O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 182

O sol mal começa a subir quando o cheiro de café fresco se espalha pela cozinha do Sítio dos Maia. Dona Maria, com o avental branco e olhos cansados, organiza o café da manhã com esmero. Pão fresco, queijo da região, leite fervido e, como não poderia faltar, tapioca.

Jonathan e Eduardo descem juntos e ao verem a tapioca na mesa, trocam um olhar cúmplice. Os dois ficam visivelmente abalados por um instante.

Eduardo força um sorriso e balança a cabeça.

— Está tudo bem, Dona Maria… é só a saudade.

Ele se senta e toca com carinho na tapioca.

— Eu não conhecia. Marta que fez pela primeira vez… foi assim que virei fã. E o Jonathan também.

Dona Maria sorri, emocionada.

— Ela sempre teve mãos boas para cozinha… até nisso puxou a mim.

O café da manhã segue entre conversas e pequenos sorrisos. Depois, cada um retoma sua missão. Ravi sobe direto para o escritório onde montou sua base de operações. Revisa códigos, criptografias, bloqueios. Tudo está seguro, blindado. A rede foi codificada, rastros apagados. Mas o cansaço pesa nos ombros dele.

— Trabalhei a noite toda… e vou continuar a próxima — avisa, antes de seguir para o quarto.

No alpendre, Heitor abre um compartimento secreto atrás do armário de ferramentas. Com reverência, retira uma espingarda calibre 12 de repetição e um revólver .357 reluzente.

— Aqui em casa, sempre estivemos preparados para proteger os nossos — diz ele, a voz carregada de firmeza.

Dante e Eduardo trocam um olhar de admiração.

— Isso aqui é ouro puro — sussurra Dante, os olhos brilhando como os de uma criança em loja de brinquedos.

— Nunca pensei que veria um .357 assim, conservado, limpo, com o tambor firme — comenta Eduardo, quase em reverência.

Mas não há tempo para encantamentos longos. A hora da visita ao hospital se aproxima. Jonathan, Miguel, Eduardo, Islanne e Dona Maria seguem juntos, silenciosos, como se cada respiração carregasse uma súplica.

Ao chegarem, são informados: Marta passou a noite estável, sem intercorrências. Mas ainda não acordou.

— Isso é comum, principalmente depois de tudo que ela enfrentou — explica a médica.

— O corpo está reagindo, mas o cérebro precisa de tempo.

Na UTI neonatal, Lua também surpreende positivamente. Respirando bem, ganhando peso, sem qualquer complicação.

Mais tarde, quando liberam a entrada na UTI adulto, eles passam pelos protocolos rigorosos: lavagem de mãos, avental, touca, máscara. Marta está imóvel, mas agora sem os tubos. A imagem dela assim, frágil e calada, rompe algo em Dona Maria.

— Filha… — sussurra ela, os olhos marejados. — Tá todo mundo aqui. Seu pai, seu irmão, os seus amigos… a sua filha. Acorda, Marta… a gente precisa de você.

Ela não segura as lágrimas, soluça alto, sendo amparada por Islanne, que, apesar da própria emoção, mantém a firmeza. Marta não reage.

Miguel visita a irmã. Passa pelos protocolos rígidos da UTI adulto, se aproxima da cama de Marta com passos silenciosos e coração apertado.

— Mana… a gente tá aqui. Tá tudo sob controle. O sítio tá funcionando, eu e o pai estamos tocando tudo… mas você precisa voltar. Tá doendo, viu?

Ele segura a mão dela, os olhos marejando, mas logo precisou se despedir.

Jonathan entra em seguida. Se aproxima com o coração nas mãos, os olhos embaçados de dor.

— Eu tô aqui, Marta. Eu não fui embora. E não vou. Tua filha tá bem… ela é linda… igual a você. Eu juro que vou te esperar o tempo que for, mas volta para mim. Volta para a nossa filha. A gente vai para casa logo, os três. Mas para isso… você precisa voltar.

A emoção embarga sua voz.

— Eu te amo, tá? E eu juro… nunca mais vou errar com você. Fica comigo, volta para mim.

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