O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 230

O sol desce devagar sobre o horizonte, tingindo o céu de um laranja suave e acolhedor. Há algo de mágico na luz daquela tarde, como se até a natureza compreendesse a importância do momento. O calor não pesa, mas envolve, como um abraço. No hospital, Marta respira fundo, observando Lua dormindo tranquila nos braços de Jonathan. Ela veste um vestido de algodão largo, confortável, mas os olhos estão inquietos, ansiosos pelo reencontro com o lar. O cheiro das medicações, dos corredores limpos, das máscaras cirúrgicas… tudo isso logo ficará para trás. O sítio dos Maia a chama com toda força.

A enfermeira entra com passos leves e um sorriso doce. Chega com os últimos papéis da alta hospitalar e a mesma ladainha de orientações médicas que toda mãe escuta ao deixar a maternidade.

— Está tudo certo, senhora Marta. Cicatrização ótima. Só para lembrar: repouso, alimentação leve e nada de pegar peso. Vocês já têm bastante peso emocional, não é?

Marta ri de leve. Aquela mulher não sabe o quanto está certa. Pega os papéis com cuidado e assente com a cabeça, mesmo sabendo que descansar será o menor dos seus luxos nos próximos dias. Sua cabeça já está longe: nas árvores do sítio, no cheiro do fogão à lenha, na velha rede da varanda… e nos braços acolhedores da família.

Jonathan, por outro lado, parece em transe. Ele embala Lua nos braços com um zelo que só os homens transformados pela paternidade carregam. É um gesto cuidadoso, quase cerimonial. Como se, naquele instante, o mundo pudesse parar e observar o amor em sua forma mais pura.

Eduardo aparece na porta do quarto, com os olhos marejados e um sorriso de orelha a orelha.

— Meu Deus do céu... — ele sussurra, caminhando até a bebê com reverência.

— Ela é tão pequenininha. Tão... perfeita.

— Pequena, mas valente. Já domina tudo por aqui — Jonathan provoca, sorrindo enquanto entrega Lua a ele.

Eduardo a segura como se fosse feita de vidro soprado, os olhos brilhando de tanta emoção.

— Marta... ela é a tua cara. E esse olhar? Vai dar muito trabalho, hein?

— Trabalho bom — ela responde com um sorriso calmo.

— Daqueles que a gente agradece por ter.

A viagem de volta ao sítio é silenciosa e carregada de expectativa. Marta segura a pequena Lua nos braços como se carregasse o próprio universo. Jonathan não solta a sua mão. Não trocam muitas palavras; não precisam. O momento fala por si.

Mas nada os prepara para a recepção.

Assim que o carro estaciona, o portão se abre com um rangido leve e a emoção explode em cores e vozes. Balões brancos e rosa flutuam sob o alpendre, uma faixa pintada à mão se estende entre dois postes rústicos: “Bem vindas, Marta e Lua!”

Dona Maria corre, o avental florido, os olhos marejando, o peito arfando de emoção. Ela abraça Marta como se fosse a primeira vez que a vê após uma guerra.

— Minha menina... meu Deus, minha menina voltou para casa...

Seu Heitor, com o chapéu apertado contra o peito, aproxima-se devagar. Seus olhos, sempre contidos, agora brilham com orgulho e ternura. Ele beija a testa da filha com cuidado, e depois olha para a neta com uma mistura de espanto e adoração.

— Seja bem vinda, minha pequena Lua... você já trouxe luz demais para esse mundo sem graça.

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