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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 44

POV GAIA.

Eu tentei ignorar a raiva que já borbulhava em meu peito, por ser desafiada. Mas quando senti aquela garra cravar com força no meu braço, foi como se uma faísca acendesse uma explosão dentro de mim. Minerva veio à tona no mesmo instante, e meus olhos se tornaram frios como gelo.

— Não deveria ter feito isso — murmurei. Meus olhos encontraram os dele, e a apreensão começou a surgir em seu rosto.

— Vamos acabar logo com isso, Gaia. Eles mexeram com a loba errada. — rosnou Minerva dentro de mim, animada para uma briga.

Puxei meu braço com força, me soltando, e sem hesitar, agarrei o pulso dele, torcendo com firmeza e girando meu corpo. Com o impulso, o joguei no chão de costas. Ele caiu com força, soltando um gemido. O outro veio por trás, rápido. Me virei de lado e, quando ele tentou me agarrar, chutei sua perna, fazendo-o desequilibrar. Aproveitei e dei um soco bem no estômago dele. Ele cambaleou para trás, gemendo de dor.

— Boa! Agora termina com ele! — vibrou Minerva.

O primeiro tentou se levantar, vindo na minha direção com raiva. Esperei o momento certo, segurei o braço dele e empurrei seu corpo, fazendo-o cair de cara no chão. Ele tentou se levantar de novo, mas antes que o fizesse, saltei e o atingi com um chute firme no rosto. Caiu desacordado.

O segundo ainda estava de pé, furioso. Veio para cima, mas me abaixei, desviei do golpe e acertei um chute forte em sua costela. Ele se curvou com dor, e então desferi um soco direto no rosto dele. O corpo tombou para o lado, inconsciente.

— Dois machos grandes e idiotas, no chão. Que vergonha para eles. — disse Minerva, rindo em minha mente.

— Eles que pediram por isso. Eu estava quieta no meu canto, vivendo minha vida. — murmurei em resposta. Quem não gostará de ter dado uma lição nesses folgados, será aquele alfa. Com certeza, serei a culpada. Ajeitei a manga da minha roupa sobre o corte no braço e respirei fundo. Quando me virei… vi.

Havia uma plateia. Funcionários do hospital. Enfermeiros, técnicos, até alguns seguranças… todos parados, me observando com olhares espantados. O silêncio era denso. Eles não sabiam se recuavam ou ficavam. E então ouvi palmas. Me virei rápido. Aina e Conrado estavam logo atrás, observando tudo. Aina foi a primeira a se aproximar, os olhos cheios de preocupação.

— Gaia! Você está bem? — perguntou, correndo até mim. Ela segurou meus ombros e me olhou apreensiva.

— Estou sim. Só uns arranhões — respondi com um meio sorriso. O sangue escorria devagar pelo meu braço, mas não me importava.

— Pela deusa, você está sangrando. O que esses infeliz fizeram? — Falou Aina nervosa olhando meu braço. Conrado caminhou irritado até os dois lobos caídos e olhou para os seguranças que estavam ali parados, de braços cruzados, como se nada fosse com eles.

— Vocês dois! — sua voz ecoou firme. — Por que não fizeram nada? Ficaram só assistindo enquanto dois machos atacavam uma fêmea. — Falou furioso. Os seguranças trocaram olhares nervosos.

— N-nós… achamos que ela podia se defender… — respondeu um deles, gaguejando.

— Mesmo que pudesse, vocês estão aqui para proteger a todos. Isso não vai passar despercebido. O alfa será informado — disse ele com raiva contida. E apontou para os dois lobos desacordados.

— Levem esses dois para a prisão. Foram covardes. Atacaram uma fêmea, indefesa e mais fraca que eles, e ainda por cima, uma convidada que está aqui para salvar vidas e nos ajudar. Isso é vergonhoso. — Disse irado e deixou sua dominância de alfa, liberada. Todos se curvaram e ficaram tensos.

Eu sorri mentalmente. Eu indefesa e fraca? Só pode ser piada. Quando Conrado, diminuiu sua dominância, os dois seguranças se apressaram em direção aos dois machos caído, sem olhar nos meus olhos. Estavam pálidos e com medo.

— Gaia — chamou Conrado, me tirando dos pensamentos —, a partir de agora, você terá proteção oficial aqui dentro. Qualquer um que se atrever a tocá-la novamente, responderá diretamente ao alfa. Entendido? — Disse com autoridade. Tudo que eu não queria era, babás. Assenti e comentei:

— Acha que o alfa vai mesmo se importar com a minha proteção? Caspian me odeia pelo simples fato de eu ser uma bruxa. — questionei, não contendo o tom de amargura. Conrado se virou do banco do carona e me encarou por um momento.

— Sei que à difícil acreditar, mais ele se importa com sua segurança. Você está aqui para salvar a vida do povo dele. — Disse. É claro, ele precisa de mim.

Aina puxou meu braço com cuidado, como se já estivesse cansada de conversa. E colocou um lenço para estancar o sangramento. Quando chegamos na mansão, ela saiu primeiro e segurou em minha mão.

— Venha, vamos cuidar de você. Depois disso, vai descansar. Já fez demais por hoje. — Falou como uma ordem.

— Ainda tenho que preparar os remédios.… — comecei a dizer.

— Não. Agora você vai cuidar de si. — interrompeu ela com uma risada leve. — Hoje você ganhou uma briga com dois machos e a atenção dos funcionários do hospital. Pode tirar o resto do dia sem culpa. — Disse irredutível.

— Ela tem razão, Gaia. Vamos cuidar de nós um pouco. Precisamos descansar. Pensa que não notei, como está exausta em usar seu poder para curar aqueles lobos? — disse Minerva, preocupada.

— Está bem. Vou descansar um pouquinho e recuperar minhas força. — Falei com Minerva. Suspirei e segui com Aina, para o interior da mansão.

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