O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 178

O cheiro de terra molhada e esperança invade o ar enquanto o motor da caminhonete ronca suavemente, rompendo o silêncio da estrada de terra. Depois de toda tensão sufocante, a vida insiste em florescer nos detalhes mais simples, como se a própria natureza, indiferente à dor humana, sussurrasse que a vida precisa seguir. E agora, naquele instante decisivo, entre lágrimas mal contidas e promessas silenciosas, Jonathan Schneider faz uma escolha que mudará o curso de tudo: ele não vai embora. Não até que Marta e sua filha estejam seguras em seus braços.

— Vocês estão voltando para São Paulo? — pergunta Miguel, com a voz carregada de cansaço e desconfiança.

— Só saio daqui quando a minha filha e a mãe dela estiverem bem — responde Jonathan, firme, encarando Miguel nos olhos.

O silêncio que se segue é pesado, até que seu Heitor, com sua voz simples e acolhedora, quebra a tensão.

— Por que não ficam no sítio com a gente? A casa é grande, não tem luxo, mas é aconchegante. Família tem que ficar unida em momentos assim.

Islanne, com um sorriso largo e verdadeiro, aceita antes mesmo de consultar os outros.

— Eu sempre sonhei em conhecer um sítio de verdade! Vai ser uma aventura!

Entre trocas de olhares e sorrisos contidos, todos aceitam o convite, e seguem em comboio até o Sítio Maia.

Assim que chegam, o cenário quase tira o fôlego de todos. Uma casa simples, mas cercada por campos verdes e flores coloridas, um pedaço de paraíso em meio à tempestade de sentimentos que carregam. Miguel, com um brilho orgulhoso no olhar, comenta:

— Marta e eu estamos tocando o sítio, mas ainda contamos com a ajuda dos nossos pais. A luta aqui é diária.

Dona Maria, com a gentileza de uma verdadeira matriarca, chama Jonathan e mostra o quarto de Marta e dos gêmeos. Ele entra em silêncio, os olhos passeando por cada pequeno detalhe: os móveis escolhidos com amor, os ursinhos de pelúcia, as roupinhas dobradas com cuidado. A emoção toma conta, um nó na garganta se forma, e ele sente como se pudesse ouvir o riso dos filhos ecoando naquele espaço que transborda amor.

Islanne surge logo depois, maravilhada com tudo. Depois que todos se acomodam, Miguel comenta casualmente que vai cuidar de uma remessa de pintinhos no galpão.

— Eu quero ir! — diz Islanne, animada como uma criança.

Miguel sorri e a leva consigo. Jonathan, Ravi e Dante seguem, mas ficam do lado de fora observando pelo painel de vidro. Vestidos com roupas apropriadas, máscaras, toucas e botas, Miguel e Islanne pisam no tapete com sanitizante e entram no galpão.

Lá dentro, Islanne fica fascinada. O ambiente é surpreendentemente limpo, sem odores fortes, com uma temperatura confortável. Miguel, paciente, explica:

— Aqui trabalhamos com pressão negativa, controle de CO₂, temperatura e umidade para garantir a saúde dos pintinhos.

Islanne escuta atenta, encantada com o mundo novo que se descortina diante dela. Miguel a ensina a pegar um pintinho com cuidado, explica sobre as lâmpadas de aquecimento e até brinca quando ela posa para fotos segurando um deles. Jonathan e Ravi registram tudo, rindo discretamente do outro lado do vidro.

Na volta, Miguel e Islanne trocam sorrisos sinceros e continuam conversando sobre suas profissões. De maneira natural, o clima entre todos se torna leve, quase familiar. Eduardo e Miguel já estão conversando como velhos amigos quando chegam à casa novamente.

Seu Heitor, com orgulho, fala da formação técnica e de como Marta e Miguel trouxeram um novo fôlego para a propriedade.

Decidem então sair para jantar. Dona Maria reluta, mas com o jeitinho de Islanne, aceita, mas com a condição de que no dia seguinte todos almoçariam em casa para provar o seu tempero.

O grupo segue para o shopping da cidade, onde aproveitam para comprar roupas e itens de higiene pessoal. Riem, jantam juntos na praça de alimentação e, por algumas horas, conseguem deixar a dor de lado e simplesmente viver.

A noite desce pesada, como um véu silencioso sobre o sítio Maia, mas nem mesmo o frescor da brisa consegue dissipar a tensão que ainda pulsa no peito de cada um deles. Quando estacionam na frente da casa, Jonathan é o último a sair. Seus olhos param sobre a RAM de Marta, o veículo que ela tanto amava. Sem pensar, ele passa a mão pela lataria, como se pudesse, naquele toque silencioso, sentir a presença dela, viva, pulsante, rindo ao seu lado. A saudade aperta o peito com garras invisíveis, mas ele respira fundo e se obriga a seguir.

Todos se organizam em uma rotina silenciosa: banhos rápidos, roupas limpas recém-compradas e um lanche improvisado com o que Dona Maria deixou na mesa. Antes de se recolherem, reúnem-se na sala rústica da casa. As conversas são baixas, mas a tensão é palpável, como um fio elétrico invisível cruzando o ambiente.

Ravi, sempre inquieto, já está de volta ao seu laptop. Os olhos atentos brilham sob a luz da tela.

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