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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 13

POV GAIA.

Esse lobo era tão arrogante e insuportável. Mas, eu estava adorando ver ele perder o controle e se irritar. Ver sua pose quebrar era um pequeno deleite. E eu pretendia transformar a vida dele em um verdadeiro inferno no curto período em que fosse obrigada a suportá-lo.

— Ele pode ser irritante, mas é um belo espécime de macho. Não acha? — provocou Minerva, com aquele tom debochado.

— Você só pode estar louca! — rosnei mentalmente, sentindo a raiva vibrar em meu corpo. — Esse infeliz nos fez sangrar por dentro, Minerva! Não ouse achá-lo bonito! — Falei mentalmente irritada.

— Calma, Gai… Só estou comentando. — respondeu ela, tentando amenizar, mas sua voz ainda trazia aquele sorrisinho irritante.

— Vamos focar no que interessa. Temos que resolver logo essa situação. Prometi para meus avós e meus pais que ajudaria os Crescentes. — Falei, tentando manter o foco, mesmo com o sangue fervendo.

A conversa seguiu acalorada, como esperava que fosse entre nós. Mas, quando eu disse que ele poderia ir embora, tudo mudou. Seus olhos… mudaram, ficando amarelos, brilhantes e intensos. Um arrepio subiu pela minha espinha. E, então, a voz surgiu: grave, profunda, poderosa. Minerva se agitou como se tivesse levado um choque. E, antes que percebesse, sussurrei o nome que acabará de ouvir:

— Odin! — Falei.

— Esse é o lobo dele? — sussurrou Minerva, em um tom surpreso.

— Por que o lobo dele tomou o controle? — perguntei, desconfiada.

— Não sei… Mas a voz dele… é... linda e charmosa. — disse ela, meio hipnotizada. Minha raiva aumentou. O que diabos estava acontecendo com Minerva? E por que esse Odin parecia tão… empolgado por falar comigo?

— Por que você tomou o controle? — perguntei, com cautela.

— Achei melhor que nós conversássemos. Perdoe Caspian, ele não é muito paciente. Mas não age por mal. Acredito que nossa conversa pode ser mais… produtiva comigo no controle. — disse Odin, com uma serenidade desconcertante. Fiquei sem palavras. O maldito lobo de Caspian era mais cortês do que o próprio alfa Caspian. Devo ter cuidado com esse lobo.

— Tudo bem, então. Se você não me der dor de cabeça e falar com o respeito que mereço, aceito conversar. — falei com frieza.

— Ótimo. Gaia… — ele pronunciou meu nome de um jeito que me irritou profundamente e, ao mesmo tempo, fez Minerva estremecer. O que há de errado com a minha loba? Odin continuou:

— Estamos aqui porque precisamos da sua ajuda. Eu sei o quanto deve estar sendo difícil nos receber, e não espero sua simpatia. Só quero que deixemos o passado enterrado e foquemos no presente. Você sabe que essa epidemia não é exclusiva da alcateia Crescente. Logo, chegará à sua porta também. — Falou sendo sensato.

Suspirei, frustrada, pois ele estava certo e me irritava ter que concordar com ele. Me sentei com um incômodo no peito e apontei a cadeira à frente para que ele se acomodasse.

— Eu sei o quão grave é essa epidemia que está devastando os lycans. E, se eu tivesse me recusando a ajudar, vocês nem teriam pisado aqui. Só quero respeito… e que seu alfa tenha a dignidade de pedir ajuda com gentileza e respeito. — falei com firmeza.

— Entendo. Gaia Carter Veranis, precisamos de sua ajuda. Poderia nos ajudar? — disse Odin, como um lorde. A educação dele me irritava. Eu não queria palavras bonitas e educadas. Eu queria ver Caspian se dobrar e implorar perante mim. Mas esse Odin era ardiloso.

— Esse lobão nos enganou. Agora Caspian não vai se humilhar. Ele é mais ardiloso do que parece. — disse Minerva, indignada.

— Sim… um lobo esperto. Mas não se preocupe, vamos achar uma maneira de fazê-los pagar. — garanti, sentindo a raiva pulsar.

— Eu ajudarei os Crescentes. — falei, com o coração dividido entre o dever de ajudar os lycans e o desejo de vingança.

— Não posso ir agora. Eu trabalho e tenho uma vida. Irei amanhã. — falei com firmeza e irritação. Esse lobo folgado pensa que vai estalar os dedos e me ver sair correndo atrás dele? Ridículo.

— Então esperarei sua chegada amanhã. — disse, inclinando a cabeça em um gesto cortês. — Agora tenho que ir. Nos vemos amanhã, Gaia. — finalizou. A maneira como ele pronunciava meu nome me deixava irritada… e estranhamente nervosa. Ele se virou e saiu com uma tranquilidade que me dava vontade de gritar.

— Amanhã começa nossa vingança. — disse Minerva, sombria.

— Sim. Mas Minerva… o que houve com você? Por que ficou toda empolgada com aquele lobo? Esqueceu o que eles nos fizeram? — perguntei, incomodada com a maneira como ela reagiu.

— Desculpa, Gai… É que Odin pareceu tão… sincero. — respondeu, hesitante.

— Ele e Caspian são o mesmo. Não se deixe enganar por palavras doces. Eles nos rejeitaram, Minerva. Nos fizeram em pedaços. — falei, a dor transbordando na voz.

— Eu sei o que passamos… por culpa deles. Você está certa. — disse, envergonhada.

— Tudo bem. Não é culpa sua. Aquele lobo é um perigo. Ele sabe exatamente como manipular. Vamos manter os olhos abertos. — comentei, tentando acalmar meu próprio turbilhão interno.

— Agora estou ansiosa para amanhã. — disse Minerva, com seu tom de quem queria aprontar.

— Eu também. Caspian pagará por tudo o que nos fez. — prometi, com raiva.

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