O desejo explode como uma tempestade contida por dias, e quando se liberta, devasta tudo em seu caminho. Assim que Dante a deixa em casa, Islanne mal fecha a porta da frente e Ravi já está lá. Seus olhos se encontram e não há mais espaço para palavras. Ele a segura pela cintura, levanta com facilidade e a prende contra a parede da sala, os corpos se chocando com força e urgência. O beijo é brutal, faminto, uma mistura de raiva, saudade e desejo represado. Eles se despem pelo corredor como selvagens, jaqueta, camisa, sutiã, tudo se perde até o chão do quarto.
Ravi a j**a sobre a cama e seus corpos colidem como ondas quebrando contra rochas. Ele a toma para si, como se ela fosse a sua única salvação e ao mesmo tempo seu vício mais perigoso. A língua dele explora cada centímetro, descendo pelo pescoço até os sei0s, que ele suga com vontade, fazendo-a gemer alto, arqueando sob ele. Ela puxa seus cabelos, desesperada, e tenta guiá-lo para onde mais deseja, mas ele recusa, prendendo seus pulsos acima da cabeça com uma das mãos.
— Você vai esperar, Islanne… vai implorar — ele sussurra com voz rouca, os olhos cravados nos dela.
Ela geme em protesto, o corpo se contorcendo de tanto desejo. Ele desce lentamente, a língua provocando o ventre até chegar ao centro de seu prazer. Quando enfim a toca com a boca, ela grita, os quadris se erguem em desespero, e ele a segura firme, mergulhando fundo, devorando cada suspiro, cada gota. A língua ágil, os movimentos calculados, fazem o corpo dela estremecer.
— Ravi… pelo amor de Deus… — ela suplica, as pernas tremendo, o corpo em combustão.
Só então ele a invade com força, sem piedade, estocando fundo, rápido, com fúria e necessidade. Cada investida arranca um grito, e os dois se perdem em um frenesi de prazer cru, animalesco. As respirações se misturam, os corpos colados, até que o clímax os atinge ao mesmo tempo, intenso, violento, quase sobrenatural. O quarto inteiro parece girar.
Eles permanecem grudados, suados, ofegantes, os corpos vibrando, corações descompassados. Ele a puxa para o peito e acaricia os seus cabelos, enquanto o silêncio traz uma intimidade diferente, mais profunda que o próprio sex0.
No banho, entre beijos preguiçosos e carícias renovadas, a conexão entre eles só se intensifica. Mas já na cama, envoltos no cobertor, a realidade b**e à porta.
— Estou evitando o Jonathan — Ravi confessa, os olhos fixos no teto.
— Eu sei — Islanne diz, apoiando o queixo no peito dele.
— Não consigo engolir o que ele fez com a Marta. Se ela fosse minha irmã, ele teria apanhado… e feio. Não suporto ver alguém tão boa como ela, sair assim, destruída.
— Ele mandou mais dinheiro para ela, não foi?
— Mandou. Não sei se para compensar ou porque vai continuar pagando o salário… talvez uma forma de aliviar a culpa.
— E Marta? Onde ela está?
Ravi hesita.
— Descobri que ela ficou em São Paulo por mais de uma semana depois de tudo. Não foi embora de imediato. Estava por perto. Como se esperasse… as marcas sumirem, ou…
— Ou que ele fosse atrás dela? — Islanne completa, num sussurro.
O silêncio entre eles é pesado, mas necessário. Islanne repousa com a cabeça sobre o peito de Ravi, ouvindo o ritmo desacelerado do coração dele. Os dedos traçam círculos preguiçosos na pele clara e quente. Mas ela sente que tem mais coisa vindo dali. E tem.
— Perdi o rastro da Marta — Ravi confessa, voz baixa, mas firme. — Depois de São Paulo, ela pegou estrada. Não sei pra onde. Só descobri porque teve movimentação bancária, mas logo depois ela sacou uma boa grana… deve ter feito de propósito.
Islanne levanta o rosto, atenta.
— Para não ser rastreada?
— Exato. Ela não é burra. Sabia que até eu poderia investigar. Fez de um jeito que sumiu sem deixar pegadas… e, honestamente, acho que é o certo. — Ele respira fundo.
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