O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 173

Jonathan caminha pelos corredores do hospital como quem atravessa um território estranho e silencioso. Tudo nele vibra com urgência, ele precisa vê-la, precisa olhar para Marta, mesmo que por segundos.

— Eu quero vê-la — diz à recepcionista da UTI, a voz firme, mas baixa, quase como um pedido.

A enfermeira olha os papéis à sua frente e balança a cabeça com delicadeza.

— Ela está na UTI adulta. O horário de visita é restrito. Só em duas horas, senhor.

Jonathan respira fundo. Fecha os olhos por um segundo. Queria vê-la, tocar sua mão, dizer que está ali. Mas não pode.

— E a minha filha? — pergunta, abrindo os olhos. — Eu posso ver minha filha?

A profissional consulta rapidamente a prancheta, depois assente.

— Pode. Venha comigo.

Islanne o acompanha até a entrada da UTI neonatal, e Jonathan sente o chão tremer sob os seus pés. Como se cada passo até ali estivesse prestes a redefinir tudo o que ele pensava ser.

Uma enfermeira se aproximou com um sorriso sereno, respeitando o peso daquele instante.

— Apenas um por vez — disse suavemente. — O senhor pode entrar. A senhora aguarda aqui fora, por favor.

Jonathan parou. Olhou para Islanne, e no olhar dela encontrou a coragem que faltava em si. Ela apenas assentiu, um gesto pequeno, mas que empurrou Jonathan adiante.

Ele entrou.

Lavou as mãos até os cotovelos, vestiu o avental descartável, a máscara, a touca. Cada movimento parecia um ritual solene, como se estivesse deixando do lado de fora todas as versões antigas de si mesmo. O homem que sairia dali seria outro. Um homem renascido.

A enfermeira caminhou à frente, e quando parou diante da incubadora, Jonathan soube. Soube antes mesmo de ver.

E então ele viu.

Sua filha, Lua.

O impacto foi brutal, cortante. Como se o peito dele tivesse sido rasgado e, ao invés de dor, jorrasse amor.

Ela era tão pequena. Tão absurdamente frágil, envolta em uma manta cor de rosa, o rosto sereno como o de um anjo adormecido.

Jonathan sentiu as pernas ameaçarem falhar.

— É… é ela? — conseguiu perguntar, com a voz quebrada em pedaços.

— Sim. A sua filha. A pequena Lua. Quer segurá-la?

Queria. Deus, como queria. Mas o medo paralisava até o seu sangue. E se quebrasse aquela criatura tão minúscula? E se não fosse bom o suficiente?

Mesmo assim, assentiu. Porque a alma dele gritava pela filha.

Com um cuidado reverente, a enfermeira o ajudou a pegá-la. E no instante em que Lua foi depositada em seus braços, Jonathan perdeu o mundo.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino