O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 18

A asa da xícara de café ainda está entre os dedos de Jonathan, mas ele sequer termina o líquido fumegante. Sua mente está longe, presa no olhar magoado de Marta naquela malldita manhã. Ele quer apagar aquela cena, arrancá-la da cabeça, mas a culpa se recusa a ceder. Seu humor é um campo minado prestes a explodir, e Eduardo, sentado à sua frente, sabe exatamente como acender o pavio.

— O que foi, Jonathan? — a voz de Eduardo carrega uma provocação afiada.

— A sua obsessão por Marta só funciona entre quatro paredes? Porque aqui fora, você é só um homem perdido que não sabe lidar com os próprios sentimentos.

Jonathan cerra os punhos, os músculos do maxilar saltando de tanta tensão. O sorriso satisfeito de Eduardo é um soco invisível que o atinge diretamente no ego. Ele sabe que está sendo manipulado, mas não consegue evitar a onda de fúria que lhe sobe pelo peito.

— Quer resolver isso, é? — Eduardo se levanta provocativo.

— Vamos ver se você ainda tem alguma coisa dentro dessa cabeça dura ou se virou só um babaca frustrado.

Sem dar tempo para contestação, Eduardo sai da mansão e entra no carro, sabendo que Jonathan virá atrás. O caminho deveria ser para o Grupo Schneider, mas ele muda a rota sem aviso. Jonathan percebe.

— Aonde estamos indo?

— Treinar. — Eduardo diz, sem tirar os olhos da estrada.

— Você precisa extravasar antes que acabe quebrando algo que não pode consertar.

Jonathan não responde, apenas observa enquanto chegam à academia. Quando entram no tatame, o ar se carrega com eletricidade. Ele sabe que precisa disso mais do que qualquer outra coisa.

Eduardo sorri de lado enquanto coloca o protetor bucal, Jonathan faz o mesmo.

— Vamos ver se você ainda sabe lutar, ou se essa testosterona acumulada só serve para f0der putta de luxo ou meter os pés pelas mãos.

Jonathan não pensa duas vezes antes de partir para cima, tudo ao redor parece carregar eletricidade no ar, como se o universo tivesse se contraído para testemunhar o confronto iminente. Jonathan e Eduardo se encaram, ambos com posturas firmes e olhares afiados, prontos para medir forças.

Jonathan não espera mais, avança, o corpo puro instinto, guiado pela raiva. Tenta acertar um direto no rosto de Eduardo, que se esquiva no último instante, desviando para o lado e golpeando Jonathan com um soco rápido na costela. A dor é aguda, mas Jonathan ignora e gira, tentando um chute que Eduardo bloqueia com facilidade.

— Isso é tudo? — Eduardo como sempre provoca, sorrindo enquanto desvia de um cruzado e aproveita a abertura para agarrar o braço de Jonathan, puxá-lo para o chão e imobilizá-lo com um estrangulamento rápido.

Jonathan b**e no tatame, furioso, mas não se rende.

— Você não está pensando, só atacando à toa. — Eduardo o solta e se afasta, erguendo as mãos.

— De novo.

Jonathan rosna e avança mais uma vez, tentando um double leg. Eduardo antecipa o movimento, defende o ataque e encaixa um arm lock. Jonathan b**e no tatame outra vez. O ciclo se repete. Eduardo o finaliza de novo. E de novo. Jonathan se levanta, exasperado, passando a mão pelo rosto suado.

Agora ele avança, calculando cada movimento. Ele se aproxima com rapidez e desvia para o lado no último instante, lançando um golpe preciso na lateral do corpo de Eduardo. Eduardo recua um passo, mas responde com um soco rápido em direção ao rosto de Jonathan, que bloqueia com o antebraço e gira sobre os calcanhares para tentar acertar um chute na altura das costelas do oponente.

Eduardo pressiona os ombros contra as costas dele e, num movimento rápido, gira e encaixa uma chave de braço. Jonathan b**e no tatame, irritado.

Eles se sentam no tatame, respirando pesado. Eduardo o encara por um momento antes de falar:

— É isso que você está fazendo, cara. Se deixando dominar pela raiva. Atacando sem pensar. Não é assim que você ganha. E definitivamente não é assim que resolve as merdas que fez com a Marta.

Jonathan fecha os olhos, inspirando fundo. Ele sabe que Eduardo tem razão. Precisa focar. Quando voltam a lutar, ele respira melhor, calcula seus movimentos. Eduardo tenta pegá-lo em um triângulo, mas Jonathan percebe a movimentação e escapa antes da finalização. Ele se reposiciona, aproveita uma brecha e encaixa um arm lock. Eduardo tenta escapar, mas a pressão está bem feita.

NO TATAME DA VERDADE 1

NO TATAME DA VERDADE 2

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