Entrar Via

O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 101

Um dos sensores pisca duas vezes no painel. E por um segundo queima dentro de Jonathan a certeza fria, alguém está tentando entrar.

Mas o alarme não dispara. Nenhum aviso sonoro, nenhuma movimentação externa. Apenas uma piscada solitária, quase como um erro. Quase.

— Revisem isso agora. — Jonathan diz com a voz baixa, mas com aquela firmeza que atravessa a espinha. — Quero o histórico do sensor da ala leste dos últimos sete dias. Se tiver qualquer falha, qualquer interferência, troquem tudo. Hoje.

O chefe de segurança, um homem alto, de rosto vincado e olhos atentos assente imediatamente. Ele não questiona ordens, não quando vêm daquele tom.

— Senhor, pode ter sido apenas uma queda de energia mínima no sistema secundário. Sem falhas no registro de movimento.

— Não existe apenas. Não com a minha mulher lá dentro.

Jonathan observa os monitores com olhos de águia. Um a um. Nenhuma imagem escapa. A câmera térmica mostra apenas o calor comum da vegetação ao redor. Ainda assim, ele sente. Algo pulsa no ar. Como se a mansão, por mais segura que pareça, estivesse sendo testada de novo.

Ele respira fundo e, com um último comando, diz:

— Quero dois homens fixos na área leste. Turno dobrado. E você… fica de olho nos nossos próprios homens. Se alguém pisar fora da linha, quero saber antes que ele saiba que foi notado.

O chefe da segurança concorda em silêncio. Jonathan se vira e sobe.

Lá em cima, outra realidade o espera. Quando entra no quarto, a tensão que carrega se dissolve ao ver Marta rindo baixinho com algo no celular. Os cabelos soltos caem pelos ombros, e ela veste uma camiseta dele, larga demais, com o cheiro do perfume dele misturado ao sabonete que ela adora.

Chegou o segurança do meu coração — ela provoca, baixando o celular e abrindo os braços como se ele fosse o único lugar onde ela queria estar.

Ele sorri. Sincero. Aquilo o desarma.

— Você devia estar descansando — diz, enquanto se aproxima, tirando os sapatos e largando as responsabilidades no chão.

— Eu estava te esperando.

Jonathan se j**a na cama ao lado dela, puxando-a para perto. Marta se encaixa nele com a familiaridade de quem já conhece cada centímetro daquele corpo. Mas não é desejo o que pulsa agora, é o amor. Um amor calmo, denso, protetor.

— Sabe o que eu queria hoje? — ela pergunta, a voz leve, os dedos brincando com os fios do cabelo dele.

Eles se beijam. Lento, profundo. Como quem promete, sem dizer, que vai estar ali mesmo quando tudo ruir.

Jonathan a observa, a luz suave criando sombras no rosto sereno dela. Ele passa os dedos pelos cabelos dela, como quem tenta memorizar tudo, por medo de perder. Novamente.

A chuva cai fina do lado de fora, como se o céu também quisesse fazer silêncio para não atrapalhar o que acontece dentro da mansão. Lá dentro, o tempo desacelera. A vida também. Não há relógios apressados, e nem ordens a serem dadas. Hoje, tudo se resume a dois corações que batem no mesmo compasso, escondidos do mundo, entre almofadas, risadas e cheiro de brigadeiro recém feito.

Jonathan entra na cozinha com uma expressão teatralmente concentrada.

— Eu acho… que minha calda ficou melhor do que a sua — diz, com a colher na mão, encarando a panela de brigadeiro como se fosse um chef premiado.

Marta ri, encostada no balcão, usando um dos moletons dele. O moletom a cobre até quase os joelhos, os pés descalços no piso frio, mas ela parece nem sentir. Está aquecida por dentro.

— Você não vai ter coragem de dizer isso depois que provar o meu — ela desafia, pegando outra colher e mergulhando na própria panela. — Isso aqui é arte, meu amor. E arte não se compara.

Ele se aproxima por trás e a envolve com os braços, colando o corpo ao dela. A respiração dele toca de leve a orelha dela, e Marta sorri, quase derretendo mais do que o chocolate.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino