de desentendido.
— Quem você pensa que é? — Leon puxa o Pedro e o leva contra a parede mais próxima, apertando o seu pescoço com força.
— Eu? Sou um homem que vai te destruir! — ele fala, como se estivesse louco, ou talvez estivesse mesmo.
— Ah, você se acha esperto, não? — Leon o ameaça e aperta mais ainda o seu pescoço, fazendo-o se engasgar. Eu puxo o braço do Leon, e quase não consigo, de tão forte que ele é.
— Leon, solta ele — peço, com calma, ao ver que o Leon colocou outro braço no pescoço.
— Ele te machucou?
— Não, ele não me machucou — aviso, querendo tranquilizar e acabar logo com isso vendo que estávamos sendo o centro das atenções.
— Tem certeza?
— Sim, ele só é um babaca mesmo — respondo, tranquilizando-o, e peço mais uma vez: — Leon, solta ele, por favor. Você não merece sujar as suas mãos por causa dele.
Percebo que o Leon ainda hesita, e finalmente o solta. Vi que o meu príncipe ainda estava alterado e o abraço. Percebo que o Pedro estava ali caído no chão tossindo e me olhando com raiva.
— Agora fique calmo, ele não merece a sua raiva.
— Mas ele estava te tocando! — ele diz, possesso.
— Ele não está mais me tocando!
— Eu não gosto que nenhum homem toque em você! — ele olha para o Pedro e diz: — Se você chegar perto da minha namorada, eu não me responsabilizo pelos meus atos.
— Você vai se arrepender de ter me ameaçado — Pedro diz, nos olhando com raiva, e vai embora.
O Leon me puxa para os seus braços e me abraça. Eu vou de bom grado para ele. Dou uma olhada para ver se tinha alguém perto da gente, e percebo que o showzinho tinha acabado e todos foram embora.
— O que houve? — Leon pergunta, preocupado.
— Nada.
— Tem certeza?
— Absoluta.
— Então agora que está tudo bem, você me deve uma coisa — ele diz, bem sensual.
— Ah, é? E o que eu estou te devendo?
— Você me deve um beijo!
— Então deixa eu te pagar — me levanto nas pontas dos pés. Nossas bocas se encontram e nos beijamos bem lentamente durante um tempo. Quando nos separamos, estávamos ofegantes, e brinco: — Nossa, sempre que nos beijamos eu fico com as pernas trêmulas e a respiração ofegante. É melhor a gente parar de se beijar.
— Mas nem pensar! — ele diz, me beijando novamente, e dessa vez eu sinto a sua língua na minha. Quem visse acharia que estávamos dando um showzinho, mas para nós isso era matar a saudade.
— Leon, estou com fome! — falo, ainda com a respiração ofegante, e quando nos soltamos quase caio. As minhas pernas tinham se tornado gelatina. Ouço a voz humorada do Leon me provocando:
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