O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 145

Caio Ramos encosta o corpo no capô quente da sua picape, olhos perdidos no horizonte, sua mente vaga até a fazenda onde ela está.

Marta.

O nome pulsa como um tambor desgovernado em sua mente, atravessando os dias com a força de um desejo antigo que jamais morreu. Ele tem tudo: terras que se estendem além do que o olho alcança, cifras que crescem enquanto dorme, mulheres que o cercam como abelhas no mel. Mas nenhuma, nenhuma é Marta. E agora que ela voltou, mais linda, mais mulher, mais forte... ela está destruindo a estabilidade emocional de um homem que achava já ter conquistado o mundo.

Caio não consegue esquecer o olhar dela. Seria surpresa? Frieza? Ou apenas um escudo contra a história que nunca foi vivida entre eles? Antes, ele era só um garoto rico e impulsivo, que não sabia nem onde pôr as mãos quando ela passava. Hoje, é um homem com poder, com visão e com uma vontade irredutível de ter Marta ao seu lado. Não como mais uma. Mas como a mulher, a sua esposa.

Ele entra na caminhonete, liga o motor e sorri sozinho.

— Tá bom, Marta Maia... Quer jogo? Vai ter jogo.

Dirige até a sede de uma das suas empresas e faz uma ligação direta para um engenheiro, o chefe da sua unidade de energia solar.

— Preciso de um projeto completo para uma fazenda em modernização.

— Algum modelo em mente?

— Completo. Energia solar para abastecer o sistema de produção inteira. Galpões, aviário, sede, tudo. Quero painéis de primeira, inversores de última geração, e suporte para expansão.

— Qual o orçamento?

Caio sorri.

— Sem teto. É um presente.

A ideia é ousada. Mas ele sabe exatamente o que está fazendo. Um sistema de energia solar moderno pode mudar o jogo para a família Maia. Redução de custos, valorização da propriedade, sustentabilidade e, claro, a chance perfeita para se manter por perto. Mostrar que está envolvido, interessado e disposto a investir nela. Indiretamente, claro. Por enquanto.

De volta à sua fazenda, ele caminha entre seus próprios galpões, onde o gado leiteiro pasta em silêncio. Poderia pensar em oferecer matrizes, maquinário, genética. Mas não. Isso pareceria comum. Forçado. A energia solar, por outro lado, é estratégica. Útil. Discreta, mas impactante. Vai resolver um problema real. E mostrar que ele observa e entende.

— Você não vai me ignorar dessa vez, Marta. Não mais — ele murmura, encarando o céu limpo com o mesmo fogo nos olhos que o fez ampliar um império.

Enquanto caminha de volta ao escritório, manda uma mensagem para Miguel.

“Tenho um presente para vocês. Posso passar aí amanhã?”

O jogo começou.

O sol já começa a se inclinar no céu quando Caio Ramos, impaciente, desiste de esperar uma resposta por mensagem. O celular vibra em sua mão, mas é só uma notificação qualquer. Ele aperta o botão verde e chama direto. Miguel atende antes do terceiro toque, a voz carregada de familiaridade e suspeita.

— E aí, já está com saudade? — Miguel diz, num tom desconfiado e brincalhão.

— Já mandou presente antes de avisar?

— Tô ansioso, irmão. Não consigo esperar. — Caio ri, mas o riso tem um fundo nervoso.

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