POV GAIA.
— Quem é você? — perguntou Minerva, a voz tremendo de susto.
— Olá, eu sou Malvina, a parte sombria de vocês. Muito prazer — respondeu ela, com um tom quase brincalhão, mas carregado de uma leve ironia.
— Gaia, quem é essa? O que está acontecendo? — insistiu Minerva, apreensiva. Suspirei, sentindo o peso da realidade se assentar sobre mim. Então, não foi um sonho. Malvina realmente existia.
— Acalme-se, Minerva. Malvina é minha parte sombria, como ela disse — expliquei, esforçando-me para manter a voz firme, embora meu coração batesse acelerado.
— E você fala isso com essa tranquilidade? Ela não deveria estar bloqueada, ou trancada? — retrucou Minerva, com desconfiança em sua voz.
— Agora somos nós três, Mi. Vamos aprender a conviver. Não quero vocês brigando. Minha cabeça é pequena demais para aguentar conflitos. Então, se entendam — ordenei, com uma firmeza que escondia minha própria incerteza.
— Da minha parte, não haverá conflito. Saiba que gosto muito de você, Minerva. E, com minha magia, você ficará uma loba ainda mais poderosa — disse Malvina, a voz conciliadora, quase sedutora.
— Como assim, ficarei mais poderosa? — perguntou Minerva, o interesse começando a sobrepujar a desconfiança. Malvina era esperta. Eu podia sentir que, em pouco tempo, as duas se tornariam aliadas.
— Então, Mi, posso te chamar assim? — perguntou Malvina, com uma gentileza calculada. Minerva hesitou, o silêncio dela carregado de reflexão.
— Por enquanto, não. Ainda não temos intimidade para isso — respondeu, séria, mas com um tom menos hostil, como se estivesse testando o terreno.
— Tudo bem, tudo ao seu tempo. Respondendo à sua pergunta: agora que Gaia me aceitou, tanto ela quanto você têm acesso ao meu poder. Isso vai te dar habilidades que nenhum outro lobo possui — explicou Malvina, demonstrando um entusiasmo em sua voz quase palpável.
— Isso é interessante. Me conte mais — disse Minerva, claramente intrigada, a curiosidade vencendo a cautela.
Sorri mentalmente, sentindo um alívio momentâneo, mas minha atenção foi interrompida por uma pressão incômoda. Minha bexiga parecia prestes a explodir, um lembrete cruel das necessidades do meu corpo exausto. Eu precisava ir ao banheiro, mas cada movimento era um esforço, meu corpo estava cansado, exausto e fraco, suspirei derrota. Eu precisava de ajuda.
— Antes, você poderia me ajudar, Malvina? Preciso ir ao banheiro — pedi, a voz quase implorando, carregada de urgência.
— Claro. Vou ajudar a restabelecer suas forças — respondeu ela, com uma segurança reconfortante. De repente, um calor intenso e acolhedor percorreu meu corpo, dissolvendo a fraqueza e a dor. Senti-me revitalizada, forte o suficiente para me mover. Consegui me sentar na cama, o mundo girando menos ao meu redor.
— Obrigada, Malvina — agradeci, aliviada, a gratidão genuína na minha voz.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA.