POV GAIA.
Acordei com a luz do sol já alta atravessando a janela. Levei alguns segundos para processar onde estava. Ainda estava na casa de Caspian. Fechei os olhos por um instante. Por um instante achei que estava em minha casa. Levantei devagar. Olhei para o relógio ao lado da cama e arregalei os olhos. Oito da manhã? Dormi… demais?
Isso não era normal. Algo estava errado. Eu sempre acordava antes disso — meu corpo sempre foi regrado, mesmo quando não queria. Resolvi deixa o fato de ter dormido demais para depois. Tinha muito o que fazer hoje. Preciso saber se meu remédio ajudou os pacientes. Fui até o banheiro.
Fiz minha higiene matinal às pressas, ainda com aquela sensação incômoda na nuca, isso acontecia quando algo estava preste a acontecer. Algo me incomodava, pulsava no ar, como uma presença invisível, me vesti rapidamente e saí do quarto, os pés tocando os degraus um a um com pressa crescente. Quando estava quase chegando ao último degrau, ouvi vozes na sala de estar. Era a voz de Octávio. Senti imediatamente o cheiro de Conrado e Aina com ele. Me aproximei em silêncio, escutando.
— Caspian me enviou para informá-los do que está acontecendo — dizia Octávio, com a voz grave. Meu coração acelerou, mas não entendi o motivo.
— Ele interrogou Aron… e descobrimos que a doença foi espalhada por ele. Aron contaminou a água e a comida de alguns crescente. Ele está trabalhando com alguém. Uma bruxa. Caspian partiu para a Floresta Tenebrosa em busca dela — completou. Entrei na sala imediatamente, o choque me travando por dentro.
— Ele fez o quê? — exclamei, minha voz saindo mais alta do que o esperado. Todos se viraram para mim.
— Caspian foi até a Floresta Tenebrosa — repetiu Octávio.
— Ele não deveria ter ido para lá! — rebati, sentindo um aperto no peito. — Aquela floresta é um antro de bruxos perigosos e sem nem escrúpulo! — Mencionei firme. Os pais de Caspian, sentados no sofá, se entreolharam preocupados. Vi a tensão nos olhos da mãe dele. Conrado fechou os punhos. A atmosfera ficou pesada.
— Meu filho sabe se cuidar, Gaia. Não precisa se preocupar. — Disse Conrado confiante. Minerva se manifestou nesse momento.
— Você precisa ajudá-lo, Gai. Se Caspian morrer, você nunca terá sua vingança. — Disse bastante tensa. Meu estômago virou. Ela estava certa. Por mais que quisesse me manter distante… se ele morresse agora, todos os acertos entre nós iriam para o inferno. Eu não me vingaria, não o veria sofrer.
— Eu preciso falar com Aron. — falei de repente, olhando diretamente para Octávio.
— Por quê? — ele perguntou, franzindo o cenho.
— Porque… quero saber mais sobre essa bruxa. Eu preciso entender quem ela é, o que realmente quer. Se Caspian está indo até ela, então preciso de respostas — insisti.
— Gaia… ela é a responsável pela doença. A criatura que criou todo esse mal. Que está matando os lycans — disse Octávio. Aquilo caiu sobre mim como um soco. Meus olhos se arregalaram, a respiração falhou por um segundo.
— O que eu queria… já consegui. — fez uma pausa. — Mas o meu maior premio… é você, querida. E logo estaremos juntos. — disse prometendo. Foi quando entendi tudo. Era uma armadilha. Caspian.
— Sua desgraçada… — murmurei entre os dentes. Com raiva, avancei até Aron e coloquei minha mão sobre seu peito. Minerva rosnava dentro de mim.
— Agora saia dele! — gritei, liberando energia mágica, brilhante e poderosa.
O corpo de Aron arqueou com violência. Um grito ecoou — A presença foi arrancada dele e uma fumaça negra saiu de sua boca e se dissipou com um chiado aterrorizante. Aron caiu desacordado, o corpo suado e pálido.
— Mantenham ele sob vigilância. Ninguém entra ou sai desta cela até eu voltar — ordenei com firmeza.
— Gaia, aonde vai? — perguntou Aina, assustada. Me virei, sentindo a adrenalina pulsando como uma tempestade.
— Aquela bruxa armou uma emboscada para Caspian. Ele está indo direto para a morte. — minha voz tremeu de ódio. — E eu não vou permitir que ele morra… não antes de acertar as contas comigo. — minha expressão ficou dura. — Vou salvar aquele ogro.

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