O quarto do hotel está mergulhado em uma penumbra elegante, com a luz tênue do abajur filtrando sombras douradas pelas paredes de madeira clara e os lençóis amassados carregando o cheiro agridoce de desejo reprimido. Do lado de fora, a cidade vibra em silêncio, como se respeitasse o caos íntimo que se desenrola naquele pequeno universo suspenso entre o perdão e o castigo.
Quando Marta retorna do banho, envolta apenas em uma toalha, Jonathan está deitado, imóvel, lutando contra todos os impulsos. Ela caminha até o closet, abre a porta, e em vez de vestir algo, solta a toalha no chão e se j**a nua na cama como quem diz “estou à vontade... mas não é para você”. O coração dele dá um salto. O corpo responde na hora.
— Castigo... — ele sussurra, com a voz falhada. — Isso é castigo. Castigo de verdade, meu Deus, pior que eu sei o motivo de está passando por isso...
Ela se ajeita, deita de lado, depois vira de barriga para cima. As pernas se separam lentamente. Depois vira de lado de novo, como quem está buscando uma posição confortável, sem fazer ideia do inferno que está provocando no homem ao lado.
Jonathan está deitado ao lado, os olhos arregalados, os punhos fechados, a respiração entrecortada. A toalha já havia sido trocada por uma cueca larga, mas inútil. Totalmente ineficaz contra o turbilhão furioso que se arma entre as pernas dele.
— Isso é tortura emocional, psicológica e física. Isso é desumano — ele murmura para si mesmo, suando frio, o maxilar travado.
E então ela solta um gemido leve, daqueles involuntários, sonolentos, e uma das pernas escorrega para cima dele. Roça exatamente onde não devia. Jonathan fecha os olhos, morde o lábio inferior com força.
— Como alguém dorme assim? Que tipo de criatura celestial provoca o apocalipse dormindo?
— Deus, será que eu sobrevivo à essa noite? Será que ela vai me perdoar... de verdade? E será que... isso vai virar rotina?
Ele vira de costas, depois de lado. Tenta respirar fundo. Foca no teto. Depois no tapete. Depois no controle remoto. Mas os olhos traem. Desviam. Voltam para ela.
Marta dorme linda, os cabelos espalhados sobre o travesseiro como um halo de provocação, o corpo nu banhado pela luz dourada. Cada curva um tormento. Cada suspiro um chamado. As pernas levemente abertas, dando a ele a visão privilegiada, os seios se erguendo em compassos lentos com a respiração. E ele, o grande Jonathan Schneider, magnata respeitado, CEO temido e cobiçado... está duro como uma rocha, um adolescente em crise hormonal.
— Eu sou um homem. Um adulto. Eu tenho autocontrole. Eu sou o Jonathan maldito Schneider... — repete para si mesmo como um mantra.
Mas o mantra quebra.
A mão desliza. Primeiro só toca. Depois aperta. Depois se move. E então ele se toca devagar, os olhos fixos nela, a respiração acelerando. A outra mão fecha com força sobre o lençol. A mente grita: “Não, não faça isso.” Mas o corpo já assumiu o comando.
— Marta... minha Marta... — ele geme baixo, com a voz rouca, rouca de desejo, de dor, de adoração.
O prazer vai crescendo, o corpo se contraindo. Mas então ele perde o controle. De repente, ele se vira de lado, encosta o rosto no peito dela, e sem aviso, abocanha um dos sei0s, sugando com fome, desejo, desespero. Os lábios se movem como se estivessem buscando salvação ali, naquele toque, naquele sabor. Ele chupa forte, os olhos cerrados, como se estivesse se alimentando dela. Como se fosse a única coisa que pudesse acalmá-lo.
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