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O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 59

POV GAIA.

Respirei fundo e dei uma resposta que não revelasse meus sentimentos. Não quero alimentar as ideias que sei que Minerva tem de ter seu companheiro de volta. Eu sei que ela ainda tem esperança de ficar com Odin. Mas eu não quero Caspian como companheiro.

— Minerva, não invente coisa onde não tem. Tudo que senti foi atração e tesão. Isso qualquer macho com pegada pode me fazer sentir — falei.

— Se você diz, não vou discutir — disse, e senti que não estava convencida com a minha resposta.

— Bem, vamos comer que temos trabalhos a fazer e já está tarde e logo será hora do almoço. Quero resolver logo essa etapa, não vejo a hora de voltar para casa — comentei.

— Isso ainda vai demorar. Temos muito a fazer por aqui. Precisamos descobrir quem está querendo nos incriminar, encontrar aquela bruxa e pôr fim a essa doença. Só então nossa missão será cumprida — argumentou.

Eu tinha a impressão de que Minerva não queria ir embora da alcateia Crescente. Ela ainda tem esperança de que eu e Caspian fiquemos juntos. Minha loba está muito iludida. Não a respondi, em vez disso fui até a bandeja que Aina trouxe e comecei a comer.

Quando terminei de comer, saí do quarto e fui em direção à sala. Quando terminei de descer as escadas, me deparei com três machos em pé no meio da sala. Os três me olharam sérios. Eram altos, me fazendo sentir minúscula. O do meio era um lindo espécime de macho: forte, bruto e com cara de poucos amigos. Do jeito que eu gosto. Esse lobo deve ter pegada… até senti um calor. Senti Minerva contrariada com meus pensamentos.

— Bom dia, senhorita Carter. Eu sou Octávio, beta do alfa Caspian — se apresentou com sua voz grave que faria qualquer calcinha se molhar. Não gostei de saber que ele era o beta da alcateia. Isso significava que era olhos e ouvidos de Caspian.

— Bom dia — respondi sendo educada e gentil.

— Estou aqui por ordem do alfa. A partir de agora, a senhorita terá esses dois guerreiros te acompanhando, sempre. O alfa não quer que o incidente de ontem se repita — disse firme. Revirei os olhos. Aina, fofoqueira, já avisou o filho da minha saída e ele enviou os lobinhos adestrados para me vigiar.

— Isso não será necessário, pois sei me defender sozinha — comentei.

— Com certeza sabe. Mas o alfa ordenou, e cumpriremos suas ordens. Os dois a seguirão para onde for — falou Octávio, firme e rude. Eu gostei dele e adoraria conhecê-lo melhor. Mas sei que está fora de cogitação.

— Já que não tenho escolha, fazer o quê. Só não me atrapalhem — falei friamente.

— Nós não iremos. Nem perceberá nossa presença — falou.

— Nós? — perguntei, estranhando.

— Sim, eu vou acompanhá-la até o hospital. É caminho de onde eu irei em seguida — explicou com aquela voz poderosa. Era uma pena ele ser o beta. Se não fosse, eu com certeza me aventuraria naqueles músculos salientes que vejo embaixo da sua roupa.

— Entendo. Então vamos, que tenho muito o que fazer — falei e passei por eles em direção à porta de entrada.

Ouvi Octávio suspirar, como se buscasse paciência. Os três me seguiram. Quando chegamos do lado de fora, havia um automóvel estacionado. Em vez de ir para o veículo, fui na direção da edícula no jardim. Eu precisava pegar os frascos com o remédio para testar. Octávio veio atrás, sem perguntar onde, eu estava indo. Cheguei na edícula e entrei. Octávio parou bruscamente antes de entrar. Deve ter percebido algo — eu coloquei uma proteção na edícula e ele não tinha permissão para entrar aqui.

Fui até onde coloquei os frascos e os peguei, colocando na minha maleta. Me virei e saí. Octávio me observava com atenção, mas não falou nada. Caminhamos de volta para onde o automóvel estava. Um dos guerreiros rapidamente entrou do lado do motorista. Octávio passou por mim e abriu a porta de trás para eu entrar. Gostei da sua gentileza. Entrei e me acomodei. Octávio sentou ao meu lado. O veículo começou a se movimentar e saímos da mansão de Caspian. Estávamos em silêncio. Então resolvi puxar assunto.

— Octávio, você tem companheira? — perguntei. Ele me olhou e arqueou a sobrancelha, parecendo estranhar a pergunta.

— Pensei que somente me deixaria na porta do hospital? — falei e cruzei meus braços.

— Não disse que te deixaria na porta, mas que lhe acompanharia até o hospital. Vou te deixar no seu setor e ter certeza de que está bem — comentou.

— Entendi. Então vamos — falei e me virei, continuando meu caminho.

Entrei, e a recepcionista se curvou para o beta e não me encarou como no outro dia. Senti sua apreensão comigo. Parece que a confusão de ontem com os dois machos serviu para deixá-la com medo de ser a próxima a levar uma lição. Entramos no elevador que nos levou até o andar da ala de isolamento. Quando chegamos e a porta do elevador se abriu, vi que o corredor estava movimentado. Todos pararam quando nos viram. Senti algo no ar, todos estavam tensos. Abaixaram as cabeças para o beta à medida que avançávamos.

Antes de chegar à sala de isolamento, Aron apareceu e bloqueou meu caminho. Olhei para ele com impaciência. Eu detestava esse macho.

— Chegou atrasada. Onde estava? Os pacientes que usou sua magia ontem vieram todos a óbito — falou, rude. Senti o ar faltar nos meus pulmões.

— O que você disse? — perguntei, não acreditando nele.

— Eu disse que estão todos mortos. Sua magia não adiantou nada. Ou pode ter acelerado a morte deles — falou com sua língua venenosa. Empurrei ele com força, o tirando da minha frente, e corri entrando na sala. Quando olhei, as macas estavam vazias. Vânia estava arrumando alguns medicamentos e, quando me viu, olhou com tristeza.

— Vânia, onde estão os pacientes? — perguntei e me aproximei dela.

— Sinto muito, Gaia. Mas eles morreram pela manhã — disse com pesar. Eu fiquei sem chão. O que havia acontecido? Eu consegui estabilizá-los. Como isso aconteceu?

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