O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 139

O sol começa a se despedir atrás dos morros, tingindo o céu de tons dourados e rosados, quando Marta estende cuidadosamente uma toalha de algodão sobre a mesa de madeira da varanda. A brisa suave carrega o cheiro da terra úmida e do entardecer rural, misturado ao leve aroma do café recém passado. Sobre a mesa, uma série de pastas, planilhas impressas, anotações em cadernos e o notebook aberto mostram que ali não é apenas um jantar em família, é o início de uma revolução silenciosa.

Ela prende uma caneta nos cabelos, como quem já está pronta para agir, e organiza novamente os papéis, agora por cores, azul para custos, verde para estrutura, vermelho para crédito. Os olhos brilham não só pela luz do entardecer, mas por algo mais profundo, o propósito. Marta não está apenas planejando uma atividade econômica. Está arquitetando o futuro da família, com a coragem de quem já perdeu quase tudo e ainda assim escolheu construir de novo.

Miguel aparece com dois copos de café. Estende um para a irmã, sentando-se ao seu lado com uma expressão que mistura admiração e respeito.

— Tá mesmo decidida a fazer isso dar certo, hein? — pergunta ele, meio sorrindo, meio surpreso.

— Não tem mais volta, Miguel — ela responde, firme, o olhar cravado na tela do notebook.

— Isso aqui é o nosso recomeço. E como qualquer empresa, precisa começar com planejamento, conta no lápis e gente comprometida.

Heitor, curioso com o que escuta da porta, se aproxima devagar. Maria o segue, enxugando as mãos, e os dois se sentam juntos, como sempre fizeram ao longo dos anos, lado a lado, como parceiros de vida. Mas agora, os olhos deles não veem mais apenas os filhos, veem ali dois adultos.

— A gente guardou tudo com carinho, mesmo sem entender direito o que você tava fazendo — diz Maria, olhando as planilhas. — Mas agora que vejo você aí, explicando tudo… é bonito de ver, minha filha.

— Eu tenho um valor guardado — Marta começa, com postura firme, mas voz doce.

— O suficiente pra começar as obras dos primeiros galpões, comprar os insumos iniciais, montar a estrutura básica para os frangos de corte e caipiras. Mas não posso usar tudo de uma vez.

— Por que não, minha filha? — pergunta Maria, franzindo a testa com preocupação.

— Porque o negócio vai ter custos fixos. E a gente precisa garantir o capital de giro. Eu tô falando de energia, ração, água, transporte, faculdade minha e do Miguel, manutenção da casa e das plantações... Sem contar as dívidas pequenas do sítio que a gente ainda precisa quitar. E se não tiver reserva, qualquer imprevisto pode quebrar o ciclo da produção antes mesmo de começar a girar.

Heitor balança a cabeça em aprovação, claramente orgulhoso.

— Você pensou em tudo, hein? E como vai levantar esse capital de giro?

— Um empréstimo rural — ela responde, confiante.

— Já pesquisei as linhas de crédito específicas para produtoras. Tem opções com juros baixos, carência de até dois anos e condições muito boas. E vou investir em energia solar.

Ela aponta para o telhado da casa.

— A estrutura dos frangos de corte consome muita energia, pai. A ideia é reduzir esse custo desde o começo. Já falei com uma empresa que cuida de tudo, projeto, instalação e até financiamento. E mais: frango de corte é um ótimo início, porque tem produto certo e cronograma fixo. A gente recebe os pintinhos de um dia e entrega os frangos prontos, com o peso e o tempo determinados em contrato. Não tem risco de não vender, e o ciclo é curto.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino