Eduardo sorri ao ver, pelo rastreador do sistema, que a RAM de Islanne está estacionada no sítio dos Maia. Agora tudo faz sentido. A danada quer fazer uma surpresa para o irmão.
— Ah, Islanne… — ele murmura com um meio sorriso no rosto.
— Vai dar merda, mas vai ser bonito de ver o Jonathan furioso com ela.
Vai para o banheiro assobiando, animado. A água quente relaxa os seus músculos enquanto o pensamento passeia até Darlene. Ela ainda dorme, esparramada de um jeito provocante. Mas quando ele sai do banho, com a toalha pendurada no quadril, encontra a cena perfeita: ela está se espreguiçando na cama, os cabelos bagunçados e o corpo nu logo em seguida.
Ela tira a camisola como quem não quer nada e caminha até o banheiro.
Eduardo a puxa pelo braço com firmeza e a vira de frente.
— Vai sair assim, sem nem dar bom dia para o seu macho?
Darlene sorri com atrevimento, mas antes que possa responder, a boca dele desce direto para os sei0s dela. Chupa um, depois o outro, lambendo e sugando com vontade. Ela geme baixo, jogando a cabeça para trás, as mãos dele descendo com urgência até o centro quente entre as suas coxas.
— Eduardo…
— Tão molhadinha, Darlene — ele sussurra ao sentir o quanto ela está úmida.
— Vai sair assim mesmo?
Ela rebola contra os dedos dele, querendo mais, querendo tudo.
Eduardo tira os dedos, leva até a própria boca e chupa, como se degustasse um doce raro.
— Hmmm… Isso tá uma delícia. — Ele dá um tapa na bunnda dela e sorri.
— Vai, se veste logo. Quando voltar, vou te f0der com força até você esquecer o seu nome.
— Você é um idi0ta. — Ela resmunga frustrada, tentando conter o fogo que ele acabou de acender.
Ele ri, se jogando na cama por alguns segundos.
Logo depois, Darlene aparece pronta, amarrando o cabelo e com cara de poucos amigos, ainda ressentida com o “vai que depois eu te pego”.
Eles pegam os drones. Eduardo os coloca na caçamba da picape e seguem para a cozinha. Darlene, esfomeada como sempre, vai direto à despensa.
— Já tá na função garimpo? — ele provoca.
— Cala a boca, eu tô com fome.
Ela rapidamente prepara ovos, pão na chapa e café. Monta dois pratos e os dois comem ali mesmo, entre provocações.
— Fominha — Eduardo cutuca.
Darlene mostra o dedo do meio.
— E onde aprendeu isso, hein, mocinha?
— Com o Miguel — ela responde, sem nem hesitar.
— De bom moço ele só tem a cara. É um sonso!
Eduardo ri alto, balança a cabeça, mas no fundo concorda. O Miguel tem as suas cartas escondidas.
Logo estão no ponto de observação. Estendem a lona com precisão, ligam os equipamentos, posicionam os drones. A escuridão é sua aliada. Na tela, abrem a chamada de vídeo. Ravi aparece primeiro, ao lado de Islanne e Miguel.
— Ora, ora… Mas olha só quem apareceu! — diz Eduardo, a ironia escorrendo pela voz.
Islanne sorri com malícia, os olhos denunciando que está pronta para o jogo.
— Chega! — ele solta, se virando de supetão para Islanne. — Cansei dessa palhaçada!
Antes que alguém tenha tempo de reagir, ele segura Islanne pela cintura, puxa com força contra o corpo dele e a beija. Não um beijo qualquer, mas um daqueles que roubam o ar, que explodem feito trovão no meio de uma tempestade. Islanne, surpresa por meio segundo, logo se entrega, agarrando o rosto dele com as duas mãos e retribuindo com fome e urgência. O mundo some. A zoeira some. Só os dois existem ali, colados um no outro, como se finalmente estivessem se permitindo ser o que sempre foram.
Quando se afastam, ofegantes, a boca ainda entreaberta e os olhos brilhando, o silêncio reina por dois segundos... até Eduardo gritar:
— MEU DEUS DO CÉU! ELE TÁ CORADINHO PORQUE TIROU O PAU DA MISÉRIA!
Darlene quase cai no chão de tanto rir, e Miguel, do lado de Ravi, abre a boca, fingindo escândalo.
— Dona Maria não vai acreditar nisso... — ele diz, teatral.
— Ela jura que o Ravi é o bebezão dela! Que não faz essas coisas de adulto! Que ainda dorme de meias e assiste Discovery Kids!
— Vai se lascar, Miguel — Ravi rosna, mas não consegue segurar o riso.
— E o que será que a dona Maria vai dizer quando descobrir que o Ravi agora é “o hacker safado da irmã alheia”? — Darlene zoa, com os olhos marejados de tanto rir.
— Ah, com certeza vai chamar a Islanne de destruidora do meu menino — completa Eduardo, fingindo voz de senhora idosa.
— SEUS DESGRAÇADOS! — Ravi berra, mas já está rindo também.
Do outro lado da tela, a gargalhada de todos ecoa como música, aliviando o peso das últimas semanas. Mesmo entre perigos e incertezas, a vida ainda dá espaço para o riso, o amor... e o escândalo.
Será só uma distração? Estão sendo vigiados? E se o inimigo souber que eles estão tão perto... o que acontece depois?
A resposta, ninguém sabe.
Mas o silêncio dos céus... nunca é sinal de paz.

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