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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 29

POV CASPIAN.

Bufei e saí atrás dela imediatamente. Gaia andava rápido, os passos firmes e pesados, como se quisesse esmagar o chão sob os pés. Era como se quisesse deixar para trás não só o que viu naquela maldita sala… mas também a mim. O cheiro dela ainda impregnava o ar — selvagem, quente, com um toque maldito de magia — e aquilo me enlouquecia. Que merda está acontecendo comigo? Me perguntava confuso.

— Você está sentindo o vínculo — disse Odin, firme, dentro da minha mente.

— Então era disso que você estava falando? — perguntei, tenso.

— Sim. E só vai piorar à medida que continuarmos próximos a ela. Você está sentindo uma pitada do vínculo do companheirismo — disse Odin, animado demais para o meu gosto.

— Eu não quero isso. Como faço isso parar? — Perguntei. Minha voz era dura, fria. Eu não quero sentir isso. Não posso. Gaia é uma bruxa. Não posso estar atraído por uma maldita bruxa.

— Você não vai parar nada. Eu te proíbo. Essa é minha chance de ter de volta minha companheira, e você não vai tirá-la de mim de novo. Se tentar, eu te tranco no fundo da nossa mente e tomo o controle — rosnou Odin, impaciente.

— Odin, você está me ameaçando? Por ela? — perguntei, incrédulo com a audácia dele.

— Não. Isso é uma promessa e sim, por minha companheira, faço tudo. Agora se apresse, que ela está fugindo de nós — ordenou. Suspirei, sentindo a exaustão de lidar com a rebeldia de um lobo que parecia ter mais domínio sobre mim do que eu sobre ele. Gaia enfeitiçou meu lobo, essa é a única explicação.

— Gaia! — chamei. Mas ela não parou. Outra teimosa com quem tenho que lidar.

Acelerei o passo pelo corredor do necrotério, os olhos cravados em suas costas. Ela entrou no elevador e ele se fechou diante de mim. Rosnei baixo. Usei a escada, deixando que minha velocidade lupina falasse mais alto. Cheguei ao térreo a tempo de vê-la saindo do elevador. Segui atrás. Do lado de fora do prédio, finalmente a alcancei. Segurei seu braço com firmeza, obrigando-a a parar. Ela tentou se soltar, mas a virei para mim com um puxão ríspido.

— Você não pode me dar as costas! — falei, minha voz baixa, grave, carregada de frustração contida. — Você ficou quase uma hora fora… e me deixou preocupado. O que aconteceu lá naquela sala? E com quem estava falando quando reapareceu? Eu e meu lobo não conseguimos te sentir, nem ouvir seu coração… você desapareceu! E agora me vira as costas? Me diga o que houve! Já pensou como eu explicaria essa merda para os seus pais? — Perguntei irritado.

— Que merda é essa que estou pensando? Odin, esse pensamento é seu, não é? — perguntei, irritado. Só podia ser ele, plantando essas ideias na minha cabeça.

— Eu não tenho nada a ver com isso. Você que está pensando isso. E fico muito feliz — respondeu, rindo. Eu só posso estar enlouquecendo. Isso não é normal. Não pode ser.

Chegamos ao automóvel e ela entrou primeiro. Fui para o lado do motorista, entrei e liguei o carro. Em tempo recorde, estávamos em casa. Gaia passou o caminho em silêncio, como se estivesse em outro plano, distante. Eu quis perguntar, insistir, mas ela parecia blindada. Intocável.

Dava para ver que estava tensa. Assim que estacionei, ela saiu do veículo rapidamente e começou a andar em direção à entrada. Fui atrás e a alcancei antes que abrisse a porta. Coloquei a mão na maçaneta, nossos corpos perigosamente próximos. Gaia me olhou, surpresa com a aproximação, e recuou um passo.

Mas foi um erro. Pisou em falso e perdeu o equilíbrio. A segurei pela cintura, impedindo que caísse. Nossos rostos ficaram a centímetros um do outro. Olhei nos olhos dela — estavam intensamente violetas, dilatados. O cheiro dela invadiu minhas narinas e, por um momento, parecia que meu corpo não respondia mais à minha mente. Não resisti. Em um impulso, tomei seus lábios.

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