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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 50

POV CASPIAN.

Estacionei meu automóvel e saí dele, batendo a porta com força. Caminhei a passos largos em direção à porta de entrada. Assim que alcancei a maçaneta, empurrei a porta com força, fazendo um estrondo. Meus pais e Gaia estavam em frente à escada e me olhavam, parecendo assustados com minha entrada brusca. Meus pais estavam tentando protegê-la de mim, como se eu fosse o monstro — sendo que o monstro era ela. Vê-los fazendo isso só me irritou ainda mais.

Meu pai me questionou o porquê do meu rompante. Minha mãe perguntou o que estava acontecendo. Mas eu não dei resposta a nenhum deles. Tudo que eu queria era confrontar essa bruxa que coloquei dentro da minha alcateia e me traiu.

— Vamos devagar com essas acusações. Você não tem prova alguma de que ela matou Dylan — disse Odin, em minha mente, tentando defender essa traidora.

— Acho melhor não se meter dessa vez, Odin. Ou acabará sobrando para você também — alertei, bravo e impaciente.

— Eu não tenho medo das suas ameaças. Não permitirei que faça qualquer coisa com Gaia — falou Odin, autoritário, com raiva. Ignorei Odin e direcionei minha fúria a essa bruxa.

— Gaia… — minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, mas tensa e trincada de raiva. — A gente precisa conversar. Agora. Você me deve explicações — falei mal, contendo minha fúria.

Ela franziu levemente a testa. Parecia exausta, pálida. Havia olheiras sob seus olhos — mas seu olhar… ainda era o mesmo, firme e penetrante. Não me importei com sua aparência. Tudo deve ser encenação.

— Eu não lhe devo nada. Mas posso saber o que está acontecendo? — respondeu com aquela maldita calma que me tirava do sério. Saiu de trás dos meus pais como se não precisasse de proteção, como se não me temesse. Rosnei internamente com sua audácia em me desafiar sempre.

— Você esteve na floresta ontem à noite? — disparei, ignorando tudo. — Me responda agora! — gritei, ordenando que me respondesse. Ela piscou, surpresa, enquanto me olhava.

— Claro que não — respondeu, mas pareceu não entender a pergunta. — Eu estava dormindo. Ou melhor, bloqueada por Minerva. Você sabe que cedi o controle a ela. Sabe que ela conversou com Odin. Depois disso, ela disse que se retirou para dormirmos. Eu só acordei hoje de manhã. Não estivemos em floresta nenhuma — falou, me olhando com aquele nariz empinado. Eu avancei um passo, o coração martelando no peito e uma raiva incontrolável pulsando em minhas veias.

— Dormiu? — repeti com sarcasmo. — Te viram na floresta. Uma fêmea baixa, de cabelos cacheados. Logo depois do Dylan desaparecer. Essa descrição b**e perfeitamente com você — falei. Sua expressão se endureceu de vez.

— Você… está me acusando? E quem é Dylan? — Perguntou com frieza. Notei quando minha mãe arfou atrás dela. Meu pai ficou rígido.

— Caspian, não pode acusar Gaia só com base em uma descrição — alertou meu pai, nada contente.

— Não estou a acusando — falei. — Estou perguntando. Mas tudo aponta para você, Gaia! Você é uma bruxa. Está aqui na alcateia e pode se locomover para cada canto do meu território com um estalar de dedos. E Dylan, o lobo morto, foi visto indo para a fronteira leste. Ele recebeu um bilhete, saiu escondido… e depois… sumiu. Você é a única bruxa aqui na minha alcateia — argumentei.

— Está me acusando de assassinato? Eu não estava lá! — ela levantou a voz pela primeira vez, o tom cortando o ar como uma lâmina. — Se quer acreditar, acredite. Senão, pouco me importa. Eu sei que não fiz isso — falou com calma, mas seu coração estava um pouco acelerado, assim como sua respiração. Mas ela tentava não demonstrar. Odin aproveitou para rugir dentro da minha cabeça:

— Eu vou provar que não fui eu — ela disse, por fim, com a cabeça erguida, olhos ardendo de raiva. — Porque, apesar de tudo, ainda quero que essa alcateia sobreviva. Mesmo que ela me cuspa na cara como você acabou de fazer — falou com a voz trêmula.

E então, com toda a dignidade do mundo, virou as costas e começou a subir as escadas. Meus pais me olharam com decepção. Gaia havia subido a metade dos degraus quando, de repente, vi seu corpo perder o equilíbrio e cair. O barulho dela descendo, rolando pelos degraus, assustou a mim e meus pais.

— Gaia! — gritou minha mãe, e Odin fez o mesmo em minha mente. Corri em direção à escada, mas meu pai foi mais rápido em alcançá-la, pois estava mais próximo.

— Pela Deusa! — gritou minha mãe, desesperada, se abaixando ao lado de uma Gaia pálida e inconsciente no chão. Me aproximei e me abaixei ao lado deles.

— Gaia… — chamou meu pai e a tocou. — Ela está quente — disse, assustado. Minha mãe imediatamente tocou em sua testa.

— Ela está ardendo em febre. Vamos levá-la para o quarto — disse, ordenando. Meu pai concordou com a cabeça e já iria pegá-la nos braços, quando falei:

— Deixe que eu a levo — falei, nervoso e preocupado.

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