POV MINERVA.
Gaia havia colocado seu plano em prática. Eu sugeri esse plano, pois foi a única saída que vi naquele momento. Não poderia permitir que ela rejeitasse nosso companheiro. Eu sei que ela vai sofrer muito mais se fizer isso. E tenho esperança de que ela vá acabar apaixonada de novo por Caspian. Mas não posso só contar com isso.
Então, depois de passar o dia inteiro pensando, tomei minha decisão. Sei que Gaia vai me odiar por isso… mas no amor e na guerra, precisamos tomar medidas desesperadas. Assim que Gai, adormeceu, tratei de bloqueá-la. Não queria que ela acordasse e atrapalhasse meu plano. Tomei controle do seu corpo e saí do quarto. Eu precisava conversar com Odin e Caspian.
Fui até o quarto de Caspian. Abri a porta e o vi adormecido. Ele é um lindo lobo. Me aproximei da cama e, quando estiquei a mão para tocá-lo, Caspian agarrou meu braço com força e me jogou na cama, ficando sobre mim.
— Gaia? — falou, surpreso, com a respiração acelerada.
— Olhe de novo — falei, irritada por estar debaixo dele. Aquele infeliz estava com o membro rígido. O que ele estava sonhando para estar assim?
— Minerva… — murmurou, confuso, finalmente deve ter notado meus olhos azuis.
— Sim. Agora pode sair de cima de mim? — perguntei, seca. Caspian imediatamente me soltou e se afastou, ofegante. Acendeu a luz do abajur com pressa, e com uma expressão de surpresa.
— O que faz aqui? — perguntou, visivelmente apreensivo. Sentei-me na cama ao seu lado, sem cerimônia.
— Preciso conversar com você e Odin. Acorde ele — ordenei. Caspian arqueou a sobrancelha, desconfiado. Seus olhos começaram a brilhar, agora em duas cores: amarelo e cinza. Revelando a presença do meu lobinho.
— Quer conversar conosco, minha lobinha — ouvi a voz de Odin, grave e presente, misturada à de Caspian.
— Serei rápida. Não sei por quanto tempo Gaia vai permanecer dormindo. Temos um grande problema. Morgana contou tudo sobre o vínculo para Gaia — revelei, sem rodeios. Caspian se levantou num pulo, e seus olhos arregalados denunciaram o pânico.
— O quê? Isso não poderia ter acontecido! Aquela bruxa velha… fofoqueira desgraçada! — gritou, começando a andar de um lado para o outro, os punhos cerrados.
— Pare de andar e se acalme — ordenei firme. — Eu convenci Gaia a não te rejeitar… e sim a te seduzir, e só depois te rejeitar. Gaia quer vingança, então aceitou. Assim ganhamos tempo. — Contei com tranquilidade. Ele congelou, me encarando incrédulo.
— Está me dizendo que… tudo isso, o comportamento dela? Esse jeito carinhoso, essa aproximação… é parte do plano de vingança? — Perguntou não acreditando.
— Sim. Era isso ou a rejeição imediata. Eu não tive tempo de pensar em algo melhor. Você deveria me agradecer por isso — retruquei com impaciência.
— Ela está certa, Caspian. Muito obrigado, minha lobinha — disse Odin, com seriedade.
— Mas… o que vamos fazer agora? — murmurou Caspian, mais para si. — Gaia vai me rejeitar assim que conseguir o que quer… e isso não está longe de acontecer. — Comentou. Ele estava certo, esse alfa já dava sinal de estar apaixonado.
— Eu tenho um plano — respondi. — Mas vou precisar da ajuda de vocês dois. Sei que Gaia vai odiar isso… e talvez me odeie também. Mas é a única saída. — Respondi.
— Faremos qualquer coisa para tê-la de volta — disseram em uníssono.
— Qual é o plano? — perguntou Odin, firme. Respirei fundo antes de revelar:
— Então… você aceita? — perguntei, ansiosa.
— Eu aceito. Já dei minha palavra. Não vou retroceder — respondeu, ainda atônito.
— Perfeito — comentei, sorrindo.
— Mas como faremos para garantir que ela engravide? — perguntou Odin.
— Semana que vem, eu e Gaia entraremos no cio. Ela costuma usar uma poção para disfarçar o nosso cheiro. Então, ninguém vai saber. Faremos assim: quando estivermos no cio, eu procurarei vocês todas as noites. Vamos transar até garantir que eu fique grávida — expliquei.
— E se Gaia acordar de repente? — questionou Caspian, visivelmente preocupado.
— Ela não vai acordar. A poção a deixa com sono profundo. Eu posso tomar o controle sem problemas. A poção não me afeta. Gaia a preparou assim para que eu ficasse alerta e pudesse nos proteger enquanto ela descansa. Passar por um cio sem companheiro é exaustivo para ela — respondi.
— Seu plano pode até funcionar… mas e depois? Como vai ser quando ela descobrir que está grávida? — perguntou, apreensivo.
— Gaia vai demorar a perceber. E quando descobrir, vai amar. Ela sempre quis ser mãe. Mas com a rejeição, enterrou esse desejo bem fundo. Ela vai aceitar. Mas lidaremos com cada problema no seu tempo. Primeiro, precisamos impedir que a rejeição aconteça — falei com convicção.
— Sei que isso é uma tremenda loucura… mas vamos seguir com seu plano. E que a Deusa Lua nos proteja da ira de Gaia — murmurou Caspian, ainda preocupado.

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