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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 186

Jonathan caminha pelos corredores do hospital com o coração apertado, os passos silenciosos e firmes. Chegando à recepção da UTI Neonatal, é recebido por uma enfermeira jovem, de jaleco impecável e olhos gentis.

— Senhor Jonathan, bom dia — diz ela, com um sorriso acolhedor.

— Lua está evoluindo muito bem. Ganhando peso diariamente, o que é extremamente importante para a idade dela. Ela é uma guerreirinha.

Jonathan respira fundo, tentando conter a emoção.

— Obrigado... muito obrigado por tudo.

A enfermeira o guia com cuidado. Ele segue o protocolo de sempre, higieniza as mãos com cuidado, veste o avental descartável, coloca touca e máscara. Cada movimento é reverente, quase sagrado. O ar na UTI neonatal é silencioso, delicado, repleto de esperança e tensão em igual medida.

— Por aqui, senhor — diz a enfermeira, conduzindo-o até uma incubadora transparente, onde Lua, tão pequena, tão perfeita, respira com calma.

Ela abre com cuidado o compartimento e o olha nos olhos.

— Pode segurá-la, se quiser. Eu vou te ajudar.

Jonathan engole seco, as mãos trêmulas. Com ajuda da enfermeira, ele recebe a filha nos braços mais uma vez fora da incubadora. Lua parece reconhecer o toque. Seus olhinhos se abrem devagar. E então, ela sorri.

Um sorriso mínimo. Frágil. Mas real.

Jonathan sente o peito se abrir num soluço mudo. As lágrimas descem silenciosas por baixo da máscara.

— Oi, meu amor... papai tá aqui. — Ele sussurra, aninhando-a com todo cuidado do mundo. — Você é linda... tão linda...

Lua solta um som agudo, um balbucio leve, como se tentasse conversar. Jonathan ri, completamente tomado por aquele momento.

— Sua mãe acordou hoje. A mamãe... — ele respira fundo, emocionado. — Ela está se recuperando, e logo vocês vão se ver. Eu prometo. Ela vai ficar tão feliz quando te pegar no colo...

Lua continua olhando para ele, o rostinho relaxado, como se compreendesse. Jonathan fecha os olhos, absorvendo o instante como se o mundo parasse ali, entre ele e a filha.

A enfermeira se aproxima com delicadeza.

— Senhor Jonathan... precisamos colocá-la de volta na incubadora. A visita precisa ser breve, e a bebê ainda está em monitoramento constante. Mas... em breve, podemos tentar um encontro com a mãe, dependendo da evolução de ambas.

Ele assente, triste, mas compreendendo.

— Claro. Obrigado. De verdade.

Com cuidado, ele devolve a filha à incubadora. Lua balbucia novamente e ele encosta a mão no vidro, sorrindo.

— Até logo, meu amor. Papai te ama.

Antes de sair, ele se volta para a enfermeira.

— Eu preciso dos documentos da Lua e do Jeff. A declaração de nascido vivo. Quero registrar os dois no cartório ainda hoje e colocá-los na assistência médica do Grupo Schneider.

A enfermeira concorda e sai rapidamente. Retorna minutos depois com um envelope.

— Aqui estão os documentos da maternidade: ficha médica da Lua, declaração de nascido vivo dos dois e a documentação da mãe. O cartório mais próximo fica a duas quadras daqui.

— Perfeito. Obrigado.

Com o envelope em mãos, Jonathan deixa o hospital, determinado a dar aos filhos o reconhecimento e a proteção que merecem, mesmo com a dor de só ter um deles em seus braços.

Dois Nomes, Duas Promessas

— Senhor Jonathan, tudo bem?

— Vim entregar as cópias das certidões de nascimento da Lua e do Jeff. Queria garantir que tudo esteja nos prontuários. E... tenho uma dúvida.

Ela pega os documentos com cuidado.

— Tudo será arquivado no sistema. Pode perguntar.

— Estou avaliando uma possível transferência da minha filha e da mãe para um hospital na capital. Com UTI aérea, claro. Quero garantir que elas tenham o melhor suporte possível.

A enfermeira chama o neonatologista de plantão, um homem sério, de jaleco branco e olhar atento. Ele escuta tudo com paciência antes de responder:

— Senhor Schneider, compreendo a sua preocupação. A pequena Lua está recebendo toda a assistência necessária aqui. Os equipamentos são de última geração, e nossa equipe é qualificada. Mas, se quiser levá-la para a capital em uma UTI aérea particular, não faremos objeção. Ela está clinicamente estável. O transporte seria possível com todos os cuidados.

Jonathan faz que sim com a cabeça, pensativo.

— Obrigado. Mas... — ele olha para os corredores ao redor — não posso levar Lua e deixar Marta nesse estado, ela despertou agora. E ela... Marta não resistiria a não estar perto da filha. Se ela piorar, perde tudo que conseguiu até aqui.

O médico cruza os braços, compreensivo.

— Então é prudente esperar mais um pouco. Manter as duas aqui, sob vigilância, até que Marta esteja em condições de se transferir também. Podemos fazer um planejamento conjunto. A prioridade é a saúde emocional e física de ambas.

Jonathan agradece. Sai da unidade neonatal com um peso no coração, mas também com a clareza de que está fazendo o melhor. Os nomes dos filhos agora existem no mundo. E logo, se tudo correr bem, estarão todos juntos e seguros.

Como será o reencontro de Marta e Jonathan?

Ela conseguirá perdoar Jonathan pelos erros do passado?

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