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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 115

POV CASPIAN.

Eu estava feliz por ter minha companheira cuidando de mim. Gaia me puxava pela mão, enquanto nos dirigíamos à alcateia. Eu estava gravemente ferido, e minhas feridas não cicatrizavam. Isso me preocupava, mas eu não queria estragar aquele momento reclamando da dor. Assim que passamos pela barreira e dei alguns passos, uma dor excruciante me atingiu, e minhas pernas cederam. Caí no chão, puxando o braço de Gaia.

Do chão, vi o desespero em seus olhos, e me odiei por causar isso a ela. Tentei tocar seu rosto, mas a exaustão e a fraqueza me impediram. Meus sentidos se desvaneceram, e a imagem de Gaia foi sumindo, até que adormeci.

A dor era insuportável, e eu sentia minhas forças sendo drenadas. Acho que estou morrendo. Tudo estava silencioso e escuro. Até que uma luz surgiu à minha frente, iluminando tudo. Olhei ao redor e percebi estar no meio de uma floresta. Estava de pé, nu. Senti uma presença à minha direita e olhei. Um lobo preto parou e se sentou sobre as patas traseiras.

— Odin? — perguntei. Ele me encarou.

— Quem mais achou que fosse? — respondeu, divertido. Revirei os olhos.

— Onde estamos? — indaguei, ignorando sua provocação. Ele suspirou.

— Acho que estamos na linha entre a vida e a morte. Acredito que estamos morrendo — disse, sua voz carregada de apreensão.

— Não podemos morrer, não agora que teremos Gaia de volta — afirmei, a determinação queimando em meu peito.

— Eu sei, mas o que podemos fazer? — perguntou ele.

— Vamos resistir e lutar pela nossa vida — sugeri, firme. Odin riu, um som quase zombeteiro.

— É mesmo? E contra quem vamos lutar? — questionou. Olhei ao redor e percebi algo: à nossa frente, havia um caminho que levava a uma clareira brilhante; às nossas costas, de onde viemos, havia uma floresta envolta em escuridão.

— Sugiro que voltemos para lá — falei, apontando para a escuridão. Odin seguiu meu olhar.

— Quer que entremos na escuridão? E se nos perdermos e formos parar em algum inferno? Não acho uma boa ideia — disse, claramente relutante.

— Para de ser medroso, você nunca agiu assim. Tenho certeza de que, se seguirmos a luz, não teremos volta. Nunca assistiu a filmes? — perguntei, tentando manter o tom leve.

— Você é louco, está se baseando em filmes para escolher? E não sou medroso, só não quero queimar no inferno pela eternidade por escolher mal — retrucou ele.

— Não estou me baseando, estou sendo lógico. Viemos de lá, então é por ali que devemos seguir. Pensei que amasse nossa companheira. Vai desistir dela agora? E do nosso filhote? — provoquei. Odin rosnou, seus olhos brilhando com determinação.

— Eu nunca desistiria de nossa lobinha. Vamos logo para a escuridão — disse, resoluto, e começou a andar, passando por mim em direção ao breu. Sorri e o segui, com um aperto no peito. Só espero ter escolhido o caminho certo.

O pânico explodiu em meu peito. Odin e eu não hesitamos. Corremos, as pernas movidas por um desespero puro, guiados pelo som das vozes. A escuridão parecia lutar contra nós, mas nada me impediria de alcançá-la. Não agora. Não quando ela precisava de mim.

De repente, abri os olhos, o mundo real voltando em um borrão confuso. Minha cabeça girava, o corpo fraco, mas a comoção ao meu lado me arrancou da desorientação. Virei o rosto e a vi — Gaia, caída no chão, seu corpo se debatendo em espasmos de agonia. Morgana estava ao seu lado, as mãos brilhando com magia, tentando desesperadamente ajudar. Meus pais, estavam ali, o medo exalando deles. E uma dor que eu podia sentir como se fosse minha.

Ignorei a vertigem que ameaçava me derrubar e me levantei do sofá, movido por instinto. Fui até ela, o coração parecendo querer sair na garganta, e segurei sua mão, fria e trêmula. Senti quando os três se assustaram com a minha aproximação, mas não me importei.

— Lute, meu amor — implorei, minha voz quebrando. — Eu não posso te perder agora. Você precisa me punir por te fazer sofrer. Por favor, não ouse me abandonar. — Supliquei e puxei-a para meus braços, seu corpo frágil contra o meu, como se eu pudesse protegê-la do mal que a afligia.

Morgana continuou canalizando sua magia, o ar vibrando com sua energia. Lentamente, os espasmos de Gaia começaram a diminuir, sua respiração se acalmando. Morgana ergueu os olhos, a expressão intensa, mas firme.

— Continue falando com ela. Sua presença está ajudando. — Ordenou. Aproximei-me de seu ouvido, meu coração batendo descompassado.

— Você precisa lutar pelo nosso filhote — sussurrei, minha voz carregada de emoção. — Ele precisa de você, Gaia. Nós precisamos de você. — Falei gentil.

Afastei-me de seu ouvido, e vi os movimentos dela cessarem lentamente, seu corpo encontrando finalmente a calma. Morgana tocou sua testa, traçando uma runa que brilhou intensamente antes de se dissipar. Ela respirou fundo, aliviada.

— Ela vai ficar bem. Consegui neutralizar a parte sombria. Agora, Gaia precisa descansar. — Disse cansada.

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