Entrar Via

O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 24

POV CASPIAN.

Ela me tira do sério. Desde o instante que colocou os pés na minha mansão, meu sangue começou a ferver. A cada resposta, a cada frase, a cada vez que seus olhos cruzavam os meus, algo em mim se incomodava. E quando minha mãe perguntou se ela estava com alguém… Algo me incomodou. E minha audição se aguçou, meu olhar desviou para ela, mesmo contra minha vontade. Minha mão apertou o talher com mais força do que devia. Odin se manifestou no mesmo instante mentalmente.

— Ela tem alguém. — rosnou Odin dentro de mim, sua voz carregada de raiva.

— E o que tem isso? — retruquei. — Ela pode sair com quem quiser. Não me importa. — Falei rude.

— Não me venha com esse discurso. — retrucou. — Você ficou incomodado. Eu senti a sua raiva. — Acusou.

— Você está louco. Eu não estou com raiva por isso! Mas, porque essa bruxa me tira do sério. — Falei impaciente.

— Era para ela ser nossa, somente nossa. — Rosnou bravo. Suspirei irritado com Odin, por voltar a esse assunto. Me pronunciei quando ela falou sobre seu trabalho. Eu a questionei, sobre trabalhar com humanos. Gaia, quando era filhote, falava que não confiava em humanos e queria distância deles.

— Quer dizer, que você se lembra do que ela dizia quando eram filhotes? — Provocou Odin. — você se lembra, porque nunca esqueceu. — Falou. Esse lobo é irritante.

— Cale a boca. — Rosnei mentalmente. Ela não era mais aquela lobinha. E mesmo se fosse, isso não mudaria em nada. Pois é uma maldita bruxa agora.

E ver ela me encarando… sem medo. Me enfrentando… como se eu não fosse nada. Me irritava imensamente. Ela respondia com firmeza, segurança e autoridade. Cada palavra dela era uma provocação calculada. E então… ela me chamou de alfazinho arrogante. O sangue me subiu à cabeça. Soltei minha dominância para fazê-la se submeter. A pressão no ar mudou. Qualquer lobo naquela sala teria baixado a cabeça, exposto o pescoço. Mas ela… Ela ficou de pé. Ergueu o queixo. E me enfrentou como se fosse minha igual.

— O quê? — Minha mente questionou.

— Ela não sentiu nossa dominância. — murmurou Odin, perplexo.

— Isso é impossível — respondi, recuando levemente.

— Ela é uma alfa. — concluiu Odin, com admiração e receio. E então ela disse em voz alta o que ele acabara de constatar. Fiquei em choque. Mas o escondi atrás da frieza.

Uma fêmea alfa… isso era inédito. Agora fazia sentido. Os olhos frios, o tom autoritário, sua presença poderosa. Ela encarava tudo e todos, sem medo. Ela sempre deu sinal de ser uma alfa, eu que não percebi. Meu coração acelerou. Alfa Magnos teve quatro filhotes alfas híbridos. Três deles, fêmeas. Era por isso que tinham tantos cuidados com os quatro. Agora fazia sentido. Uma fêmea alfa seria vista como ameaça. No mundo dos lobos, fêmeas deveriam ser submissas, discretas, moldáveis. Gaia e as irmãs eram o oposto disso.

— Os Carter Veranis são uma caixinha de surpresas… — comentou Odin com uma risada baixa. — Não me admira que muitos os temem, inclusive o Conselho do mundo sobrenatural. Com o poder que eles têm, poderiam derrubar o Conselho e se proclamarem realeza. — Comentou Odin pensativo.

— O que tá acontecendo comigo? — pensei, nervoso. Perplexo com meus sentimentos. Odin riu.

— Sério que ainda não percebeu? Pensei que, sendo um alfa, notaria o que percebi no dia em que a vi na casa de Adam — disse ele, com um tom debochado.

— O que você está falando, Odin? — perguntei, irritado.

— Quando foi que ficou burro? Gaia não aceitou a rejeição há sete anos. Ela nunca nos rejeitou. Eu senti uma linha fina do nosso vínculo, quando me aproximei dela. É quase imperceptível, se eu não fosse um alfa, não sentiria. É uma ligação tão frágil, que chegar a ser quase inexistente. Mas está lá. É por isso que está sentindo essas coisas agora. E o cheiro de café torrado que sente é o cheiro dela. O cheiro da nossa companheira — disse. O choque me dominou, acompanhado do silêncio.

— Não… — murmurei, mentalmente desacreditando. O mundo pareceu girar devagar ao meu redor.

Mas tudo fez sentido. O incômodo. O jeito como meu lobo reagia à presença dela. O jeito como eu a observava. As lembrança que estava tendo dela, ficar pensando de repente nela. Ela não me rejeitou. Ela ainda é minha companheira. Não, não era. E ela era uma bruxa. E eu a quebrei e a feri. E talvez… seja tarde demais para ter de volta aquilo que joguei fora.

Como deixei isso acontecer, como não percebi antes? E pior… Agora que sabia… não conseguia parar de olhar para ela. Como trataria ela agora, sabendo a verdade? Um nó se formou em minha garganta. Fiquei ali, encarando a loba à minha frente, tentando entender como diabos isso me passou despercebido.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA.