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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 11

POV GAIA.

Ontem, antes de dormir, Bele me ligou querendo saber das novidades. Contei tudo o que meus avós haviam me dito, e que decidi ajudar a alcateia Crescente. Bele ficou chocada com a ironia do destino. E hoje pela manhã, ela estava à minha porta. Eu já poderia imaginar que minha amiga viria correndo para minha casa, para me dar apoio.

Hoje era dia de ir para a casa de ervas. Ontem já havia deixado todos os remédios manipulados prontos. Bele me acompanhou até a casa de ervas, mas depois foi para o laboratório. Recebi uma ligação do vovô perguntando como eu estava me sentindo. Ele disse que falou com Caspian e que marcou às treze horas na sua casa. Ouvir o nome dele me irritava.

— Você terá que aprender a ignorar essa irritação ou controlá-la. Pois vocês terão que se ver por um tempo — disse Minerva, após a ligação do vovô.

— Você está certa. Tenho que controlar minhas emoções. Não vou dar essa satisfação a ele. E será por pouco tempo. Se tudo der certo, só verei aquele maldito umas duas vezes: hoje e quando for à sua alcateia resolver essa doença — falei confiante.

— Eu não teria toda essa certeza — disse Minerva, pensativa.

— Por quê? — perguntei.

— Bem, se essa doença fosse fácil, vovô teria resolvido. Mas recorreu a você. Acho que teremos que suportar aquele um por mais de duas vezes — comentou.

— Talvez você esteja certa, mas vou rezar para não estar — falei e voltei a trabalhar.

Quando chegou a hora do almoço, saí da loja de ervas e fui para a casa dos meus avós. Eu almoçaria com eles. Vovó Lysandra fez minha comida preferida, tourtière, (uma torta de carne) de que eu gostava muito. Sua comida aquecia meu coração. Conversamos enquanto almoçávamos.

— Vovô, o senhor não descobriu mais nada sobre essa doença? — perguntei.

— Eu estive pelos lugares que tiveram registro de infectados, mas não encontrei nada relevante. Fui até a alcateia Lobos Selvagens, a mais atingida. Achei que o causador dessa abominação tivesse deixado pistas, mas estamos lidando com um bruxo muito esperto — contou. Suspirei, pois terei muito trabalho.

— Ele pode ser esperto, mas eu sou mais. Todo feitiço ou maldição deixa uma assinatura. Eu descobrirei. Estou ansiosa para saber quem ousou usar uma magia tão profana, e por quê — comentei.

— Gai, tome cuidado, pois um ser que recorre à magia negra e de sangue não tem um bom coração — falou minha avó, preocupada.

— Não se preocupe, querida. Nossa Gai não pode ser afetada por magia. Lembre que ela nasceu com magia negra, então essa magia não a afeta — disse vovô, tranquilizando vovó.

Ele estava certo. Eu nasci com essa magia perigosa. Diferente de meus irmãos gêmeos, que não a tinham. Essa informação é segredo. Somente meus avós, meus pais e vovó Morgana sabem disso. Essa é uma informação que não se deve comentar.

No meu aniversário de vinte e cinco anos, minha magia e meus poderes elementais despertaram. Mas eles não vieram sozinhos: a magia negra também surgiu. Foram tempos difíceis… mas que não vêm ao caso agora. Essa historia conto outra hora. Voltei minha atenção ao meus avós.

— Vovô está certo, vovó. Eu não me machucaria. Essa magia corre em minhas veias. Não preciso temê-la. Mas esse bruxo que está usando-a… ele deve temer. Pois esse tipo de magia cobra um preço caro — comentei.

— Verdade. Mas vamos mudar de assunto, falemos sobre algo menos indigesto. Como foi sua manhã? — perguntou vovô.

Comecei a contar sobre uma poção que fiz para uma bruxa que realizou um feitiço errado e estava com a pele descamando e roxa, parecendo uma berinjela. Meus avós riram com o caso. Muitos acham que magia, é brincadeira, mas é perigosa, até as mais simples.

— É o que meu avô acha — respondi friamente.

— Bem, eu não sou um lobo de ficar enrolando, então vamos direto ao assunto. Como pretende me ajudar? — perguntou friamente e impaciente.

— Sério que esse alfinha está falando conosco como se fôssemos uma qualquer de suas empregadas? — perguntou Minerva, irritada.

— Parece que temos que colocá-lo no seu lugar — falei mentalmente. Me aproximei da mesa do meu avô e me sentei na cadeira.

— Primeiro: eu ainda não concordei em te ajudar. Somente em te receber. Se quer minha ajuda, terá que me pedir — falei friamente, olhando em seus olhos. Caspian rosnou alto.

— Como é? Quer que eu peça? — perguntou com raiva.

— Ora, quem está precisando de mim é você. Quem está com a alcateia em perigo é você. Então, nada mais justo que me peça, ou implore por ajuda. Mas com respeito, pois não sou nenhuma de suas servas — falei séria.

Caspian rosnou ainda mais alto e caminhou até mim. Suas mãos bateram na mesa e se inclinou. Somente a mesa estava entre nós. Senti seu hálito quente contra meu rosto. Notei suas pupilas dilatadas. Me mantive firme e tranquila.

— Parece que você provocou o lobo bravo — disse Minerva, debochada.

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