O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 205

O ronco da caminhonete corta o silêncio da estrada de terra como uma promessa prestes a se cumprir. O céu nublado ameaça chuva, mas o clima dentro do carro ferve como se o mundo lá fora não importasse. Eduardo dirige com uma mão no volante e a outra descansando casualmente no câmbio, mas seus olhos, atentos, frios, estrategicamente calculistas, estão muito longe de qualquer distração. Ao lado dele, Darlene ajeita os cabelos, mexe no rádio e cruza as pernas. Cada gesto dela é inocente… mas não passa despercebido. Nem por ele. Nem por ela mesma.

Há algo novo entre os dois. Algo que os envolve, os amarra, os empurra um para o outro com uma força que beira o irracional. Desde que cruzaram a linha do desejo, o jogo mudou. Já não é mais fingimento. Já não é mais provocação vazia. Existe tensão ali, calor real, um território sendo lentamente conquistado, centímetro por centímetro de pele, de orgulho, de desejo.

No banco de trás, sacolas acumulam roupas novas, insumos para a fazenda e uma caixa com algo que Eduardo não revela. Tudo parece normal. Mas nada entre eles é normal.

Ao chegarem na cidade, fazem o papel do casal comum: andam lado a lado pela feira, ela experimenta frutas com o dedo sujo de açúcar mascavo, ele compra água de coco e segura a bolsa dela sem reclamar. Mas por trás das pequenas atitudes, há uma encenação estratégica. A presença deles é notada. Comentada. Cada olhar que pousa em Eduardo arranca uma reação discreta de Darlene.

— Tô vendo esses olhares aí — ela murmura, meio ciumenta, meio divertida.

— E eu tô achando engraçado você fingir que se importa — ele retruca, sorrindo de lado.

Ela responde com um beliscão discreto na cintura dele, e eles seguem como se fossem mais um casal apaixonado. Mas os dois sabem: isso não é amor. Ainda.

Darlene ri, mas também gruda mais. Ele é gostoso demais para dividir no olhar. Não agora.

Depois de algumas paradas em agropecuárias e mais sacolas no bagageiro, eles voltam para a fazenda e o clima muda.

Assim que descem da caminhonete, os olhos dos vaqueiros pesam no ar como ameaça. Um deles, mais atrevido, encara Darlene com intensidade.

— Dona Darlene, o sal do curral acabou. — diz, com um sorriso mais ousado que deveria.

Ela responde seca, mas antes que qualquer outra palavra seja dita, Eduardo já está ao lado dela. A postura muda. O corpo dele se impõe com uma autoridade que faz o vaqueiro recuar. Não há necessidade de voz. O olhar de Eduardo fala alto:

Não toque no que é meu.

— Qual o seu nome? — Eduardo pergunta de repente, encarando o homem.

— Diógenes, senhor.

— Diógenes… tá gostando de trabalhar aqui?

— Sim, senhor…

— Ótimo. Porque se eu pegar você olhando pra Darlene como homem olha pra mulher, em vez de funcionário pra patroa, vou arrancar teu crachá com a sola da bota. Entendeu?

O silêncio pesa. O vaqueiro engole seco. Darlene, de canto, observa sem dizer nada, mas a espinha arrepia. Não é medo. É outra coisa.

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