POV CASPIAN.
Amanheceu e levantei da cama. Não consegui dormir essa noite. Odin estava eufórico por falar com Minerva e terem se beijado. Ontem, depois que Minerva se retirou, procurei meus pais e contei tudo o que ela havia dito. Eles ficaram felizes e animados para ajudar em tudo que eu precisasse. Estou confiante de que conquistarei Gaia.
Minha mãe sugeriu que eu evitasse Gaia, que assim ela ficaria incomodada com minha mudança e poderia chamar sua atenção para mim. Resolvi seguir seu conselho e não fiquei para tomar café da manhã com eles. Tive receio de não conseguir disfarçar o que sinto por Gaia e colocar tudo a perder. Então, fui direto para a cozinha, fazer minha primeira refeição do dia, já que a mesa da sala de jantar, não estava preparada.
Os ômegas se assustaram com a minha entrada. Não costumo vir aqui. A chefe da cozinha ficou tensa com a minha presença e veio rapidamente perguntar o que eu desejava. Disse que tomaria café ali, pois estava com pressa. Rapidamente me serviram. Percebi que os presentes estavam sem saber como agir comigo ali. Outros funcionários da mansão entraram e, quando me viam, se assustavam.
Terminei de comer, agradeci, o que gerou espanto em todos. Pois é... não era um alfa que costumava agradecer. Mas hoje, me sentia diferente. Saí da cozinha, mas podia sentir os olhares chocados às minhas costas. Sorri mentalmente.
— Parece que Gaia já começou a nos mudar — comentou Odin mentalmente, enquanto caminhávamos para a saída da mansão.
— Eu percebi — concordei. Hoje, nada atrapalharia meu bom humor. Dirigi até a sede da alcateia. Cumprimentei minha secretária, que me olhou assustada. Entrei no meu escritório e comecei a trabalhar. Chamei Aron, mentalmente.
— Doutor Aron — falei.
— Sim, alfa — respondeu após alguns segundos.
— Quero todos os funcionários do hospital com equipamentos de proteção. Temos que fazer o possível para evitar o contágio — ordenei.
— Farei isso, alfa — disse.
— A senhorita Gaia irá até o hospital hoje. Ela tem livre acesso a tudo. Então, faça o que ela solicitar — comuniquei.
— Posso perguntar o que ela fará aqui, alfa? — perguntou, e o senti um pouco insatisfeito. Acho que Aron não quer Gaia invadindo seu território. Mas ele não tem querer aqui. Lembrei do que ela disse, sobre não confiar em Aron.
— Isso é assunto dela. Só providencie que Gaia tenha tudo de que precise, e acesso a todo o hospital. Quero que a senhorita Carter seja muito bem recebida. Estamos entendidos? — perguntei friamente.
— Sim, alfa. Providenciarei tudo — disse, nervoso.
— Perfeito — falei e interrompi nossa conversa mental.
— Estou começando a achar que Gaia está certa. Esse médico está estranho — disse Odin.
— Eu acho que ele está se sentindo ameaçado. Nossa companheira é muito autoritária e chegou lhe dando ordens, invadindo o território de Aron. Machos se sentem incomodados com fêmeas mandonas e independentes — falei. Gaia fazia o mesmo comigo. Estava sempre me desafiando.
— Se você diz que é isso… — falou Odin.
— O que foi, Odin? Está ficando paranoico e implicante como Gaia? Nós conhecemos Aron há muito tempo e ele sempre foi fiel a nós — comentei.
— Acho que tem razão — falou. Senti o cheiro de Octávio e logo uma batida na porta foi ouvida. Falei para entrar. Octavio entrou e se curvou. Ele usava máscara e luvas.
— Alfa — disse, e se sentou.
— Bom dia, Octávio — falei. Ele arqueou a sobrancelha. Não costumo dar bom dia.
— O que aconteceu? — perguntou, me observando desconfiado.
— Você fez o que te pedi? — perguntei, ignorando sua pergunta.
— Sim, todos foram informados que devem permanecer em suas casas. Somente aqueles que trabalham em funções essenciais podem transitar pela alcateia. E avisei que devem utilizar automóveis para se locomover. O uso de máscara e luvas é obrigatório para quem tiver autorização para transitar. Os lobos que cuidam da segurança das fronteiras já receberam. O responsável pela fronteira já me informou — Falou.
— Perfeito, ótimo trabalho — falei.
— Espera… a loba dela está ajudando vocês? Que loucura. — Comentou, surpreso.
— Sim. Mas Gaia não pode saber de nada desse plano — falei.
— É, meu amigo… você vai ter uma longa batalha pela frente — comentou.
— Eu sei. Mas não desistirei dela — comentei.
— Fico feliz por você. Estou aqui para o que precisar. É bom te ver assim. E estou ansioso para conhecer Gaia — falou e sorriu. Odin rosnou.
— Menos animação quando falar da minha companheira — alertei sendo possessivo.
— Calma, meu amigo — disse, apreensivo. Nesse momento, alguém bateu à porta. Não sei para que tenho secretária, se ela deixa todos virem bater à minha porta em vez de anunciar.
— Entre — falei, impaciente. Minha secretária apareceu e parecia agitada.
— Meu alfa, o chefe da fronteira oeste está aqui e está bastante nervoso — falou.
— Mande-o entrar — ordenei. Ela foi buscá-lo. O lobo entrou apressado no meu escritório. Ele estava visivelmente nervoso e tenso. Se aproximou da minha mesa e se curvou.
— Alfa Caspian, Beta Octavio — cumprimentou.
— O que aconteceu? — perguntei, sério, adotando uma postura fria e autoritária.
— Alfa, um corpo foi encontrado na fronteira oeste — falou. Eu e Octavio nos levantamos juntos.

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