Entrar Via

O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 54

POV CASPIAN.

Senti um movimento na cama e despertei apreensivo. Olhei na direção de Gaia e ela estava de olhos fechados, mas sua mão se mexia sob a minha. Ela se remexia devagar, franzindo o cenho. Seus cílios tremiam. A respiração estava mais ritmada. Eu a observava em silêncio. Então, Gaia abriu os olhos e, quando me viu a olhando, pareceu se surpreender.

Ficamos por alguns segundos nos encarando. Como ela é linda. Como pude rejeitá-la daquela maneira? Eu pensava enquanto a observava. Então ouvi sua voz me tirar dos meus pensamentos.

— O que está fazendo aqui? E solte minha mão agora. — Falou com a voz baixa e rouca, com um pouco de dificuldade, e tentou puxar sua mão. Mas não a soltei. Eu precisava daquele contato, mesmo que breve. Sua mão cabia perfeitamente dentro da minha.

— Que bom que você acordou. Você está no meu quarto. — Falei com a minha voz baixa, um pouco arrastada e rouca, de quem acaba de acordar. Notei quando seu corpo tensionou e ficou rígido.

— Solta minha mão, Caspian. — Rosnou, mesmo sem forças. — Agora. Não quero que me toque. — Falou agitada. Eu não a queria nervosa, nem prejudicar sua recuperação. Então soltei devagar, mas com relutância.

— Você caiu da escada… ficou desacordada e teve febre. Achei que… — Parei de falar, não conseguindo nem imaginar perdê-la.

— Não diga isso nem brincando. — Falou Odin, em minha mente, bastante temeroso. Ainda escutava Odin, quando Gaia falou:

— Eu estou bem. E por que se importa comigo? Você me odeia. — Falou irritada. Respirei fundo, porque eu realmente a odiei… mas agora, não.

— Eu não te odeio. — Falei. Gaia bufou, virando o rosto para o outro lado.

— É mesmo? Não me odeia? Isso é novidade para mim. Porque você me rejeitou, me trata mal e me acusou de ser uma assassina, além de abominar o fato de eu ser uma bruxa. Se isso não é odiar, é o quê? — Perguntou debochada e começou a tossir.

— Pare de estressar nossa companheira. Não vê que ela está debilitada? — Repreendeu Odin, irritado comigo por estar irritando Gaia.

— Não é minha intenção estressá-la. — Comentei com Odin.

— Mas está. Estressando. — Disse. Suspirei, pois não começamos bem.

— Gaia… eu não queria te acusar daquilo. Eu estava… cego, confuso, preocupado com minha alcateia, com raiva de alguém ousar matar dentro do meu território. Agi por impulso. Não deveria tirar conclusões precipitadas, sem provas. Quero lhe pedir perdão por minha atitude. — Falei com sinceridade. Gaia me encarou e revirou os olhos, com certeza não acreditando em minhas palavras.

— Cego? Confuso? Jura? Você me chamou de assassina! Me tratou como lixo! E agora vem com esse papo de arrependimento barato? — Perguntou com a voz baixa e cansada. Fiquei em silêncio, pois sabia que não seria fácil conquistar sua confiança e amor. Mas não vou desistir.

— Eu sei que errei. E estou arrependido por tudo que lhe fiz até hoje. Sei que não acredita, e talvez leve muito tempo para me perdoar. Mas minhas palavras são sinceras. Só peço que possamos ter uma convivência mais civilizada e suportável. — Pedi. Ela me olhou lentamente e ficou pensativa.

— E por que eu acreditaria em você, depois de todo o mal que me fez? — Perguntou. Me aproximei dela e a vi ficar visivelmente tensa com a minha aproximação repentina.

— Porque… estou arrependido e falo a verdade. Porque quero reparar meus erros. E, dessa vez, eu ficarei ao seu lado. Mesmo que você não queira. — Falei calmo. Ouvi sua respiração ficar mais rápida.

— Mantenha distância. — Falou nervosa e ruborizada e continuou.

— Você deveria ter pensado nisso antes de me destruir, Caspian. — Comentou. — Não sei o que está acontecendo nessa alcateia. Não sei quem está por trás desse assassinato e por que quer me incriminar. Mas eu vou descobrir. E juro… por tudo o que ainda resta de mim, que quem fez isso vai pagar. — Disse com firmeza, mesmo com a voz cansada. Eu assenti.

— Então me deixe ajudá-la? Também é do meu interesse descobrir o culpado. — Comentei.

— Não quero sua ajuda. Cuidarei disso sozinha. Isso é um caso de bruxas, pois envolve magia. — Argumentou. Quando ia falar que não a deixaria sozinha nessa investigação, a porta foi aberta e Morgana entrou, falando, seguida de meus pais.

— Eu vou acabar com eles. Por que Gaia estava sozinha? Eu designei uma escolta para ela. E os guardas não a protegeram, por quê? — Questionei, tentando controlar minha fúria e a de Odin, para não sair correndo e matar esses infelizes.

— Eles estão na prisão. Os mandei para lá. Como iríamos buscá-la, dispensamos a escolta. — Disse meu pai.

— Os guardas do hospital só ficaram assistindo. Não fizeram nada. Estavam gostando. Mas não preciso de ninguém para me defender. — Disse Gaia.

— O quê? Isso não poderia ter acontecido. Eu punirei um por um dos envolvidos. Eu te garanto. — Prometi, furioso.

— Tanto faz. Tenho certeza de que comigo não se metem mais. — Disse Gaia com frieza.

— Gaia, já falei que você é bondosa. Eu não teria deixado ninguém vivo com essa afronta. — Disse Morgana com crueldade.

— Vovó sabe que não sujo minhas mãos por pouca coisa. — Disse Gaia, sorrindo.

— O que é uma pena. Agora saiam todos, que preciso conversar com minha bisneta. — Falou Morgana e me olhou com frieza. Senti um frio na espinha. Minha mãe se aproximou de Gaia e a abraçou.

— Fico aliviada que esteja bem. Agora descanse. Mais tarde venho trazer algo para você comer e ver como está. — Disse minha mãe, Gaia sorriu agradecida. Minha mãe se afastou e saiu do quarto.

Meu pai colocou a mão no meu braço, como se me convidasse a sair com ele. Olhei para Gaia uma última vez e me virei, saindo do quarto. Eu estava apreensivo em deixá-las sozinhas.

— Nós não deveríamos ter saído. Tenho um mau pressentimento. Acho que Morgana vai falar sobre o vínculo de companheirismo. — Disse Odin, aflito, em minha mente.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA.