Entrar Via

O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 116

POV CASPIAN.

Suspirei, aliviado, ao saber que Gaia ficaria bem. Com cuidado, peguei-a em meus braços e me levantei. A dor ainda pulsava pelo meu corpo, mas eu não permitiria — jamais — que outra pessoa carregasse minha companheira. Caminhei em direção à porta de saída, determinado.

— Filho, para onde está indo? — perguntou minha mãe, a voz carregada de preocupação.

— Morgana disse que ela ficará bem, então vou levá-la para o meu quarto. Lá, ela estará mais confortável, e sua recuperação será mais rápida — respondi, firme.

Continuei meu caminho, sem abrir espaço para questionamentos. Meus pais e Morgana me seguiram até o quarto, seus passos ecoando atrás de mim. Com delicadeza, deitei Gaia na minha cama e parei por um instante, observando-a. Tão frágil, tão vulnerável ali, adormecida. Sentei-me ao seu lado, e minha mão encontrou seu rosto, acariciando-o com suavidade.

— Eu vou cuidar de você, meu amor — murmurei, a voz firme.

— Você deveria tomar um banho, se alimentar e descansar — disse Morgana, com um tom prático que contrastava com a intensidade do momento. Ignorei suas palavras e a encarei, minha mente fervilhando com perguntas.

— O que aconteceu com Gaia? Na minha última memória, ela estava bem — questionei, a voz carregada de urgência. Morgana suspirou, séria, antes de responder:

— Você estava morrendo, Caspian. Havia magia negra em seu corpo, e ela estava te consumindo. Eu não podia ajudar. Então, Gaia… ela absorveu tudo de você. — Explicou. Fiquei paralisado, o peso de suas palavras me acertando como um golpe. Olhei para Gaia, tão serena na cama, e depois de volta para Morgana, confuso.

— Como assim, ela absorveu magia negra? — perguntei, tentando processar a revelação.

— Eu também gostaria que explicasse isso, Morgana. Na hora, não questionei, mas agora me pergunto: como isso foi possível? — interveio meu pai, sua voz grave ecoando no quarto. Morgana suspirou novamente, aproximando-se de nós com uma expressão fria.

— Antes de contar, vocês três terão que fazer um pacto de sigilo — declarou, firme. Meus pais trocaram olhares surpresos, e eu senti um arrepio percorrer minha espinha. Se Morgana exigia algo assim, o que estava prestes a revelar era mais sério do que eu podia imaginar.

— Devemos fazer o pacto — disse Odin, sua voz ressoando em minha mente.

— Sim, preciso saber tudo sobre nossa companheira — respondi mentalmente, antes de encarar Morgana.

— Eu farei esse pacto. Quero saber tudo que está acontecendo com Gaia. — Respondi.

— Eu também farei — afirmou minha mãe, decidida. Olhamos para meu pai, que assentiu com a cabeça, relutante, mas concordando.

— Muito bem — disse Morgana.

Em suas mãos, surgiram uma adaga e um recipiente. Ela murmurou algumas palavras, aproximou-se de cada um de nós e, com um movimento rápido, furou nossos dedos. Uma gota de sangue de cada um caiu no recipiente. Morgana continuou entoando um feitiço, e o sangue se transformou em fumaça. Senti algo estranho percorrer meu corpo, como uma corrente gelada que se instalou em meu coração.

— Esse pacto de sigilo está ligado aos corações de vocês. Se revelarem o que contarei, morrerão — disse Morgana, sua voz fria.

— Você deveria ter avisado que nossas vidas estariam em risco antes de fazer isso! — reclamou meu pai, visivelmente insatisfeito.

— Quem quer saber o que não lhe diz respeito é você. Então, não reclame — retrucou Morgana, revirando os olhos.

— Agora é tarde para reclamar, papai — intervim, impaciente. — Morgana, conte logo o que queremos saber. — Falei.

— O que Gaia é não mudará nosso amor e carinho por ela. Desde que a vi, ainda filhote, nos braços de Amélia, minha amiga, senti que ela seria minha nora quando crescesse. Gaia sempre foi diferente dos irmãos. Ela é maravilhosa — declarou, emocionada.

— Sim, verdade — concordou meu pai. — Nós já sabíamos que os quadrigêmeos seriam seres poderosos. Por isso, Amélia e Magnos tinham tanto cuidado com eles. Eu acompanhei a gestação deles, e eles são um milagre. Você sabe, Morgana, que os lobos estavam condenados a desaparecer. Não podíamos mais ter filhotes. Então, Amélia surgiu grávida e mudou nosso destino. Depois de tudo que vi com sua família, aprendi que existem poderes que nem podemos imaginar. Então, também não me importo com o que Gaia seja. — Falou meu sincero.

Fiquei profundamente aliviado ao ouvir as palavras dos meus pais. Saber que aceitavam Gaia, do jeito que ela era, aqueceu meu coração. Morgana sorriu, satisfeita, mas seus olhos encontraram os meus com um brilho enigmático que me deixou desconfortável.

— O que foi? Por que me olha assim? — perguntei, cruzando meus braços, na defensiva.

— Não é nada de mais — respondeu ela, com um tom debochado. — Só estou pensando que você conseguiu mudar meu julgamento sobre você. Agora, até me simpatizo por você. — comentou. Dei uma risada, mas a dor no meu corpo me fez gemer. Minha mãe interveio imediatamente, com aquele tom autoritário que só ela sabia usar.

— Já chega de exageros, Caspian. Você vai agora tomar um banho, se alimentar e dormir. Não queremos que Gaia acorde e encontre seu companheiro fraco e debilitado. — Disse, firme.

— Eu vou até a alcateia dos pais de Gaia. Eles precisam saber o que aconteceu com ela — anunciou Morgana, dirigindo-se a mim. — Como ela está bem, a deixo sob seus cuidados. Não me faça me arrepender. — alertou e sorriu de lado.

— Eu cuidarei muito bem da minha companheira — garanti, com firmeza. Morgana me lançou um último olhar, antes de ser envolvida por uma névoa que a fez desaparecer. Minha mãe, puxando meu pai pelo braço, disse:

— Vou pedir que preparem algo para você comer. — falou. Eles saíram do quarto, deixando-me a sós com Gaia. Olhei para ela, adormecida, tão tranquila e vulnerável. Aproximei-me, meu coração apertado de gratidão e culpa.

— Obrigado, meu amor, por me salvar… duas vezes — murmurei, minha voz calma. — Eu prometo que vou cuidar de você e não deixarei nada de ruim te acontecer. — declarei e inclinei-me e beijei sua testa com ternura, selando minha promessa.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA.