O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 217

O choro frágil de Lua preenche o quarto silencioso, como uma música feita só para Marta, que a segura nos braços com um espanto doce e irreversível. O mundo lá fora parece ter desaparecido, engolido pelo milagre quente e leve daquela pele tão pequena, daquele olhar ainda perdido, mas que já é o centro de tudo. Marta respira fundo, os olhos marejados, o coração aos tropeços, como se só agora tivesse entendido de verdade o que significa estar viva.

Jonathan está ali, ao lado da cama, a mão grande e firme acariciando o pezinho minúsculo da filha com uma delicadeza que ninguém nunca imaginaria que ele tivesse. Ele não consegue dizer nada, mas o sorriso aberto, molhado de lágrimas, diz tudo. Marta o olha e sente que, pela primeira vez, eles não precisam falar, são três agora, e isso basta.

— Ela é perfeita… — Marta sussurra, o rosto colado à cabeça de Lua, sentindo o cheiro adocicado, puro, da filha.

— Como você. — Jonathan responde, com a voz embargada, e segura o rosto de Marta com cuidado, como se também ela fosse frágil demais para o mundo.

Ela ri, emocionada, e olha para a bebê, que se ajeita no peito da mãe, como se soubesse exatamente onde pertence. Marta passa os dedos pelos cabelinhos ralos, desliza pela bochecha macia, e se pergunta como pode ter vivido tanto tempo sem conhecer aquele amor que agora explode no peito, violento e doce ao mesmo tempo.

— Eu tenho medo… — confessa, num fio de voz, sem tirar os olhos da filha. — Medo de não saber cuidar dela.

Jonathan se aproxima mais, beija a testa de Marta, depois a de Lua.

— A gente vai aprender juntos. Você não está sozinha.

Ela fecha os olhos, deixando as lágrimas caírem, sem vergonha. De repente, não importa mais o passado, os erros, os medos. Eles ficaram do lado de fora daquela porta. Ali, naquele quarto iluminado por uma luz suave da manhã que começa a nascer, só existe o presente e aquela nova vida que depende inteiramente deles.

Marta sente Lua buscar instintivamente o peito e, com a ajuda de uma enfermeira, começa a amamentar. O olhar de Jonathan se fixa na cena, como quem assiste a algo sagrado. Ele pega o celular discretamente e tira uma foto, um registro silencioso do momento em que sua família nasce, não apenas com a chegada de Lua, mas com a transformação completa de Marta.

— Nunca pensei que fosse chorar tanto… — ele admite, limpando o rosto com a mão, sem nenhum constrangimento.

Marta o encara, com um sorriso sereno e uma força que ela mesma não sabia que tinha.

— Nunca pensei que pudesse amar tanto.

Jonathan segura a mão dela com firmeza. Pela primeira vez, eles não são Marta e Jonathan, dois adultos tentando se encontrar. São mãe, pai e filha. Uma família.

Mas então, no meio daquele silêncio cheio de amor, Marta percebe um brilho diferente no olhar de Jonathan. Não é só emoção. É medo. Medo de perdê-la, medo de falhar de novo.

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