O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 133

O sol mal desponta no horizonte e Marta já está desperta, vestida, com uma xícara de café quente nas mãos e o notebook aberto sobre a pequena escrivaninha do hotel. O mundo ainda parece dormindo, mas ela não tem mais tempo a perder. A dor ainda vive dentro dela, sim, mas agora existe algo maior, o propósito. Marta sente que cada passo precisa ter direção, e dessa vez, será a direção que ela mesma escolheu.

Ela começa o dia mergulhando em pesquisas sobre a economia local. Estuda a produção agrícola da região, os índices de exportação, os produtos mais valorizados no mercado. Descobre que pequenas propriedades que investem em diversidade e inovação têm ganhado destaque. Analisa casos de sucesso, entende a diferença entre agricultura tradicional e sustentável, compara preços de insumos, descobre cooperativas e linhas de crédito rural. Faz anotações, monta uma planilha, esboça ideias.

Em seguida, acessa o portal da faculdade e se dedica de corpo e alma às aulas. Faz anotações detalhadas, responde fóruns, adianta dois trabalhos que ainda estavam para a semana seguinte. Seus dedos correm sobre o teclado como se estivessem contando uma história: a história do futuro que ela está escrevendo com disciplina e coragem.

Durante o almoço, Marta mal sente o gosto da comida, concentrada em gráficos e cálculos. À tarde, sai para conversar com um técnico agrícola que conheceu pela internet. Volta com catálogos, dicas e uma cabeça ainda mais cheia de planos. Ela já sabe como começar a reestruturar o sítio da família. Quer transformar aquele pedaço de terra em algo rentável, produtivo, estável. Mas antes, terá que reunir coragem para expor tudo à sua família. Ainda não sabe como vão reagir, mas já decidiu: não vai mais pedir permissão para viver.

À noite, no silêncio do quarto de hotel, Marta se j**a na cama após um banho quente. O cheiro de sabonete ainda está fresco na pele. Fecha os olhos por um instante, mas a mente insiste em vagar para onde o coração ainda pertence. Jonathan.

Ela sente falta do toque dele, do abraço apertado que parecia apagar qualquer medo, do calor do corpo dele colado ao seu. Lembra do encaixe perfeito dos dois, como se fossem criados um para o outro. A forma intensa, desesperada e doce com que faziam amor. A saudade aperta e ela não resiste: uma lágrima escapa e desce lenta até o travesseiro.

— Será que essa dor um dia vai passar? — sussurra para si mesma, a voz engasgada.

O celular segue mudo, a vida segue em frente... Mas será que o coração dela está mesmo pronto para seguir?

Ou será que o amor, apesar de tudo, ainda tem planos próprios para Marta e Jonathan?

Enquanto isso, o caos se instala antes mesmo do sol nascer completamente no Grupo Schneider. Um clima de guerra se espalha pelos corredores luxuosos da sede. O nome de Jonathan Schneider é sussurrado entre os setores como uma bomba prestes a explodir. E ele explode. Desde as primeiras horas do dia, seu humor beira o insuportável, olhos vermelhos de noites mal dormidas, mandíbula travada, a tensão latente nos ombros. Parece que o mundo resolveu cobrar tudo de uma vez. E ele está pagando, centavo por centavo, em suor e raiva.

A reunião com os acionistas é um campo minado. Islanne, ao seu lado, tenta manter a diplomacia, mas nem ela escapa da pressão. Questionamentos duros surgem, principalmente em torno da saída repentina de Marta Maia, que até então era elogiada por todos. Jonathan respira fundo, cada vez mais tenso.

— A demissão partiu dela — diz ele, voz firme, mas tensa. — Por questões pessoais e de saúde familiar. Pediu sigilo e privacidade.

Um dos acionistas, mais velho e incisivo, rebate:

— Uma funcionária tão estratégica sai de repente, e ninguém a substitui? Vocês têm noção do rombo que isso gerou em vários setores?

Antes que a discussão escale, Mônica entra apressada na sala, com o semblante alarmado.

— Temos um problema grave no setor industrial. Na ausência de Marta, só você ou Islanne podem autorizar o protocolo de emergência. É urgente.

Jonathan nem olha para trás. Levanta-se, engole seco e segue. Deixa Islanne com os leões e vai enfrentar outro incêndio.

Sementes de um Império 1

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