O relógio marca pouco depois das cinco da manhã quando a luz tênue do sol começa a invadir, silenciosa e atrevida, as frestas da cortina da suíte presidencial. O dia ainda boceja lá fora, mas ali dentro... ali dentro o inferno particular de um homem está apenas começando.
Jonathan Schneider desperta com a respiração presa, como se tivesse sido arrancado de um sonho molhado para cair direto em outro, ainda mais cruel. Ele vira devagar, a cueca já colada ao corpo pelo desejo represado da madrugada, e se depara com a cena que poderia ser tranquilamente exposta em uma galeria de arte, se não fosse privada demais para olhos que não os dele.
Marta está ali. Dormindo, com a tranquilidade dos anjos e a sensualidade dos demônios. Nua. Bela. Perigosamente bela.
A pele dourada pelo sol nascente, os cabelos desalinhados formando uma moldura sensual ao redor do rosto sereno, os lábios entreabertos como se sonhasse com beijos. Mas o que o destrói por dentro é a forma como o corpo dela se oferece sem saber, pernas entreabertas como se inconscientemente o chamassem para brincar no inferno particular que ela carrega entre as coxas, quadril levemente inclinado em sua direção, sei0s firmes e convidativos subindo e descendo com a respiração tranquila. Um quadro do paraíso pintado com pinceladas de pecado.
E ele... ele não é forte o bastante para resistir.
— Isso não é justo... — Jonathan sussurra para si mesmo, passando uma mão pelo rosto, suando frio, a libido queimando por dentro. — Isso não é humano. Isso é... provocação divina.
A mente dele é um caos. Parte implora por respeito, por honra, por auto controle. Mas a outra... a outra quer vingança. Doce. Quente. Molhada.
Ele decide.
Se ela teve a ousadia de deixá-lo em chamas e depois dormir como um anjo sacana... então vai pagar. E vai implorar. Vai sentir o gosto do próprio veneno.
Desliza devagar por entre os lençóis, o coração martelando. Como um predador silencioso, posiciona-se entre as coxas dela, roçando os lábios na pele interna das coxas com reverência e crueldade.
A primeira lambida é lenta. Torturante. Precisa. Um sussurro quente entre as pernas dela.
Marta estremece no sono.
— Ah… — geme, com um som arrastado, inconsciente.
Jonathan sorri. Um sorriso lento, perigoso, faminto.
— Acorda, meu amor. A hora da sua penitência chegou — sussurra contra a pele sensível dela.
A segunda lambida é mais firme, mais molhada, mais profunda. Marta arqueia, os olhos piscam abertos como se voltasse de um sonho para cair noutro ainda mais delirante.
— Jonathan… o q que você tá…? — Ela ofega, a voz embargada de surpresa e prazer.
Ele não responde. Apenas continua. A boca se transforma em adoração e tortura. Língua, lábios, respiração quente... um toque de cada vez, até fazer o corpo dela implorar sozinho.
Marta se contorce, se agarra aos lençóis, o prazer crescendo, latejando.
— Por que você tá me torturando assim? — ela choraminga, entre suspiros e gemidos.
— Porque você merece. Porque me deixou uma noite inteira ardendo por você, e agora... é a sua vez de enlouquecer.
Ele para.
Ela solta um som de desespero.
— Não... não para. Por favor, amor, por favor...
— O quê? — ele provoca, com a voz mais baixa, mais grave, mais cheia de poder.
— Eu não entendi, repete.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino