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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 58

POV GAIA.

Eu dormi mais um pouquinho e, quando acordei, resolvi que já estava bem para voltar ao trabalho. Me levantei vagarosamente e olhei meu braço — a ferida já havia sumido e não deixou cicatriz. Eu estava bem, e meus poderes estavam restabelecidos. Era um alívio. Nunca cheguei a ficar tão fraca assim. O feitiço daquela bruxa era poderoso, e foi um erro tentar usar meu poder para retardar, pois me debilitou. De agora em diante, não vou me arriscar assim. Usarei o remédio que preparei. Aliás, tenho que ir até o hospital para testar.

— Você não deveria sair. Acho que precisa descansar mais — falou Minerva, preocupada.

— Tenho que ver como os pacientes que ajudei ontem estão. E também preciso testar o remédio. Mas, acima de tudo, preciso sair daqui. Esse quarto está impregnado com o cheiro de Caspian. Quero me livrar desse cheiro — falei e olhei em volta, reparando melhor no quarto em que eu estava. Era um belo quarto e muito bem-planejado. O que estragava era o cheiro.

— Você sabe que terá que aprender a suportar o cheiro dele, não é mesmo? — disse Minerva.

— Eu sei, mas isso somente quando ele estiver presente. Caspian não está aqui agora — comentei.

— Se quer que sua vingança tenha sucesso, terá que fingir — comentou.

— Não se preocupe com isso. Agora vamos para nosso quarto — falei e saí do quarto.

Caminhei pelo corredor até chegar à escada de acesso ao segundo andar. Desci as escadas e continuei meu caminho até chegar ao meu quarto. Eu precisava de um banho, e imediatamente. Fui direto para o banheiro e comecei a me lavar. Após um banho renovador, fiz minha higiene matinal, saí do banheiro e me deparei com Aina, sentada na cama. Ela, quando me viu, olhou com preocupação.

— Gaia, fiquei preocupada quando não te vi no quarto de Caspian, quando levei seu café da manhã — disse, apreensiva, e se levantou, vindo até mim.

— Eu precisava de um banho, e tenho muito trabalho a fazer — falei e fui até a minha mochila pegar uma peça de roupa.

— Não acho prudente ir trabalhar. Você precisa descansar — comentou e se aproximou, colocando a mão no meu ombro num gesto de carinho.

— A doença não vai esperar que eu descanse. Lobos estão morrendo e contraindo a doença. Não temos tempo — falei, séria.

— Eu sei, querida. Então, pelo menos se alimente antes — falou e me olhou contrariada.

— Eu vou comer. Obrigada por cuidar de mim — falei e sorri. A expressão de Aina mudou; ela sorriu, contente.

— Sabe que gosto muito de você, Gaia. Sempre gostei, e é um prazer tê-la aqui — disse e olhou para minha mochila. — Deveria pedir que lhe enviem uma mala de roupa, já que ficará mais tempo conosco — comentou.

— Não precisa. Eu uso feitiço de deslocamento, posso ter qualquer peça do meu guarda-roupa. Mas, se precisar, posso comprar nas lojas da alcateia — comentei.

— Perfeito. Se quiser, posso acompanhá-la até as lojas para fazer compras. Eu sempre quis ter uma companhia feminina para essas ocasiões. Mas tive somente um filhote macho — disse, sorrindo.

— Eu vou adorar sair com você para fazer compras, mas só depois que o isolamento acabar e a doença estiver sob controle — comentei.

— Vou aguardar ansiosa. Agora vá se vestir e venha comer. Preciso resolver alguns assuntos de Luna da alcateia. Como meu filho não tem uma Luna, eu cuido dessa parte. Mas, se precisar de alguma coisa, me ligue. Já te dei meu número de celular — disse, sorrindo.

Quando ela mencionou a palavra Luna, eu senti algo se agitar dentro de mim. Era para ser eu fazendo essas obrigações. Sacudi minha cabeça, tirando esses pensamentos da minha mente.

— Sim, eu ligo se precisar. Pode ir tranquila — falei. Aina me abraçou e disse em meu ouvido:

— Seria tão bom se você fosse a Luna dessa alcateia. Tenho certeza que seria uma grande Luna — disse e se afastou. Vi a oportunidade de colocar meu plano em prática.

— Quem sabe, um dia — falei como se deixasse escapar. Aina arregalou os olhos, surpresa.

— Que maldade, iludindo Aina — falou Minerva, debochada, invadindo meu pensamento.

— Maldade nada. Ela estava me sondando para descobrir se o filho dela estava ferrado — comentei.

— Verdade. Qual será nosso próximo passo? — perguntou.

— Vamos ser mais flexíveis com Caspian. Acho que alguns sorrisos e mais paciência são um bom começo — sugeri.

— Acho que deveria partir para o ataque — disse Minerva.

— Como assim, ataque? — perguntei, não entendendo.

— Acho que deveria seduzi-lo. Assim ele não terá dúvida. Machos são movidos por sentimentos intensos e hormônios — sugeriu.

— Como assim, seduzir? — perguntei, não gostando dessa ideia.

— Beije ele “sem querer”, troque olhares de quem está atraída por ele. Afinal, o vínculo está aí e será um ótimo motivo para seu comportamento. Machos são possessivos e intensos, logo ele não vai questionar por que de repente mudou — disse, animada.

— Não sei, não, Mi. Acho isso muito arriscado. Fora que não sei se tenho estômago para ter que beijar aquele infeliz — falei, preocupada.

— Gaia, seja sincera comigo. Eu sei que ficou mexida quando se beijaram. Você não está sentindo nada crescer dentro de si? — questionou.

Eu odeio ter que admitir, mas eu estava sentindo, sim, e isso me assustava — e muito. Ser manipulada por uma força invisível e incontrolável era algo que me incomodava. E muito.

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