O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 203

De mãos dadas, Darlene e Eduardo atravessam o pátio da fazenda sob o olhar atento de todos os moradores. Vaqueiros encostados nas cercas, empregados passando com baldes, todos interrompem brevemente suas rotinas para observar aquela cena: o homem da cidade, dirigindo o carro dela, e ela, confiante, ao lado dele, com um sorriso discreto no rosto.

Eduardo maneja o volante com tranquilidade, como se aquele fosse o carro dele há anos, e Darlene repousa a mão na coxa dele, distraída, olhando a paisagem passar pela janela. Quando chegam ao Sítio dos Maia, o ar pesa imediatamente.

Caio está ali, furioso, em pé, gesticulando na varanda com seu Heitor e dona Maria, a voz alterada:

— Eu só acho que vocês deviam dar um conselho para a Darlene! Ela tá se expondo demais… Isso não é coisa que uma moça de família faça!

Mas antes que ele possa continuar, Eduardo fecha a porta do carro com calma, passa o braço pelos ombros de Darlene e caminha até eles. Para bem diante de Caio e, com um sorriso frio, dispara:

— Que conselho seria interessante… para a minha namorada?

Caio vira o rosto abruptamente, arregalando os olhos, surpreso com a declaração pública. A mandíbula trava, mas ele tenta disfarçar, olhando de soslaio para Darlene.

— Eu… só acho que ela tá… se expondo — gagueja.

Darlene o encara com indiferença, ajeita a bolsa no ombro e diz apenas:

— Bom dia, para você também Caio.

Sem mais. Como se ele fosse só mais um dos muitos rostos da cidade.

O silêncio constrangedor se instala, até que Miguel resolve quebrar o clima, soltando uma risada e batendo de leve no ombro de Caio:

— Ah, larga mão, Caio… Deixa a moça ser feliz.

Mas Darlene não está afim de aliviar nada. Puxa Eduardo pela camisa e, sem tirar os olhos de Caio, beija Eduardo ali mesmo, na frente de todos, sem pudor, sem hesitação. O beijo é firme, direto, não um selinho constrangido, mas um beijo de quem quer marcar território.

Caio fica mudo. Olha para eles como quem acabou de levar um soco no estômago. Depois, respira fundo, passa a mão no rosto e se vira para Miguel:

— Vem cá… preciso falar com você.

Os dois se afastam um pouco, caminhando até o lado da garagem do trator, longe dos outros. Miguel o observa com atenção e pergunta:

— O que tá acontecendo com você, Caio?

Caio respira pesado, olha de longe para Darlene e Eduardo ainda abraçados na varanda, e solta, meio atravessado:

— Eu acho uma pouca vergonha… Ela se esfregando com esse cara na boate…

Miguel ergue as sobrancelhas, contornando a cerca.

— E o que você tem a ver com isso? Tá com ciúmes? Vai me dizer que você também não estava se esfregando com outro alguém?

Caio engole seco e desvia o olhar, mexendo no cinto.

— Não… só acho que ela… se perdeu. Tá fazendo papel de boba.

— Ou tá vivendo… — provoca Miguel, dando um meio sorriso.

Mas Caio apenas resmunga:

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino