O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 109

O fim do dia chega como um suspiro de alívio, mas também com o peso de tudo que foi vivido. Marta, Jonathan e Eduardo caminham pelos longos corredores do hotel, os passos arrastados, os corpos exaustos, os pensamentos transbordando. A tensão entre Marta e Jonathan ainda é palpável, mas há uma espécie de trégua silenciosa, como se ambos estivessem tentando conter um vulcão prestes a despertar novamente.

— Acho que a gente deu conta do recado — diz Eduardo, abrindo um sorriso preguiçoso enquanto boceja. — Mas, por favor, amanhã não me acordem antes das dez. Sério. Meu cérebro já está desligando agora.

— Vai sonhando — Marta responde, sem perder o tom prático. — Amanhã é o último dia da conferência. Sete horas na recepção.

— Vocês são cruéis demais — ele dramatiza, apoiando-se na parede, de forma quase teatral. Seus olhos passeiam de Marta para Jonathan com um brilho malicioso. — Mas pelo menos, se vocês se matarem de novo, me avisem. Quero ver ao vivo.

— Vai dormir, fofoqueiro — Marta rebate, com um sorrisinho. Jonathan solta uma risada curta, e Eduardo levanta as mãos como quem se rende, girando a maçaneta da porta.

— Boa noite, casal. E Jonathan... tenta não estragar tudo essa noite. Dá um tempo para a sua mulher respirar.

Jonathan revira os olhos, mas não responde. Marta apenas sorri de canto e acena. Eduardo desaparece no quarto, mas suas palavras ficam no ar.

Dentro da suíte, Marta entra primeiro, aliviada por finalmente tirar os saltos. Larga-os num canto, desabotoa a blusa com pressa e caminha em direção ao banheiro.

— Eu preciso de um banho urgente — murmura, a voz baixa, cansada.

Jonathan a observa em silêncio. A delicadeza dos gestos dela, mesmo exausta, ainda mexe com ele de um jeito que ele não sabe nomear. Marta fecha a porta do banheiro, e o som da água tomando o espaço parece acalmar o ambiente.

Lá dentro, sob o jato quente, Marta tenta lavar mais que o cansaço. Tenta purificar as emoções embaralhadas. Jonathan a magoou, sim. Profundamente. O olhar dele hoje, como se ela fosse uma mulher fácil, vulnerável a qualquer elogio... aquilo a corroeu. Ela o ama. Mas não pode se perder para mantê-lo.

De repente, sente uma presença. Mãos grandes e quentes tocam sua cintura nua com cuidado. Ela se vira devagar. Jonathan está ali. Molhado da água que agora escorre pelos dois, os olhos cravados nos dela, o rosto vulnerável, quase aflito.

— Me desculpa — diz ele, a voz rouca, trêmula. — Eu... eu não sei o que tá acontecendo comigo, Marta. Eu tô me perdendo, me desconhecendo. Nunca fui esse homem ciumento, possessivo, inseguro. Nunca fui de sentir medo assim. Mas com você... é diferente. Tudo é maior. Tudo é intenso. Você me vira do avesso, e eu tô reagindo do pior jeito possível.

Ela mantém o olhar firme, mas os olhos já brilham com lágrimas contidas.

— Eu sei que você me ama, Jonathan. E eu te amo também. Mas amor não é desculpa para tentar controlar o outro. Eu não posso ser tratada como alguém que vai abrir as pernas para o primeiro que me elogia. Isso me fere, me humilha. Eu sou sua mulher por escolha, e não por obrigação. E se você continuar me tratando como posse... eu também escolho ir embora.

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