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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 17

POV GAIA.

O sol ainda nem havia nascido quando meu celular vibrou sobre a mesinha de cabeceira. Abri os olhos devagar, sentindo o peso da noite mal dormida. Estava ansiosa, nervosa, cansada de ter ido dormir tarde — e um pouco irritada por isso. Peguei o celular e atendi sem sequer olhar quem era. Só uma pessoa ousaria me ligar a essa hora. Bele, aquela sem noção me ligava às vezes quando estou dormindo, só porque ela perdeu o sono e quer alguém para conversar.

— Alô! — Falei e lembrei que Bele estava dormindo na minha casa.

— Olá, princesa — a voz profunda e familiar do meu avô Adam preencheu o silêncio do quarto.

— Vovô… Que horas são? E, por que está me ligando? — resmunguei, me espreguiçando.

— Ainda é cedo, eu sei, sinto muito, mas precisava te avisar logo. O alfa Caspian ligou para mim. — Contou. Sentei-me na cama no mesmo instante. Meu coração deu uma batida mais forte. Só de ouvir aquele nome, todo meu corpo se estremeceu. Mas que merda é essa? Por que tive essa reação?

— E o que o reizinho quer agora? — perguntei com desdém, me controlando para não deixar vovô perceber minha reação.

— Disse que mandará um helicóptero para te buscar. Ele quer garantir sua chegada com segurança. Mas acho que quer te manter sobre vigilância — explicou. Soltei uma gargalhada debochada.

— Um helicóptero, sério? Eu poderia estalar os dedos e estar no meio da alcateia dele em segundos! — falei com ironia. — E ainda acha que pode me vigiar e controlar? — Perguntei com deboche.

— Sei que você pode, Gai. Mas pense com calma. Chegar assim, do nada, no meio da alcateia Crescente… pode causar alvoroço. Ainda mais com a doença e a tensão que estão vivendo. E o fato de Caspian proibir bruxos em seu território. Melhor evitar um espetáculo desnecessário, concorda? — Perguntou vovô, sendo sensato. Suspirei. Ele tinha razão, como sempre.

— Tá bom, tá bom. Que seja! Vou aceitar essa gentileza dele… mas só porque você pediu, vovô — falei, me levantando da cama. — Onde esse helicóptero vai me pegar? — Perguntei.

— Caspian enviou um motorista para te buscar aqui na minha casa. Ele te levará a algum heliporto da cidade. Ele deve chegar em duas horas. — Comunicou.

— Certo. Estarei aí na hora marcada — falei, me despedi do meu avô e encerrei a chamada.

Tomei um banho rápido, prendi o cabelo em um coque alto e vesti uma calça preta com uma blusa vinho. Nada muito chamativo, mas também nada que passasse despercebido. Peguei minha mochila com os itens essenciais, alguns frascos preparados, meus documentos e um grimório menor, só por precaução.

Bele saiu comigo, ela ficou reclamando por ser acordada antes da hora. Pedi desculpa por tirá-la cedo da cama. Mas foi preciso. Bele xingou Caspian até sua decima geração, por interromper seu sono. Nos despedimos e ela entrou no automóvel dela. Mas não antes de dizer para que eu ensinasse uma lição a Caspian e que ligasse para ela todos os dias. Eu sorri divertida com minha amiga. Entrei no meu automóvel e fui para casa dos meus avós.

Quando o helicóptero começou a descer no aeroporto privado da alcateia Crescente uma hora e meia depois. A cada metro que nos aproximávamos do solo, as lembranças vinham como ondas, mas as contive nas profundezas da minha mente. Assim que pisei no chão. Olhei para alguns lobos que faziam a segurança do local. Alguns tinham olhares cansados, outros de desconfiança. A energia da alcateia estava tensa.

Caspian não estava lá, como já esperava e agradecia, quero ter o mínimo de contado possível com ele. Mas ao olhar em volta, vi duas figuras conhecidas se aproximando. Conrado e Aina, os pais de Caspian. Pareceram mais velhos, mais marcados pelo tempo — mas ainda havia gentileza em seus olhares.

— Gaia! — exclamou Aina, abrindo os braços antes que eu pudesse pensar em qualquer reação. Ela me envolveu em um abraço apertado, daqueles de mãe que não se esquece da filha do coração, mesmo após anos.

— É tão bom te ver, minha querida — disse ela, com a voz embargada.

Fiquei paralisada por um segundo, depois retribuí o abraço, fechando os olhos. Por um instante, esqueci Caspian, a rejeição, a dor. Aina ainda era Aina, a loba que me tratava como filha.

— Também é bom ver a senhora. — Falei, com sinceridade. Conrado me cumprimentou com um sorriso discreto e um leve aceno de cabeça.

— Fico feliz por você vir, Gaia. A nossa casa sempre terá espaço para você. — Disse Conrado. Suspirei. Esses dois sempre foram um amores comigo.

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