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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 25

POV CASPIAN.

— Tem certeza disso, Odin? — perguntei, tentando manter a calma, mesmo com meu coração acelerando ainda mais.

— Absoluta. O vínculo continua lá. Fraco, quase imperceptível… mas existe. Ela não nos rejeitou — afirmou Odin com convicção e entusiasmo. Minha mente parecia não acompanhar o ritmo do meu coração. Eu estava em choque. Iria continuar conversando com Odin, para tentar entender tudo aquilo, quando a voz dela me arrancou do meu transe.

— Por que está me encarando assim? Por acaso tem algo sujo no meu rosto? — perguntou Gaia, arqueando uma sobrancelha, com aquele tom sarcástico que me tirava do sério. Nem percebi que a estava encarando. Engoli em seco e, num esforço consciente, endureci minha expressão. Senti meu corpo enrijecer.

— É melhor irmos logo para o hospital — falei, seco, levantando da poltrona com um movimento brusco. Dei dois passos em direção à porta, pronto para sair, quando a voz dela me deteve de novo.

— Um momento. Preciso falar com você… algo sério — disse, com o tom agora mais sereno. Parei em frente a ela e seu cheiro se tornou ainda mais forte. Respirei fundo e a encarei fixamente. Meus olhos nos dela, aquele mar violeta, me deixou encantado. Desviei meu olhar rapidamente, quando percebi meu encanto.

— Diga o que quer — respondi, tentando manter a frieza, mesmo com o turbilhão dentro de mim. Odin estava inquieto. A revelação sobre o vínculo não saía da minha cabeça. Eu me perguntava se… se ela não me rejeitou e aceitou a rejeição, porque, no fundo, ainda tem esperança de ficarmos juntos. Doce ilusão, pensei com sarcasmo. Ela devia esquecer essa ideia.

— Quero lhe pedir… que não comente com ninguém que sou uma alfa — pediu Gaia, firme, mas com os olhos mostrando um leve traço de insegurança.

Eu sabia a gravidade dessa informação. Sabia o quanto isso poderia colocá-la em risco. E mesmo que ela fosse uma bruxa — e uma que me tirava do sério — eu era um alfa justo. E jamais colocaria alguém em perigo.

— Fique tranquila — respondi. — Não falarei nada. Não sou fofoqueiro — completei, com um tom debochado. Ela suspirou aliviada.

— Obrigada — disse, realmente agradecida. Aquele “obrigada” me pegou desprevenido. Fiquei surpreso. E... mexido. Mas logo engoli qualquer emoção.

— Melhor irmos — falei, sério, já me dirigindo à porta. Ela veio logo atrás. Caminhamos até a sala de estar, onde meus pais estavam sentados no sofá, conversando.

— Estão indo para o hospital? — perguntou meu pai.

— Sim — respondi.

— Será que posso ir junto? — perguntou minha mãe, já se levantando. Mas Gaia foi mais rápida que eu:

— Não recomendo — falou com firmeza. — Não sabemos como essa doença se espalha. O melhor é manter longe do hospital, dos infectados… e das famílias deles. — disse séria. Fiquei surpreso com as palavras dela. Não somente pela preocupação, mas pela forma como falou. Com autoridade e cuidado.

— Já ordenei que as famílias dos infectados ficassem em isolamento. É melhor vocês ficarem em casa. Não os quero doentes — completei com firmeza e preocupação. Meu pai assentiu.

— Caspian está certo, querida. Melhor nos prevenir. E vocês dois… se cuidem — disse papai, olhando para mim e para Gaia.

— Ficaremos bem — respondi, tentando tranquilizá-lo.

— Então… que corra tudo bem lá. E, Gaia, se precisar de qualquer coisa, é só falar — disse minha mãe, com um sorriso gentil.

— A mim? Não mesmo, não me afeta. Não ligo para cara feia. E vim ajudar e não ligo para o que pensem ao meu respeito. Eu sei que nada fiz a esse povo para me senti mal em ser observada. — Falou com indiferença.

O hospital era meu território. Mas Gaia andava ao meu lado como se pertence ali e fosse dona do lugar. A fêmea loba que cuidava da recepção se apressou em vir até mim. Ela se curvou.

— Alfa, o Dr. Aron está na sala de isolamento, e pediu que o encontrasse lá com a bruxa… — ela lançou um olhar breve para Gaia, hesitante — senhorita Carter. — Falou e olhou estranho para Gaia.

Gaia ergueu o queixo e arqueou a sobrancelha e sorriu de lado. Não havia aborrecimento em seus olhos. Somente a firmeza de quem sabia exatamente quem era — e o que podia fazer.

— Ótimo. Vamos até ele — falei, firme, ignorando a fêmea. Caminhamos em direção à ala de isolamento, mas eu podia sentir os olhares ainda cravados em nós. Nas nossas costas, em Gaia, na minha ex-companheira.

— Vocês não tem nada para fazer? Voltem ao trabalho. — Ordenei impaciente usando minha voz alfa e todos se apressaram a sumir da minhas vista.

— Estão me julgando por estar aqui… ou por estar ao seu lado? — perguntou ela, fria e indiferente.

— Ambos — respondi, seco. — Mas se está esperando que me importe, vai se decepcionar. — Falei.

— Eu não esperava isso de você. — Falou debochada. E um leve sorriso curvou os cantos da boca dela. E aquilo me agitou e irritou mais do que deveria.

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