O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 218

As horas antes do amanhecer carregam um tipo de silêncio que machuca. Não o silêncio natural das noites no campo, com seus grilos e o uivo do vento entre as árvores, mas um silêncio denso, como se o mundo prendesse a respiração em espera.

No hospital, Marta repousa em uma cama branca demais, fria demais, com a pequena Lua adormecida em seu colo. Seus olhos não se fecham por completo. Cada piscar é uma tentativa de escapar da dor, mas também um risco: e se, ao acordar, ela nunca mais encontrar Jeff? E se ninguém conseguir trazê-lo de volta?

Jonathan caminha pelo quarto em silêncio, aflito, olhando a cada instante para o celular. Não há mensagens novas. Não há sinal. A equipe está em campo, mas tudo depende do que encontrarem nas próximas horas. Ele se aproxima de Marta e se ajoelha ao lado da cama.

— Eu sou capaz de qualquer coisa para trazer o nosso filho, qualquer coisa.

Marta o encara, com os olhos vermelhos, mas fortes.

— Ele é só um bebê, Jonathan. Um bebê… vamos encontra-lo

Ela não termina a frase. Aperta Lua contra o peito, como se pudesse compensar a ausência do gêmeo com mais calor, mais amor, mais força.

A noite desce sobre o sítio como um manto grosso de incerteza. Não é apenas escuridão lá fora; é um silêncio denso, como se até os grilos hesitassem em cantar. O vento assobia entre as árvores, mas não traz frescor, apenas um lembrete de que há algo errado, algo que se aproxima como uma sombra inevitável. Dentro do escritório de Marta, mesmo com a luz acesa e os computadores ligados, o ambiente parece suspenso. Como se cada respiração aguardasse a próxima decisão. A tensão não é feita de gritos nem pânico, mas de olhares atentos e silêncios carregados. Algo se move por trás do véu da normalidade. Algo que precisa ser interrompido agora.

— Se ele estiver sendo deslocado com frequência — começa Ravi, os olhos colados ao monitor, dedos ansiosos no teclado — precisamos mapear não só onde ele esteve, mas todas as possíveis rotas de evasão. Eles estão tentando apagar os rastros, mas ninguém passa por terra batida sem deixar marcas.

Ele exibe um mapa detalhado na tela. Diversos pontos piscam em vermelho. Eduardo se inclina, atento.

— Vamos estabelecer um raio baseado nas últimas movimentações. Se o último deslocamento foi há dois dias, e eles viajam à noite, sem usar vias principais... então, no máximo, estão a 250, 300 quilômetros daqui. Se forem cautelosos, talvez até menos. Precisamos pensar como eles.

Darlene, de pé com o celular na mão, exibe uma sequência de fotos.

— Essas marcas de pneu foram feitas atrás do galpão abandonado. Pela distância entre elas, ou temos uma van pesada ou um caminhão médio. E vejam isso aqui — amplia uma das imagens. — Ramo quebrado, marca recente. Usaram aquela rota.

Seu Heitor, encostado na janela,resmunga algo inaudível, irritado.

— Aquela estrada do fundo, que liga à velha via do Cortume... ninguém passa por ali há anos. Sem policiamento, sem iluminação, sem registros. É o caminho perfeito para quem não quer ser visto.

Eduardo franze a testa, estalando os dedos com súbita lucidez.

— A estrada do Cortume! Claro! Eu e Darlene tentamos entrar numa das fazendas lá, mas o mato tava alto demais. Mas há pelo menos cinco propriedades abandonadas naquela área. Perfeitas para esconder qualquer coisa... ou qualquer pessoa.

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