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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 10

POV CASPIAN.

Eu estava exausto com tantos problemas para resolver nas empresas e aqui na alcateia. Octávio ainda não havia encontrado pistas sobre como a doença entrou na alcateia. Convoquei uma assembleia-geral para tratar desse assunto — não poderia mais manter essa crise em segredo. Todos precisavam começar a se proteger e saber da gravidade.

Após o banho, me deitei para tentar descansar, pois o dia foi cansativo. Fechei os olhos, mas o toque do celular me fez rosnar e abri-los novamente.

— Que inferno! Que infeliz liga para a casa das pessoas a essa hora? — falei entre dentes, me levantei e peguei o celular para ver quem era. Quando vi o nome, fiquei surpreso e logo atendi.

— Adam — falei assim que atendi.

— Esteja em minha casa amanhã, às treze horas. Gaia aceitou te receber. Não atrase — disse, rude, e desligou na minha cara.

Fiquei chocado com sua ousadia, mas deixei essa falta de educação para depois. Agora, o importante era o que ele falou: ela aceitou me receber. Senti uma sensação de incômodo no meu peito.

— Essa é a melhor notícia que recebi em anos. Não estrague tudo — disse Odin, de repente, surpreendendo-me com sua animação, que há tempos não via.

— Por que está tão animado? — perguntei, me recompondo e tentando começar um diálogo com meu lobo.

— Ora, porque você vai encontrar Gaia e terá que implorar por ajuda — disse, rindo. Rosnei. Que lobo infeliz!

— Odin, você me odeia? — perguntei.

— Odiar, não. Mas tenho uma grande raiva de você por rejeitá-la. Somos um. Estou com você desde filhote. Estive ao seu lado quando aquela maldita bruxa te levou. Fui eu quem esteve ao seu lado, te dando força naqueles dias de tortura. Mas você não pensou em mim quando rejeitou minha companheira. Você sabe como elas são importantes para nós, lobos. Muitos passam a vida inteira esperando uma e não encontram. Ter uma companheira de alma é uma dádiva. E você me tirou a chance de ser feliz e construir uma família — falou, amargurado.

Respirei fundo, pois sabia que ele estava certo. Era a primeira vez que ouvia Odin falar desse jeito, tão magoado. Não imaginei que havia o ferido tanto. Desde que tudo aconteceu, ele só brigava comigo, mas agora estava expondo seus sentimentos. Me senti, pela primeira vez, culpado pela infelicidade do meu lobo.

— Odin, me perdoe, meu amigo. Você está certo, eu não pensei em você. Só em mim — falei, sincero. Eu precisava me acertar com meu lobo, pois mais que nunca preciso do meu amigo ao meu lado nesse momento de crise.

— Ainda não estou preparado para te perdoar. Mas prometo ser mais amigável com você. Mas você vai se virar e me arrumar uma companheira — falou firme.

— Como vou fazer isso? — perguntei e suspirei, aliviado por fazer as pazes com Odin. Ele voltar a conversar comigo já era uma grande vitória.

— Dá o seu jeito. Agora me diga: está preparado para encontrar Gaia? — perguntou. Respirei fundo antes de responder.

— Para ser sincero, não. Não sei o que me espera amanhã, e isso me incomoda — comentei.

— Não espere que ela te trate bem, ou seja, amigável. Lembre o que fez com ela. Se fosse o contrário, estaríamos furiosos — disse.

— Eu sei. Mas não sou um lobo de abaixar a cabeça. Tentarei não estragar nossa chance. Pois, para minha infelicidade, precisamos dela — falei.

— Estou ansioso para revê-la. Não sei por quê, mas acho que o amanhã será inesquecível — disse, com empolgação.

— Você sabe que ela e a loba dela nos odeiam, certo? Por que está tão empolgado para revê-la? — perguntei, sem entender a reação do meu lobo.

— Não me pergunte, pois não sei responder. Só tenho essa sensação boa sobre amanhã — contou.

— Não vamos discutir por causa daquela infeliz — falei com Odin.

— Caspian, talvez Felícia seja uma boa escolha para Luna. O que acha? — perguntou meu pai. Eu sabia que tinha dedo dele nessa história. Ele e Alfa Frédéric são amigos e estão conspirando para essa união. Minha mãe fez uma careta de desagrado com a sugestão do meu pai.

— Eu acho que já estou atrasado e tenho assuntos muito importantes para tratar. Não tenho tempo para aborrecimentos. Depois lido com Felícia — comentei e me despedi deles.

Entrei rapidamente no helicóptero, que logo levantou voo. Só me faltava mais essa: eu, com tantos problemas e no meio de uma epidemia, e meu pai ainda me arruma mais esse. Encostei a cabeça no encosto do banco e fechei os olhos.

Chegamos ao nosso destino e faltavam alguns minutos para a hora marcada. O automóvel estacionou em frente da casa de Adam. Respirei fundo e saí. Caminhei até a porta de entrada e ela se abriu antes mesmo que eu a alcançasse. Uma senhora estava parada, me observando.

— Alfa Caspian — disse, e sua voz era singela e calma. Notei que ela era uma loba.

— Sim — respondi.

— Eu sou Lysandra, companheira de Adam — se apresentou, enquanto me dava passagem. A cumprimentei com uma leve inclinação de cabeça.

— É um prazer conhecê-la, senhora — falei, já na sala. Ela me analisou com atenção.

— Venha, minha bisneta te aguarda no escritório — disse e me guiou por um corredor. Logo estávamos em frente a uma grande porta marrom, de madeira antiga.

Senti Odin agitado assim que Lysandra abriu a porta. Meu coração se agitou também. Um cheiro de café recém-torrado me atingiu. Entrei e me deparei com Adam nos esperando. Olhei em volta e vi uma mulher de costas para nós. Ela olhava pela janela. Então, ela se virou — e meu coração errou uma batida.

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