Entrar Via

O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 121

POV GAIA.

— Quem é você? — perguntou Minerva, a voz tremendo de susto.

— Olá, eu sou Malvina, a parte sombria de vocês. Muito prazer — respondeu ela, com um tom quase brincalhão, mas carregado de uma leve ironia.

— Gaia, quem é essa? O que está acontecendo? — insistiu Minerva, apreensiva. Suspirei, sentindo o peso da realidade se assentar sobre mim. Então, não foi um sonho. Malvina realmente existia.

— Acalme-se, Minerva. Malvina é minha parte sombria, como ela disse — expliquei, esforçando-me para manter a voz firme, embora meu coração batesse acelerado.

— E você fala isso com essa tranquilidade? Ela não deveria estar bloqueada, ou trancada? — retrucou Minerva, com desconfiança em sua voz.

— Agora somos nós três, Mi. Vamos aprender a conviver. Não quero vocês brigando. Minha cabeça é pequena demais para aguentar conflitos. Então, se entendam — ordenei, com uma firmeza que escondia minha própria incerteza.

— Da minha parte, não haverá conflito. Saiba que gosto muito de você, Minerva. E, com minha magia, você ficará uma loba ainda mais poderosa — disse Malvina, a voz conciliadora, quase sedutora.

— Como assim, ficarei mais poderosa? — perguntou Minerva, o interesse começando a sobrepujar a desconfiança. Malvina era esperta. Eu podia sentir que, em pouco tempo, as duas se tornariam aliadas.

— Então, Mi, posso te chamar assim? — perguntou Malvina, com uma gentileza calculada. Minerva hesitou, o silêncio dela carregado de reflexão.

— Por enquanto, não. Ainda não temos intimidade para isso — respondeu, séria, mas com um tom menos hostil, como se estivesse testando o terreno.

— Tudo bem, tudo ao seu tempo. Respondendo à sua pergunta: agora que Gaia me aceitou, tanto ela quanto você têm acesso ao meu poder. Isso vai te dar habilidades que nenhum outro lobo possui — explicou Malvina, demonstrando um entusiasmo em sua voz quase palpável.

— Isso é interessante. Me conte mais — disse Minerva, claramente intrigada, a curiosidade vencendo a cautela.

Sorri mentalmente, sentindo um alívio momentâneo, mas minha atenção foi interrompida por uma pressão incômoda. Minha bexiga parecia prestes a explodir, um lembrete cruel das necessidades do meu corpo exausto. Eu precisava ir ao banheiro, mas cada movimento era um esforço, meu corpo estava cansado, exausto e fraco, suspirei derrota. Eu precisava de ajuda.

— Antes, você poderia me ajudar, Malvina? Preciso ir ao banheiro — pedi, a voz quase implorando, carregada de urgência.

— Claro. Vou ajudar a restabelecer suas forças — respondeu ela, com uma segurança reconfortante. De repente, um calor intenso e acolhedor percorreu meu corpo, dissolvendo a fraqueza e a dor. Senti-me revitalizada, forte o suficiente para me mover. Consegui me sentar na cama, o mundo girando menos ao meu redor.

— Obrigada, Malvina — agradeci, aliviada, a gratidão genuína na minha voz.

— Eu estava apertada, precisava ir ao banheiro — expliquei, tentando soar leve, mas minha voz saiu mais fraca do que eu gostaria. Caspian franziu a testa, um misto de apreensão e alívio.

— Você deveria ter me chamado quando acordou, Gaia. Poderia ter caído. Seu corpo está fraco. Você dormiu por muito tempo — disse ele, o tom firme, mas carregado de cuidado.

— Quanto tempo eu dormi? — perguntei, sentindo um nó se formar na garganta. Ele hesitou, como se quisesse me poupar.

— Quinze dias — respondeu, por fim, os olhos fixos nos meus, observando minha reação.

Quinze dias. A revelação caiu sobre mim como uma pedra. Minha mente tentou calcular o peso daquele tempo perdido, as horas, os dias, enquanto eu estava presa naquele estado dormente, lutando contra Malvina, contra mim mesma. Olhei para Caspian e vi a exaustão em seus olhos, as olheiras escuras que denunciavam noites mal dormidas. Ele esteve aqui, ao meu lado, por todo esse tempo?

— Quinze dias… — murmurei, quase para mim mesma, tentando absorver a informação. — E você… esteve aqui? — perguntei, a voz carregada de uma emoção que eu não conseguia conter.

Caspian apertou minha mão com mais força, seu olhar suavizando, mas ainda carregado de uma vulnerabilidade rara.

— Permaneci ao seu lado, Gaia. Não poderia ficar longe de ti — afirmou, a voz firme, mas com um tom que revelava o quanto ele havia sofrido. — Você não faz ideia de como foi te ver tão quieta, tão distante, tão frágil. Pensei… pensei que talvez não voltasse — confessou, e a aflição em suas palavras cortou meu coração.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA.